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Étienne Dinet

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Étienne Dinet
Étienne Dinet
Nascimento Alphonse-Étienne Dinet
28 de março de 1861
1.º arrondissement de Paris
Morte 24 de dezembro de 1929 (68 anos)
14.º arrondissement de Paris
Residência Argélia francesa
Cidadania França
Irmão(ã)(s) Jeanne Dinet-Rollince
Alma mater
Ocupação pintor, ilustrador, litógrafo
Distinções
  • Oficial da Legião de Honra
Empregador(a) Academia Julian
Obras destacadas Slave Of Love And Light Of The Eyes
Movimento estético Orientalismo
Religião Islamismo

Alphonse-Étienne Dinet, também conhecido como Nasr'Eddine Dinet (28 de março de 1861 - 24 de dezembro de 1929, Paris), foi um pintor orientalista francês.

Dinet era filho de um proeminente juiz francês.[1]

A partir de 1871 ele estudou no Liceu Henrique IV, que tinha como estudante o futuro presidente francês Alexandre Millerand. Depois de se formar em 1881, ele entrou na École Nationale Supérieure des Beaux-Arts e passou a trabalhar no estúdio de Victor Galland. No ano seguinte passou a estudar na Académie Julian. Também expôs seus trabalhos pela primeira vez no Salão de Paris.[carece de fontes?]

Dinet fez sua primeira viagem a Bou Saâda, no sul da Argélia, em 1884, com uma equipe de entomologistas. Em 1885, fez uma segunda viagem com uma bolsa de estudos do governo, desta vez para Laghouat na região do M'zab.[1] Foi nesta ocasião em que ele realizou suas duas primeiras obras sobre a Argélia: les Terrasses de Laghouat e l'Oued M'Sila après l'orage.

Ele ganhou a medalha de prata em pintura na Exposição Universal de 1889, e no mesmo ano fundou a Société Nationale des Beaux-Arts junto à Meissonier, Puvis de Chavannes, Rodin, Carolus-Duran e Charles Cottet.[2]

Em 1903 comprou uma casa em Bou Saâda onde passava três quartos de cada ano.[1] Anunciou sua conversão ao islamismo em uma carta privada de 1908, formalizando-a em 1913, pelo que mudou seu nome para Nasr'Eddine Dinet.[3] Em 1929 ele e sua mulher empreenderam a peregrinação a Meca.[4]

O respeito que ele ganhou com os nativos da Argélia se refletiu nas cinco mil pessoas presentes no seu funeral em Bou Saâda. Ali foi elogiado pelo ex-governador-geral da Argélia, Maurice Viollette.[4]

Comparado a pintores modernistas como Henri Matisse, que também visitou o norte da África na primeira década do século XX, as suas pinturas são extremamente conservadoras do ponto de vista estético. São muito miméticas e com características etnográficas na representação das pessoas.[5][parcial?]

O fato que sabia árabe e seu conhecimento da cultura árabe local distanciaram de outros pintores orientalistas. Surpreendentemente ele era capaz de encontrar modelos para seus nus artísticos na Argélia rural.[6] Antes de 1900, muitas de suas pinturas podiam ser caracterizadas como pinturas de gênero anedóticas. Conforme o seu interesse pelo islamismo aumentou, passou a pintar temas religiosos mais frequentemente.[4]

Ele também traduziu literatura árabe, publicando uma tradução de um poema épico árabe do século XIII de Antarah ibn Shaddad em 1898.[7]

Referências

  1. a b c Benjamin 2004, p. 88
  2. Jonathan M. Bloom, Sheila Blair (Eds), The Grove Encyclopedia of Islamic art and Architecture, [Volume 2], p. 50 2009 "He became so interested in North Africa that on his return to Paris in 1887 he founded the Société des Peintres Orientalistes Français, with Léonce Bénédite (1859–1925) as its president. He then studied Arabic and eventually converted to"
  3. Prier, Pierre (25 de julho de 2014). «Étienne Dinet, peintre français, orientaliste et musulman». Orient XXI (em francês). Consultado em 22 de novembro de 2023 
  4. a b c Benjamim 2004, p. 89
  5. Benjamin 2004, p. 90
  6. Benjamin 2004, pp. 88-89
  7. Pouillon, François (1997) Les deux vies d’Étienne Dinet, peintre en Islam: L’Algerie et l’heritage colonial. Editions Balland, Paris
  • Benjamin, Roger (2004). «Chapter 3: Orientalism, modernism and indigenous identity». In: Edwards, Steve; Wood, Paul. Art of the Avant-Gardes. New Haven: Yale University Press. ISBN 0-300-10230-5. (pede registo (ajuda)) 

Ligações externas

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