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Vera Faria Gonçalves

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Vera Faria Gonçalves (1955, Lisboa) é uma escultora Portuguesa.

Monumento Liberdade, Diálogo e Democracia, da autoria de Vera Faria Gonçalves, e que é popularmente conhecido como Rotunda das Cadeiras.

Nasceu na cidade de Lisboa, em 1955.[1] Entre 1968 e 1972 foi aluna num atelier de artes plásticas destinado a jovens, com apoio da Fundação Gulbenkian, e coordenado por Lurdes Freitas.[2] Em 1973 era membro do corpo directivo da Associação de Estudantes do Ensino Secundário, integrado no Movimento Associativo dos Estudantes do Ensino Secundário de Lisboa.[2] Em 1975 ingressa na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, e no ano seguinte começa a estudar no ArCo - Centro de Arte e Comunicação Visual, em Lisboa, onde frequentou aulas de desenho sob a orientação de Manuel Costa Cabral.[2]

Em 1978 foi convidada a integrar a cooperativa Útil Pedra, que tinha sido fundada pelo escultor João Cutileiro em Lagos, com o apoio do IAPMEI e de estudantes da Escola Superior de Belas Artes de Lisboa.[2] No ano seguinte fixou-se na aldeia de Espiche, onde instalou o seu atelier.[2] Em 1980 passou a fazer parte de um conjunto de artistas responsáveis pela organização das exposições bienais de Lagos, que promoveram as artes plásticas na cidade.[2] Em 1981 fez a sua primeira exposição individual, na galeria de arte do Mercado de Escravos, em Lagos.[2] Em 1982 participou na primeira edição da Bienal de Lagos, onde ganhou uma menção honrosa, e na exposição itinerante Nova Escultura em Pedra, em Lisboa, da Sociedade Nacional de Belas Artes.[2] Em 1983 participou nas exposições colectivasO Papel como Suporte, organizada pela S. N. B. A. em Lisboa, e Verão 83, no Armazém Regimental de Lagos.[2] No ano seguinte fez parte da segunda Bienal de Lagos, onde recebeu o prémio de aquisição por parte da Câmara Municipal de Lagos.[2] Em 1985 fez a exposição individual Pássaros, e em 1986 Esculturas, ambas na galeria Alfarroba, em Cascais.[2] Em 1989 fez parte da exposição colectiva de mármore e cerâmica G.M.E., em Lagos, e no ano seguinte fez a exposição Padrões na Galeria de Azeitão.[2] Em 1991 voltou a apresentar a exposição individual Pássaros, desta vez na Galeria Fonte Nova, em Lisboa.[2] Em 1992 esteve integrada na exposição colectiva Reencontros na Galeria Alda Cortez, em Lisboa, organizada em homenagem a Joaquim Bravo.[2] No ano seguinte apresentou a exposição individual Pássaros em grés na Galeria Vértice, em Lisboa, em 1996 fez a exposição Azul I na mesma galeria, e em 1997 organizou a exposição Azul II na Galeria Évora Arte.[2] Também em 1997, participou na exposição Idade da Pedra, em Lisboa, organizada pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional.[2] Em 1998 voltou a colaborar com aquele organismo, desta vez através de um curso de formação sobre o aproveitamento das rochas ornamentais, em Lagos, e em 1999 fez parte da exposição A Idade dos Mares, igualmente organizada pelo IEFP.[2] Nesse ano também participou na exposição colectiva Chuva na areia, mar na aldeia, organizada pelo Laboratório de Artes Criativas.[2] Em 2002 organizou um atelier de artes plásticas para jovens na vila da Luz, em Lagos, e nesse ano também fez a exposição individual Casais na Fortaleza de Sagres.[2] Em 2003 voltou à Galeria Vértice, com a exposição individual Homeo, tendo nesse ano também exposto no balcão de Lagos do Banco Nacional Ultramarino, e participado no Prosandart, um evento de escultura na freguesia de Algoz.[2] Em 2005 e 2007 esteve integrada na série de exposições da MALA - Mostra de Artistas de Lagos.[2] Em 2008 fez a exposição ELI na Fabricarte em Lagos, e no ano seguinte participou em três exposições: Primavera em Porto de Mós, Gosto de Mulheres na Galeria Arade, em Portimão, e Outono d’Arte, no Convento de Cristo, em Tomar.[1] Em 2010 fez a exposição A Natureza é uma Jóia na cidade de Portimão.[1]

Em 1994 foi a principal responsável pela abertura da loja e galeria Terra à Vista na Marina de Lagos, onde foram expostos trabalhos de escultura, joalharia, cerâmica e pintura de vários artistas, como António Alonso, Anabela Camelo, Ana Rijo, Xana, Pedro Correia e Raymond Dumas.[2] No ano seguinte foi um dos sócios fundadores do Laboratório de Artes Criativas, em Lagos.[1] Destaca-se igualmente a sua participação, em 1982, na equipa de estudos de reabilitação urbana de Lagos, coordenada pelo arquitecto Rui Mendes Paula.[2] Uma das suas principais obras foi o Monumento Liberdade, Diálogo e Democracia, popularmente conhecido como Rotunda das Cadeiras, situado na Avenida da República, em Lagos.[3]

Referências

  1. a b c d «Exposição "A Natureza é uma Jóia"». Empresa Municipal de Águas e Resíduos de Portimão. 2010. Consultado em 14 de Setembro de 2024 
  2. a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w RAMALHETE et al, 2007:106-109
  3. STRANG, Lena (Abril de 2010). «Chairs and roundabouts». Tomorrow (em inglês) (101). Lagos. p. 4-6. Consultado em 14 de Setembro de 2024 – via Issuu 
  • RAMALHETE, Ana; et al. (2007). Veria Faria Gonçalves: Obras de 1979 a 2007. Lagos: Centro Cultural de Lagos. ISBN 978-989-950201-7