Mico-leão: diferenças entre revisões
m |
→Taxonomia e Evolução: Adicionando referências. |
||
Linha 29: | Linha 29: | ||
==Taxonomia e Evolução== |
==Taxonomia e Evolução== |
||
Estudos moleculares corroboram a hipótese de que gênero é [[monofilético]],<ref name="mundy">{{citar periódico|autor=MUNDY,N.;KELLY, J.|título=Phylogeny of lion tamarins (Leontopithecus spp) based on interphotoreceptor retinol binding protein intron sequences|periódico=American Journal of Primatology|volume=54|número=1|páginas=33-40|data=2001|doi=10.1002/ajp.1010}}</ref><ref name="schneider">{{citar periódico|autor=SCHNEIDER,H.;et al|título=Molecular Phylogeny of the New World Monkeys (Platyrrhini, Primates)|periódico=Molecular Phylogenetics and Evolution|volume=2|número=3|páginas=225-242|data=1993}}</ref><ref name="canavez">{{citar periódico|autor=CANAVEZ, F.C.;et al|título=Molecular phylogeny of new world primates (Platyrrhini) based on beta2-microglobulin DNA sequences.|periódico=Molecular Phylogenetics and Evolution |volume=12|número=1|páginas=74-82|data=1999|doi=10.1006/mpev.1998.0589}}</ref><ref name="horovitz">{{citar periódico|autor=HOROVITZ, I.; MEYER, A.|título=Systematics of New World Monkeys (Platyrrhini, Primates) Based on 16S Mitochondrial DNA Sequences: A Comparative Analysis of Different Weighting Methods in Cladistic Analysis|url=http://www.evolutionsbiologie.uni-konstanz.de/pdf1-182/P047.pdf|periódico=Molecular Phylogenetics and Evolution|volume=4|número=4|páginas=448-456|data=1995}}</ref> sendo, na maioria das vezes, considerado [[grupo-irmão]] de ''[[Saguinus]]''.<ref name="horovitz"/><ref name="schneider"/> Deve-se salientar que a relação do gênero ''Leontopithecus'' com os outros ''[[Callitrichinae]]'' não é clara, principalmente com o gênero ''[[Callimico]]''.<ref name="cortes-ortiz">{{citar |
Estudos moleculares corroboram a hipótese de que gênero é [[monofilético]],<ref name="mundy">{{citar periódico|autor=MUNDY,N.;KELLY, J.|título=Phylogeny of lion tamarins (Leontopithecus spp) based on interphotoreceptor retinol binding protein intron sequences|periódico=American Journal of Primatology|volume=54|número=1|páginas=33-40|data=2001|doi=10.1002/ajp.1010}}</ref><ref name="schneider">{{citar periódico|autor=SCHNEIDER,H.;et al|título=Molecular Phylogeny of the New World Monkeys (Platyrrhini, Primates)|periódico=Molecular Phylogenetics and Evolution|volume=2|número=3|páginas=225-242|data=1993}}</ref><ref name="canavez">{{citar periódico|autor=CANAVEZ, F.C.;et al|título=Molecular phylogeny of new world primates (Platyrrhini) based on beta2-microglobulin DNA sequences.|periódico=Molecular Phylogenetics and Evolution |volume=12|número=1|páginas=74-82|data=1999|doi=10.1006/mpev.1998.0589}}</ref><ref name="horovitz">{{citar periódico|autor=HOROVITZ, I.; MEYER, A.|título=Systematics of New World Monkeys (Platyrrhini, Primates) Based on 16S Mitochondrial DNA Sequences: A Comparative Analysis of Different Weighting Methods in Cladistic Analysis|url=http://www.evolutionsbiologie.uni-konstanz.de/pdf1-182/P047.pdf|periódico=Molecular Phylogenetics and Evolution|volume=4|número=4|páginas=448-456|data=1995}}</ref> sendo, na maioria das vezes, considerado [[grupo-irmão]] de ''[[Saguinus]]''.<ref name="horovitz"/><ref name="schneider"/> Deve-se salientar que a relação do gênero ''Leontopithecus'' com os outros ''[[Callitrichinae]]'' não é clara, principalmente com o gênero ''[[Callimico]]''.<ref name="cortes-ortiz">{{citar livro|autor=CÓRTEZ-ORTIZ, L.|editor=Ford, S.M.; Porter, L.M. e Davis, L.L.C. (eds)|editora=Springer|local=Nova Iorque|ano=2009|capítulo=Molecular Phylogenetics of the Callitrichidae with an Emphasis on the Marmosets and ''Callimico''|título=The Smallest Anthropoids|páginas=3-24|isbn=978-1-4419-0292-4|url=http://link.springer.com/chapter/10.1007%2F978-1-4419-0293-1_1?LI=true}}</ref> Dados moleculares sugerem uma possível ancestralidade comum entre o gênero ''[[Callimico]]'' e ''[[Leontopithecus]]''.<ref name=barroso>{{Barroso et al 1997}}</ref> A diversificação das espécies de mico-leões ocorreu provavelmente a partir dos refúgios do [[Quaternário]], sendo que o [[mico-leão-preto]] e o [[mico-leão-dourado]] compartilham o mesmo ancestral comum exclusivo, que provavelmente possuía pelagem escura.<ref name="mundy"/><ref name="perez">Perez-Sweeney BM. 2002. The molecular systematics of Leontopithecus, population genetics of L. chrysopygus and the contribution of these two sub-fields to the conservation of L. chrysopygus. PhD Thesis, Columbia University, New York.