Valzinho

Valzinho
	ValzinhoFoto: Norival "Valzinho" Teixeira
Informação geral
Nome completo	Norival Carlos Teixeira
Também conhecido(a) como	Valzinho
Nascimento	26 de dezembro de 1914; Rio de Janeiro, RJ; Brasil
Morte	25 de janeiro de 1980 (65 anos); Rio de Janeiro; Brasil
Gênero(s)	Samba-canção, Bossa nova, MPB
Instrumento(s)	Cavaquinho e violão
Período em atividade	1927 — 1969

Norival Carlos Teixeira (Rio de Janeiro, 26 de dezembro de 1914 — Rio de Janeiro, 25 de janeiro de 1980), conhecido como Valzinho, foi um artista plástico, compositor e violonista brasileiro.

Compositor marcado pelo avanço de suas harmonias para a época em que compunha, anos 30 a 50, considerado por muitos, nomeadamente Radamés Gnattali e Hermínio Bello de Carvalho, como um dos precursores da Bossa Nova.^[1]^[2]^[3]

Biografia

Valzinho era irmão mais velho do também compositor Newton Teixeira.^[4]

Trajetória profissional

Fez parte ainda do grupo "Bossa Clube" de Garoto, que influenciou Valzinho marcadamente, e bebiam a inevitável influência da cultura norte-americana do final da Segunda Guerra Mundial.^[5]

Seus maiores sucessos foram "Tudo foi surpresa", sua primeira música composta em 1937 em parceria com Peterpan, que foi gravada por Aracy de Almeida, Elizeth Cardoso e Dalva de Oliveira no álbum É Tempo de Amar, e cantada em shows por Paulinho da Viola, entre outros, e "Doce Veneno", gravada por em 1945 por Marion (uma de suas musas inspiradoras) e o pelos Milionários do Ritmo, na gravadora Continental. "Doce Veneno" ainda foi gravada por Jamelão, Cynara, Maria Creuza, em um LP que levou o nome da música, Paulinho da Viola no álbum Paulinho da Viola (1968), as cantoras Zezé Gonzaga e Jane Duboc no álbum Clássicas (álbum), e pela dupla sertaneja Cezar & Paulinho em Cezar & Paulinho - Vol. 8, entre outros.

Em 1979, um ano antes de sua morte, numa iniciativa de Hermínio Bello de Carvalho, foi gravado um LP por Zezé Gonzaga, acompanhada pelo Quinteto Radamés Gnattali, somente com músicas de Valzinho, chamado "Valzinho: Um Doce Veneno", lançado pelo MIS/Copacabana.

Discografia

(1979) Valzinho, um doce veneno com Zezé Gonzaga, Quinteto Radamés Gnatalli e Valzinho.

Referências e notas

↑ Alexandre Franscischini, Laurindo Almeida, 2009, página visitada em 25 de outubro de 2015.
↑ O Globo, Instrumentista do rádio nos anos 1940, Valzinho tem sua obra resgatada, página visitada em 25 de outubro de 2015.
↑ «Valzinho». Dicionário Cravo Albim. Consultado em 16 de novembro de 2020
↑ Autor, Título da matéria, página visitada em 25 de outubro de 2015.
↑ "A avassaladora influência da cultura americana no período da segunda guerra, combinada ao impressionismo francês de Debussy e Ravel, passou primeiro por Gnattali, e logo atingiu Garoto e Valzinho…que foi o “Johnny Alf” do Johnny Alf da bossa nova. Após a manifestação de epifania, os descontentes inovadores já possuídos por um inconformismo com o formato musical dos “dós de peito” acompanhados por regional, disseminaram um novo modelo, primeiramente através de uma parceria em “Teu Olhar”. Logo depois deles, houve o parto e nasceu a bossa nova. Estes dois são típicos pré-bossanovistas, com suas harmonias e melodias perfazendo dissonâncias estranhas, mas extremamente interessantes. Tomando como ilustração uma referência contemporânea, os temas de Valzinho parecem os compostos pelo Guinga. Realmente não teria lógica ele fazer sucesso naquelas décadas de 30, 40, 50 e 60."(Gusmão, Araújo, in Boletim da AV.Rio, Associação de Violão Rio)

Bibliografia

AZEVEDO, M.A. de (1982). Discografia brasileira de 78 rpm. 5. Rio de Janeiro: Funarte .
CARDOSO, Sylvio Tullio (1965). Dicionário Biográfico da música popular. Rio de Janeiro: Edição do autor .
MARCONDES, Marco Antônio. (ED) (1999). Enciclopédia da MPB: erudita, folclórica e popular 2 ed. São Paulo: Art Editora/Publifolha .
SEVERIANO, Jairo e MELLO, Zuza Homem de (1999). A canção no tempo. São Paulo: 34 .
VASCONCELOS, Ari (1965). Panorama da música popular brasileira. Rio de Janeiro: Martins .
Irmãos Vitale Editores (1979). Boletim 28 - Diversos - Valzinho, um doce veneno. São Paulo: Irmãos Vitale S.A. .
FRANCISCHINI, Alexandre (2009). Laurindo Almeida: dos trilhos de Miracatu às trilhas em Hollywood. São Paulo: Cultura Acadêmica .
CARVALHO, Hermínio Bello de (1979). Valzinho: Um Doce Veneno MIS/Copacabana ed. Rio de Janeiro: MIS/Copacabana .

