Usuário:DAR7/Testes/História Antiga/Antiga civilização hindu

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A Índia, local de nascimento de uma imensa civilização, localiza-se no sul da Ásia. Por ali estar geograficamente situado, há muito tempo ela distanciou-se dos outros povos. Foi, da mesma forma que a China, a mais distante região onde intensificou-se o comércio das especiarias, na época da Idade Média e início dos tempos modernos, sendo influenciadas, também, as Grandes Navegações. Os hindus foram os meritosos inventores dos algarismos, que posteriormente os árabes divulgaram.[1]

Dentre os povos habitantes da antiga Índia, destacaram-se os drávidas, em 2000 a.C. Praticavam muito bem a agricultura, já eram conhecedores de sistemas de irrigação e a habilidade dos hindus residia no comércio. Suas moradas eram cidades com estradas muito compridas, casas feitas de pedras com boa limpeza no interior de seus comôdos, preocupando-se com a higiene e a parte sanitária. Mas esse povo não soube resistir aos invasores e, por esse motivo, entre 1750 e 1400 a.C. as tribos arianas oriundas do norte que dominaram a região de Pendjab (região dos cinco rios), perto do rio Indo, escravizaram os hindus.[1]

Sociedade hindu[editar | editar código-fonte]

Sistema de castas da Índia.

As terras dos drávidas, escravizados pelos invasores, foram tomadas pelos arianos, estes fixados como classe que dominava o poder, a religião e o domínio militar. Sob total dominação, sobrou aos drávidas somente o trabalho e a submissão. As tribos arianas encontravam-se sob o domínio de diminutos reis que chamavam-se rajás e, de vez em quando, de marajás, reis mais poderosos.[2]

A sociedade foi organizada em base de castas (classes sociais imutáveis). Proibia-se, exemplificando, o casamento de uma pessoa de uma classe social com outra pessoa de uma classe diferenciada ou posição social. Quem era nascido numa classe social ficava nela até a sua morte. A classes (castas) ligavam-se à religião e às profissões diferenciadas. Eram crentes na saída das classes sociais através do corpo do deus Brama.[2]

As classes fixavam-se, continuando socialmente posicionadas. Punia-se todo o desrespeito a uma casta superior, expulsando o indivíduo da sua casta ou rebaixando-o para a condição de pária. Devido à sua expulsão, a pessoa submetia-se aos trabalhos de maior humilhação e considerava-se um impuro ou pária.[2] O costume dos hindus era o banho nas águas do rio Ganges (rio sagrado), no entanto, proibia-se aos párias o banho, a frequência aos templos e até a leitura dos ensinamentos sagrados.[2]

Religião hindu[editar | editar código-fonte]

Os nativos do vale do rio Indo eram adoradores da mãe-terra, dona da vida. Em seguida, os arianos foram os introdutores do culto ao firmamento, ao Sol, à Lua, ao fogo, à chuva e às tempestades. Logo seguidamente foram afirmados no bramanismo, que difundia as castas e que foi transformada em credo oficial na Índia, em conformidade com a escritura nos livros Vedas (Saber Sagrado). O bramanismo baseia-se em três divindades: Brama (aquele que criou o mundo), Vixnu (aquele que conserva os mundos) e Shiva (aquele que destrói os mundos). Essas três divindades em conjunto chamam-se Trimúrti. De acordo com essa religião, o espírito nunca morre e qualquer ser humano ressuscita depois que morre, sendo reencarnado ora em homem, ora em animal. Dessa forma, por meio de reencarnações, as pessoas vão ganhando perfeição espiritual até a sua chegada ao Nirvana, um estado de perfeição pelo qual é identificado o homem com o deus Brama. Assim, a religião motivava as pessoas à aceitação passiva de sua condição social como um estado natural, porque depois que morriam, teriam a chance de renascimento numa casta superior se fossem benévolos[2] quando vivos.[2] Mas estavam expostos à perigosa descida para a condição de párias ou animais se fossem malévolos.[2]

Budismo[editar | editar código-fonte]

De suas raízes na Índia, os ensinamentos do Buda se espalharam pelo mundo, como essa escultura de Amitabha pertencente à Dinastia Tang, encontrada na Hidden Stream Temple Cave, Longmen Grottoes.

No século VI a.C., a solução de Buda, um iluminado, um membro da nobreza do Nepal, que não contentava-se com os preceitos bramanistas, era a criação de uma religião reformada, como credo pregador das pessoas iguais a Deus, sem distinguir castas.[2]

A casa e o conforto de Buda foram abandonados, para a mudança de vida e para a pregação de um novo tipo de religião. Penitenciou nos bosques, vestiu-se como um mendigo, sua barba e seu cabelo foram cortados e ele meditou profundamente.[2]

Por seis anos passou sua vida distante de todos, jejuando e meditando, até que um dia, com sentimento e visão muito claras, percebeu a vida como condutora para a liberdade e para o fim do mundo. Voltando a conviver com os homens, iniciou a pregação sem distinguir casta, sendo ensinando que ódio não é vencido com o ódio mas com o amor e apenas quem descobrir que a riqueza e os grandes sucessos podem ser renunciados terá a chance de encontrar a tranquilidade e a paz na alma e penetrará no Nirvana. A quantidade de adeptos do budismo era grande, em principal nas classes de menor riqueza, porém, fortaleceu-se em grande quantidade depois que morreu Buda. A religião foi estendida pela Ásia inteira, na sua chegada até o Japão. Atualmente é a religião professada por 3 milhões de asiáticos.[2]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Notas

Referências

  1. a b Cantele 1988?, p. 78.
  2. a b c d e f g h i j Cantele 1989?, p. 80.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]