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Victor Brecheret: diferenças entre revisões

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Nascido "Vittorio Breheret" (sem a letra 'c' no sobrenome) numa pequena localidade não distante de [[Roma]], filho de Augusto Breheret e Paolina Nanni, esta última falecida quando o pequeno Vittorio tinha apenas seis anos de idade. Foi abrigado pela família do tio materno, Enrico Nanni, e com sua família emigrou para o Brasil ainda na infância.


No Brasil, tornou-se "Victor Brecheret" e já com mais de trinta anos de idade recorreu à Justiça para inscrever seu registro nascimento tardiamente no [[Registro Civil]] do [[Jardim América (bairro de São Paulo)|Jardim América]] (município de São Paulo). Assim Brecheret consolidava a sua [[nacionalidade brasileira]], embora tivesse nascido na Itália. Este tipo de "regularização" era muito comum entre imigrantes italianos na primeira metade do século XX no Brasil.
No Brasil, tornou-se "Victor Brecheret" e já com mais de trinta anos de idade recorreu à Justiça para inscrever seu registro nascimento tardiamente no [[Registro Civil]] do [[Jardim América (bairro de São Paulo)|Jardim América]] (município de São Paulo, em fornalha). Assim Brecheret consolidava a sua [[nacionalidade brasileira]], embora tivesse nascido na Itália. Este tipo de "regularização" era muito comum entre imigrantes italianos na primeira metade do século XX no Brasil.


== Trajetória ==
== Trajetória chata ==
[[File:Victor Brecheret - Graça 01.JPG|thumb|left|160px|"Graça", exposta na [[Galeria Prestes Maia]], em São Paulo.]]
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* "A Musa Impassível" (1923)
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* "Fauno" (1942)
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* "Depois do Banho" (1945) *-*
* "Depois do Banho" (1945)
* "O Índio e Sasuapara" (1951)
* "O Índio e Sasuapara" (1951)
* "Monumento às Bandeiras" (1953)
* "Monumento às Bandeiras" (1953)

Revisão das 17h41min de 12 de março de 2014

Monumento às Bandeiras, sua obra mais célebre.
Inscrição do nome de Victor no Monumento às Bandeiras.

Victor Brecheret (Farnese, 22 de fevereiro de 1894São Paulo, 17 de dezembro de 1955) foi um escultor ítalo-brasileiro, considerado um dos mais importantes do país.[1] É responsável pela introdução do modernismo na escultura brasileira. Sua figura ficou marcada pela boina que costumava vestir, ressaltando uma imagem tradicional do "artista".

Nascido "Vittorio Breheret" (sem a letra 'c' no sobrenome) numa pequena localidade não distante de Roma, filho de Augusto Breheret e Paolina Nanni, esta última falecida quando o pequeno Vittorio tinha apenas seis anos de idade. Foi abrigado pela família do tio materno, Enrico Nanni, e com sua família emigrou para o Brasil ainda na infância.

No Brasil, tornou-se "Victor Brecheret" e já com mais de trinta anos de idade recorreu à Justiça para inscrever seu registro nascimento tardiamente no Registro Civil do Jardim América (município de São Paulo, em fornalha). Assim Brecheret consolidava a sua nacionalidade brasileira, embora tivesse nascido na Itália. Este tipo de "regularização" era muito comum entre imigrantes italianos na primeira metade do século XX no Brasil.

Trajetória chata

"Graça", exposta na Galeria Prestes Maia, em São Paulo.

Ainda moço frequentou as aulas de entalhe em gesso e mármore do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, onde mais tarde viria a utilizar o ateliê e seus aprendizes para moldar suas obras. Amadureceu estudando na Europa, onde entrou em contato com as vanguardas artísticas que ocorriam nas décadas de 1910 e 1920. Trabalhou com o escultor italiano Arturo Dazzi, sendo influenciado pela estética de pós-impressionistas como Ivan Meštrović, croata, e os franceses Auguste Rodin e Émile-Antoine Bourdelle.[1] Ligou-se a Emiliano Di Cavalcanti, Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Menotti del Picchia quando voltou ao Brasil e com eles participou da introdução do pensamento vanguardista no Brasil.

Anjos no túmulo da Família Scuracchio, Cemitério São Paulo
Túmulo de Olívia Guedes Penteado, Cemitério da Consolação

Participou da Semana de Arte Moderna de 1922, expondo vinte esculturas no saguão e nos corredores do Teatro Municipal de São Paulo. A partir daí manteve paralelamente uma carreira na Europa e em seu país. Expôs no Salão dos Independentes de Paris e fundou a Sociedade Pró Arte Moderna.

Em 1920 ganhou um concurso internacionale de maquetes para a construção de uma grande escultura em São Paulo (o futuro Monumento às Bandeiras). Em 1923 o governo do Estado de São Paulo encomendou-lhe a execução do Monumento às Bandeiras, projeto a que Brecheret viria a se dedicar nos vinte anos seguintes. O Monumento às Bandeiras foi a maior obra de Brecheret e demorou 33 anos para ser construidoo (1920—1953).[1] Em 1932, torna-se sócio-fundador da Sociedade Pró-Arte Moderna (Spam).[2]

Em 1951 foi premiado como o melhor escultor nacional na primeira Bienal de São Paulo..

Obra

Quando estudante do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, Brecheret foi essencialmente um artesão, executando obras de teor clássico e romântico.

Na Europa, iniciou uma produção similar a de pós-impressionistas. Ao entrar em contato com as vanguardas em curso naquela época no continente europeu, passou a expressar sua obra com manifestações vindas do construtivismo, expressionismo e cubismo,[1] mas nunca chegando à abstração pura. Em sua fase mais madura, Victor procurou realizar experimentos estéticos que ligavam a escultura vernacular indígena brasileira com as experiências que desenvolveu na Europa.

Em sua produção destacam-se:

  • "Idolo" (1921)
  • "A Musa Impassível" (1923)
  • "Fauno" (1942)
  • "Depois do Banho" (1945)
  • "O Índio e Sasuapara" (1951)
  • "Monumento às Bandeiras" (1953)
  • "Monumento a Duque de Caxias" (1960)

Referências

  1. a b c d «Victor Brecheret». Consultado em 18 de dezembro de 2012 
  2. Biografia Victor Brecheret. Site James Lisboa <http://www.brasilartes.com.br/listarQuadros.php?artista=10&n=Victor-Brecheret>. Acesso em 24 de abril de 2013.

Bibliografia

  • PECCININI, Daisy: Brecheret e a Escola de londres; madrid: Ed. FM Editorial e Instituto Victor Brecheret, 2011.
  • PECCININI, Daisy; Brecheret - A Linguagem das Formas; São Paulo: Ed.Instituto Victor Brecheret, 2004.
  • EUGENIA, Maria; 22 por 22: a Semana de Arte Moderna Vista Pelos seus Contemporâneos; São Paulo: Edusp, 2001.


Figura feminina, bronze, 1951, coleção Ministério da Educação

Ver também

Ligações externas

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