Obra (Completa)

Música	Parceiro	Gravações	Ano
1) Três de Setembro	Renato Batista	Castro Barbosa	1949
		Zezé Gonzaga	1979
		Jane Duboc	1999
		Matias Correa	2014
2) Tudo Foi Surpresa	Peterpan	Aracy de Almeida	1940
		Raul Moreno	1959
		Dalva de Oliveira	1968
		Elizeth Cardoso	1971
		Cristina Buarque	1979
		Zezé Gonzaga	1979
		Muiza Adnet	2014
3) Não Convém	Jorge de Castro	Aracy de Almeida	1943
		Zezé Gonzaga	1979
		Matias Correa	2014
4) Doce Veneno	Lentini e Goulart	Marion	1941
		Jamelão	1958
		Gaucho e orquestra
		Britinho e orquestra
		Paulinho da Viola	1968
		Cynara	1969
		Elizeth Cardoso	1971
		Maria Creuza	1978
		Zezé Gonzaga	1979
		Humberto Araújo	2004
		Matias Correa	2014
5) Não Sei Porque	Luperce Miranda	Gilberto Alves	1943
		Muiza Adnet	2014
6) Tormento		Orlando Silva	1946
		Zezé Gonzaga	1979
		Muiza Adnet	2014
7) Quando o Amor Vai Embora	Evaldo Ruy	Nora Ney	1958
		Zezé Gonzaga	1979
		Muiza Adnet	2014
8) Óculos Escuros	Orestes Barbosa	Zezé Gonzaga	1950
		Paulinho da Viola	1971
		Zezé Gonzaga	1979
		Antonia Adnet	2014
9) Você Não Tem Vez	Domício Costa	César de Alencar	1952
		Alfredo Del-Penho	2014
10) Não Vou Chorar	Domício Costa	Ivete Garcia	1953
		Matias Correa	2014
11) Vou Levando	Domício Costa	Violeta Cavalcanti	1954
		Delia Fischer	2014
12) Gostar de Ninguém	Hugo de Almeida	Alaíde Costa	1960
		Antonia Adnet	2014
13) Teu Olhar	Garoto	Zezé Gonzaga	1979
		Antonia Adnet	2014
13bis) O Que do Teu Olhar	Garoto	Muiza Adnet	2014
14) Minha Paz		Marya Bravo	2014
15) Amor Bom	Gracindo Júnior	Marya Bravo	2014
16) Fantasia		Zezé Gonzaga	1979
		Antonia Adnet	2014
17) Castigo	Manezinho Araújo	Zezé Gonzaga	1979
		Marya Bravo	2014
18) Amar e Sofrer		Zezé Gonzaga	1979
		Alfredo Del-Penho	2014
19) Imagens	Orestes Barbosa	Jards Macalé	1974
		Zezé Gonzaga	1979
		Matias Correa	2014
20) Felicidade	Reynaldo Dias Leme	Zezé Gonzaga	1979
		Alfredo Del-Penho	2014
21) Oração	Jararaca	Anfredo Del-Penho	2014
22) Deslealdade	Armando Lousada	Marya Bravo	2014
23) Viver Sem Ninguém	Marcelo Dória Machado	Valzinho	1979
		Eugénia de Melo e Castro	2000
		Alfredo Del-Penho	2014
24) Impedimento (?)		Inédita
25) A Quem Deus Prometeu	Manoel de Carvalho	Inédita
26) Impaciência (?)		Inédita
27) Súplica	Pernambuco	Inédita (?)
28) Tempo de Criança	Luis Bittencourt	Zezé Gonzaga	1979
		Marya Bravo	2014
29) Eu, Ele e Você	Bidú Reis	Inédita
30) Fatalidade		Inédita
31) Arrependimento	Delia Fischer	Antonia Adnet/Joana Adnet	2014
		Delia Fischer	2014
32) Nosso encontro		Inédita
33) Saudades		Inédita
34) (Música sem nome)	Clóvis de Mello	Inédita
35) Desilusao	Imperial	Inédita
36) Iluminado	Ronaldo Bastos	Antônia Adnet	2014

Ver também

[1] Alexandre Franscischini, Laurindo Almeida, 2009, página visitada em 25 de outubro de 2015.

[2] O Globo, Instrumentista do rádio nos anos 1940, Valzinho tem sua obra resgatada, página visitada em 25 de outubro de 2015.

[3] «Valzinho». Dicionário Cravo Albim. Consultado em 16 de novembro de 2020

[4] Autor, Título da matéria, página visitada em 25 de outubro de 2015.

[5] "A avassaladora influência da cultura americana no período da segunda guerra, combinada ao impressionismo francês de Debussy e Ravel, passou primeiro por Gnattali, e logo atingiu Garoto e Valzinho…que foi o “Johnny Alf” do Johnny Alf da bossa nova. Após a manifestação de epifania, os descontentes inovadores já possuídos por um inconformismo com o formato musical dos “dós de peito” acompanhados por regional, disseminaram um novo modelo, primeiramente através de uma parceria em “Teu Olhar”. Logo depois deles, houve o parto e nasceu a bossa nova. Estes dois são típicos pré-bossanovistas, com suas harmonias e melodias perfazendo dissonâncias estranhas, mas extremamente interessantes. Tomando como ilustração uma referência contemporânea, os temas de Valzinho parecem os compostos pelo Guinga. Realmente não teria lógica ele fazer sucesso naquelas décadas de 30, 40, 50 e 60."(Gusmão, Araújo, in Boletim da AV.Rio, Associação de Violão Rio)

[1]

[2]

[3]

[4]

[5]