Voo Cruzeiro do Sul 302: diferenças entre revisões
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O voo partiu do [[Aeroporto Internacional Marechal Cunha Machado]], em [[São Luís do Maranhão|São Luís]] (que era uma das escalas) às 22h38 da sexta-feira, 3 de fevereiro e pousaria [[Aeroporto Internacional de Belém/Val de Cans|Aeroporto Internacional Val de Cans]], em [[Belém do Pará|Belém]], em duas horas. De acordo com um porta-voz da Cruzeiro do Sul, antes que o avião chegasse a Belém, alguns dos sequestradores entraram no ''cockpit'' e forçaram o piloto a desviar o voo. O comandante Milton "CRUZ" explica que não possui combustível suficiente para chegar a Cuba e tenta repetidas vezes fazer contato com o controle da [[Caiena]], com a finalidade de tentar pousar para reabastecer, mas não tem êxito, visto que não havia pessoal no controle àquela hora da noite. Após tentar fazer contato por quase duas horas, é instruído pelo controle de Belém a efetuar pouso emergencial em Paramaribo.<ref name="ref2">[http://www.reservaer.com.br/gbrv/detalhes.php?pSerial=489 "Sequestro" - Recordar e viver - Reservaer] {{pt}}</ref> À 0h56 de 4 de fevereiro, a aeronave pousa no [[Aeroporto Internacional Johan Adolf Pengel|Aeroporto Zanderij]], principal aeroporto internacional do [[Suriname]], onde os sequestradores negociaram com o então embaixador do Brasil no país, [[Luiz Felipe Lampreia]], e concordaram em libertar os 158 passageiros em troca de combustível extra e mapas, mas ainda mantendo os 14 membros da tripulação no avião.<ref name="ref3"/> |
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Os passageiros não foram avisados de que o avião havia sido sequestrado e inicialmente achavam que más condições climáticas tinham atrasado o pouso em Belém, mas pela hora em que o avião pousou no aeroporto de Zanderij, sabiam que haviam sido sequestrados, mas não sabiam aonde estavam. |
Os passageiros não foram avisados de que o avião havia sido sequestrado e inicialmente achavam que más condições climáticas tinham atrasado o pouso em Belém, mas pela hora em que o avião pousou no aeroporto de Zanderij, sabiam que haviam sido sequestrados, mas não sabiam aonde estavam. |
Revisão das 08h44min de 23 de junho de 2013
O voo 302 da Varig-Cruzeiro do Sul foi um voo feito por um Airbus A300B4-203 de prefixo PP-CLB que partiu do Rio de Janeiro com destino a Manaus levando 176 pessoas (dos quais 158 eram passageiros)[1] a bordo e sequestrado em 3 de fevereiro de 1984 por pelo menos três pessoas que exigiram que o avião fosse levado a Cuba.[nota 1] Foi um dos muitos sequestros de aviões ocorridos durante o período da Ditadura militar no Brasil.
A aeronave pousou em segurança na cidade cubana de Camagüey e não houve vítimas.[2]
Sequestradores
O avião foi sequestrado por pelo menos três pessoas: dois homens e uma mulher, que levava uma criança de apenas 3 meses de idade que não tinham nenhuma ligação conhecida com algum grupo político.
Havia escalas previstas no trajeto entre o Rio de Janeiro e Manaus: Salvador, Recife, Fortaleza, São Luís e Belém. Em uma entrevista por rádio, um passageiro, Argemiro Figueiredo, afirmou que os sequestradores teriam embarcado durante a escala no Aeroporto Internacional de Fortaleza. Outros passageiros afirmaram que os sequestradores eram pelo menos sete e que alguns portavam pistolas.[3]
O sequestro
O voo partiu do Aeroporto Internacional Marechal Cunha Machado, em São Luís (que era uma das escalas) às 22h38 da sexta-feira, 3 de fevereiro e pousaria Aeroporto Internacional Val de Cans, em Belém, em duas horas. De acordo com um porta-voz da Cruzeiro do Sul, antes que o avião chegasse a Belém, alguns dos sequestradores entraram no cockpit e forçaram o piloto a desviar o voo. O comandante Milton "CRUZ" explica que não possui combustível suficiente para chegar a Cuba e tenta repetidas vezes fazer contato com o controle da Caiena, com a finalidade de tentar pousar para reabastecer, mas não tem êxito, visto que não havia pessoal no controle àquela hora da noite. Após tentar fazer contato por quase duas horas, é instruído pelo controle de Belém a efetuar pouso emergencial em Paramaribo.[4] À 0h56 de 4 de fevereiro, a aeronave pousa no Aeroporto Zanderij, principal aeroporto internacional do Suriname, onde os sequestradores negociaram com o então embaixador do Brasil no país, Luiz Felipe Lampreia, e concordaram em libertar os 158 passageiros em troca de combustível extra e mapas, mas ainda mantendo os 14 membros da tripulação no avião.[3]
Os passageiros não foram avisados de que o avião havia sido sequestrado e inicialmente achavam que más condições climáticas tinham atrasado o pouso em Belém, mas pela hora em que o avião pousou no aeroporto de Zanderij, sabiam que haviam sido sequestrados, mas não sabiam aonde estavam.
Após a parada em Zanderij, o avião decolou para Cuba às 5h20 e pousa às 9h42 no Aeroporto Internacional Ignacio Agramonte, em Camagüey, Cuba.[4] Autoridades cubanas levaram os sequestradores em custódia e permitiram que a tripulação levasse o avião de volta ao Brasil. Não houve registro de feridos.
Ver também
Notas e referências
Notas
Referências
- ↑ a b Paola Vasconcelos (28 de março de 2009). «Atenção a episódios de risco». Diário do Nordeste. Consultado em maio de 2011 Verifique data em:
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(ajuda) - ↑ Descrição do sequestro - Aviation Safety Network (em inglês)
- ↑ a b "Brazilian gang frees 158 on jet hijacked to Cuba" - Chronicle-Telegram - Chronicle-Telegram Elyria, O., Sun., Feb. 5, 1984 - Newspaper Archive (em inglês)
- ↑ a b "Sequestro" - Recordar e viver - Reservaer (em português)
Ligação externa
- Aviation Safety Network (em inglês)