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O absinto foi especialmente popular na [[França]], sobretudo pela ligação aos artistas [[Paris|parisienses]] de finais do [[século XIX]] e princípios do [[século XX]], até a sua proibição em [[1915]], tendo ganho alguma popularidade com a sua legalização em vários países. É também conhecido popularmente de ''fada verde'' (''La Fée Verte'') em virtude de um suposto efeito alucinógeno. [[Charles Baudelaire]], [[Paul Verlaine]], [[Arthur Rimbaud]], [[Vincent van Gogh]], [[Oscar Wilde]], [[Henri de Toulouse-Lautrec]] e [[Aleister Crowley]] eram adeptos da fada verde. |
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Criada originalmente como infusão medicinal pelo médico [[frança|francês]], com uma porcentagem de [[álcool]] muito elevada de 40% e 85%, na [[Belle epoque]] tornou-se a bebida da moda, contando com certo poder alucinógeno da planta [[Artemisia absinthium]] que a integrava e que deu nome à bebida. |
Criada originalmente como infusão medicinal pelo médico [[frança|francês]], com uma porcentagem de [[álcool]] muito elevada de 40% e 85%, na [[Belle epoque]] tornou-se a bebida da moda, contando com certo poder alucinógeno da planta [[Artemisia absinthium]] que a integrava e que deu nome à bebida. |
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Para apreciação de novos sabores, era servido com torrão de [[açúcar]] e [[láudano]], este último um [[opióide]]. Sem o láudano, atualmente pode ser consumido com água, que reduz a graduação alcóolica da bebida. Desta forma, sobre o copo com a bebida é colocada uma colher perfurada que sustenta o torrão de açúcar, e por onde passará a água gelada que será vertida lentamente sobre o torrão. |
Para apreciação de novos sabores, era servido com torrão de [[açúcar]] e [[láudano]], este último um [[opióide]]. Sem o láudano, atualmente pode ser consumido com água, que reduz a graduação alcóolica da bebida. Desta forma, sobre o copo com a bebida é colocada uma colher perfurada que sustenta o torrão de açúcar, e por onde passará a água gelada que será vertida lentamente sobre o torrão. |
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==Proibição== |
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Na Europa do início do século XX o absinto pode ser considerado uma de droga de massas, levando a população ao alcoolismo e, segundo médicos da época, ocasionando outros problemas de sáude, inclusive mentais, tais como: epilepsia, impotência, tuberculose, sífilis, suicido e loucura. |
Na Europa do início do século XX o absinto pode ser considerado uma de droga de massas, levando a população ao alcoolismo e, segundo médicos da época, ocasionando outros problemas de sáude, inclusive mentais, tais como: epilepsia, impotência, tuberculose, sífilis, suicido e loucura. |
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Em [[1873]], após noite de consumo de absinto, o poeta Paul Verlaine atirou em Arthur Rimbaud, seu amante na ocasião. Van Gogh, além de suas perturbações inatas, estava sob o efeito do absinto quando cortou a própria orelha e agrediu [[Gauguin]]. |
Em [[1873]], após noite de consumo de absinto, o poeta Paul Verlaine atirou em Arthur Rimbaud, seu amante na ocasião. Van Gogh, além de suas perturbações inatas, estava sob o efeito do absinto quando cortou a própria orelha e agrediu [[Gauguin]].<ref name="swiss1"/> |
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Na Suíça, considera-se que cerca de 40% da população adulta era dependente da "fada verde". Em 1912, cerca de 220 milhões de litros de absinto eram produzidos na França. O consumo de absinto na França era tão elevado que a hora do consumo foi apelidada de ''hora verde'', entre 17:00 e 19:00 da noite. |
Na Suíça, considera-se que cerca de 40% da população adulta era dependente da "fada verde". Em 1912, cerca de 220 milhões de litros de absinto eram produzidos na França.<ref name="swiss1"/> O consumo de absinto na França era tão elevado que a hora do consumo foi apelidada de ''hora verde'', entre 17:00 e 19:00 da noite.<ref name="SATPP">{{citar web|url=http://www.substanceabusepolicy.com/content/1/1/14|titulo=Absinthism: a fictitious 19th century syndrome with present impact|data=10 de Maio, 2006|publicado=Substanceabusepolicy.com|lingua=inglês|acessodata=05/01/2010}}</ref><ref name="VERTE">{{citar web|url=http://www.heureverte.com/content/view/82/208/|titulo=L'heure verte|publicado=heureverte.com|lingua=francês|acessodata=05/01/2010}}</ref> |
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Além dos males causados à saúde popular, o absinto foi responsabilidade pelo aumento da criminalidade e por plebiscito popular foi proibido na Suíca |
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Em 1999 no [[Brasil]], foi trazida pelo empresário Lalo Zanini e legalizada no mesmo ano, porém teve de adaptar-se à lei brasileira, com teor alcoólico máximo de 54ºGL. |
Em 1999 no [[Brasil]], foi trazida pelo empresário Lalo Zanini e legalizada no mesmo ano, porém teve de adaptar-se à lei brasileira, com teor alcoólico máximo de 54ºGL. |
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Revisão das 13h29min de 5 de janeiro de 2010
"Absinto" é uma bebida destilada feito da erva Artemisia absinthium. Anis, funcho e por vezes outras ervas compõem a bebida. Ela foi criada e utilizada primeiramente como remédio pelo Dr. Pierre Ordinaire, médico francês que vivia em Couvet na Suíça por volta de 1792.[1]
É por vezes incorretamente chamado de licor, mas é na verdade uma bebida destilada.
O absinto foi especialmente popular na França, sobretudo pela ligação aos artistas parisienses de finais do século XIX e princípios do século XX, até a sua proibição em 1915, tendo ganho alguma popularidade com a sua legalização em vários países. É também conhecido popularmente de fada verde (La Fée Verte) em virtude de um suposto efeito alucinógeno. Charles Baudelaire, Paul Verlaine, Arthur Rimbaud, Vincent van Gogh, Oscar Wilde, Henri de Toulouse-Lautrec e Aleister Crowley eram adeptos da fada verde.
Aparência e consumo
Tem geralmente uma cor verde-pálida, transparente ou, no caso de envelhecido, castanho claro.
Criada originalmente como infusão medicinal pelo médico francês, com uma porcentagem de álcool muito elevada de 40% e 85%, na Belle epoque tornou-se a bebida da moda, contando com certo poder alucinógeno da planta Artemisia absinthium que a integrava e que deu nome à bebida.
Para apreciação de novos sabores, era servido com torrão de açúcar e láudano, este último um opióide. Sem o láudano, atualmente pode ser consumido com água, que reduz a graduação alcóolica da bebida. Desta forma, sobre o copo com a bebida é colocada uma colher perfurada que sustenta o torrão de açúcar, e por onde passará a água gelada que será vertida lentamente sobre o torrão.
Proibição
Na Europa do início do século XX o absinto pode ser considerado uma de droga de massas, levando a população ao alcoolismo e, segundo médicos da época, ocasionando outros problemas de sáude, inclusive mentais, tais como: epilepsia, impotência, tuberculose, sífilis, suicido e loucura.
Em 1873, após noite de consumo de absinto, o poeta Paul Verlaine atirou em Arthur Rimbaud, seu amante na ocasião. Van Gogh, além de suas perturbações inatas, estava sob o efeito do absinto quando cortou a própria orelha e agrediu Gauguin.[2]
Na Suíça, considera-se que cerca de 40% da população adulta era dependente da "fada verde". Em 1912, cerca de 220 milhões de litros de absinto eram produzidos na França.[2] O consumo de absinto na França era tão elevado que a hora do consumo foi apelidada de hora verde, entre 17:00 e 19:00 da noite.[3][4]
Além dos males causados à saúde popular, o absinto foi responsabilidade pelo aumento da criminalidade. Em 1905, Jean Lanfray assassinou sua família com uma espingarda após grande consumo de outros tipos de álcool e de absinto.[2] Em 1908, por plebiscito popular, foi proibido na Suíca, onde 63,5% dos eleitores apoiaram a proibição. Aplicada em 1910, a lei proibiu o absinto na Suíça. Outros países seguiram e em 1913 os EUA e quase toda Europa haviam adotado a proibição. Apenas na Espanha, Portugal, Dinamarca e Inglaterra ainda era permitido o consumo, desde que a bebida fosse produzida com quantidade limitada de tujona.[2]
Em 1999 no Brasil, foi trazida pelo empresário Lalo Zanini e legalizada no mesmo ano, porém teve de adaptar-se à lei brasileira, com teor alcoólico máximo de 54ºGL.
Referências
- ↑ «Adega - A fada verde». Consultado em 5 de janeiro de 2010
- ↑ a b c d «Fada Verde nasce em vale suíço». Swiss info. Consultado em 5 de janeiro de 2010
- ↑ «Absinthism: a fictitious 19th century syndrome with present impact» (em inglês). Substanceabusepolicy.com. 10 de Maio, 2006. Consultado em 5 de janeiro de 2010 Verifique data em:
|data=
(ajuda) - ↑ «L'heure verte» (em francês). heureverte.com. Consultado em 5 de janeiro de 2010
Ligações externas
- Losna ou Absinto: medicinal ou tóxica?Visitada em 28/12/2008
- (em inglês) Substanceabusepolicy.com - Absinthism: a fictitious 19th century syndrome with present impactVisitada em 28/12/2008
- (em francês) Site sobre o absintoVisitada em 28/12/2008
- (em inglês) Jean Lanfray na WP em inglês Visitado em 5/01/2010