</ref><ref name="perez2">{{citar periódico|autor=PEREZ-SWEENEY, B.M.; et al|título=Dinucleotide microsatellite primers designed for a critically endangered primate, the black lion tamarin (Leontopithecus chrysopygus)|periódico=Molecular Ecology Notes|volume=5|número=2|páginas=198-201|data=2005|doi=10.1111/j.1471-8286.2005.00875.x}}</ref> Já o [[mico-leão-de-cara-dourada]] é considerado a espécie mais basal do gênero, e portanto, foi a primeira a surgir.<ref name="perez3">{{citar periódico|autor=PEREZ-SWEENEY, B.M.; et al|título=Examination of the Taxonomy and Diversification of Leontopithecus using the Mitochondrial Control Region|periódico=International Journal of Primatology|volume=29|número=1|páginas=245-263|doi=10.1007/s10764-007-9224-7|data=2008}}</ref> |
||
* [[Mico-leão-dourado]], ''Leontopithecus rosalia'' |
* [[Mico-leão-dourado]], ''Leontopithecus rosalia'' |
Revisão das 16h35min de 30 de dezembro de 2012
[1][2] Leontopithecus | |||||||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Classificação científica | |||||||||||||||||
| |||||||||||||||||
Espécie-tipo | |||||||||||||||||
Leontopithecus makikina Lesson, 1840 = Simia rosalia Linnaeus, 1766 | |||||||||||||||||
Espécies | |||||||||||||||||
Leontopithecus caissara Leontopithecus chrysomelas Leontopithecus chrysopygus Leontopithecus rosalia | |||||||||||||||||
Sinónimos | |||||||||||||||||
|
Mico-leão é o nome vulgar dado aos primatas classificados no género Leontopithecus. O grupo inclui quatro espécies que vivem nas florestas tropicais do Brasil.
Estes macacos são animais diurnos e arborícolas e têm hábitos gregários, vivendo em grupos familiares.
Taxonomia e Evolução
Estudos moleculares corroboram a hipótese de que gênero é monofilético,[3][4][5][6] sendo, na maioria das vezes, considerado grupo-irmão de Saguinus.[6][4] Deve-se salientar que a relação do gênero Leontopithecus com os outros Callitrichinae não é clara, principalmente com o gênero Callimico.[7] Dados moleculares sugerem uma possível ancestralidade comum entre o gênero Callimico e Leontopithecus.[8] A diversificação das espécies de mico-leões ocorreu provavelmente a partir dos refúgios do Quaternário, sendo que o mico-leão-preto e o mico-leão-dourado compartilham o mesmo ancestral comum exclusivo, que provavelmente possuía pelagem escura.[3][9][10] Já o mico-leão-de-cara-dourada é considerado a espécie mais basal do gênero, e portanto, foi a primeira a surgir.[11]
- Mico-leão-dourado, Leontopithecus rosalia
- Mico-leão-de-cara-dourada, Leontopithecus chrysomelas
- Mico-leão-preto, Leontopithecus chrysopygus
- Mico-leão-de-cara-preta, Leontopithecus caissara
Descrição
Caracterizam-se por possuir uma pelagem abundante e brilhante, principalmente ao redor da cabeça, formando um tipo de "juba".[12] A face é quase nua, e as mãos pés são compridos com dedos muito longos e com garras.[12] São os maiores dentre os Callitrichinae: chegam a pesar até 800 g e ter 76 cm de comprimento, contando com a cauda.[12][13] Não possuem dimorfismo sexual, apesar de as fêmeas chegarem a pesar mais que os machos durante a prenhez.[13]
Distribuição Geográfica e Hábitat
Os mico-leões são endêmicos do Brasil, do bioma da Mata Atlântica, sendo originalmente encontrados do sul da Bahia até o litoral norte do Paraná e interior de São Paulo, ao sul do rio Tietê.[14][15] Atualmente, são encontrados em algumas poucas unidades de conservação e possuem distribuição geográfica muito restrita.[14] Habitam os estratos médios das copas das árvores, habitando principalmente as florestas costeiras sempre úmidas, embora Leontopithecus chrysopygus habita a floresta estacional semidecidual.[15]
Referências
- ↑ Groves, C.P. (2005). Wilson, D. E.; Reeder, D. M, eds. Mammal Species of the World 3.ª ed. Baltimore: Johns Hopkins University Press. 133 páginas. ISBN 978-0-8018-8221-0. OCLC 62265494
- ↑ Rylands AB; Mittermeier RA (2009). «The Diversity of the New World Primates (Platyrrhini): An Annotated Taxonomy». In: Garber PA; Estrada A; Bicca-Marques JC; Heymann EW; Strier KB. South American Primates: Comparative Perspectives in the Study of Behavior, Ecology, and Conservation 3ª ed. Nova Iorque: Springer. pp. 23–54. ISBN 978-0-387-78704-6
- ↑ a b MUNDY,N.;KELLY, J. (2001). «Phylogeny of lion tamarins (Leontopithecus spp) based on interphotoreceptor retinol binding protein intron sequences». American Journal of Primatology. 54 (1): 33-40. doi:10.1002/ajp.1010
- ↑ a b SCHNEIDER,H.; et al. (1993). «Molecular Phylogeny of the New World Monkeys (Platyrrhini, Primates)». Molecular Phylogenetics and Evolution. 2 (3): 225-242
- ↑ a b HOROVITZ, I.; MEYER, A. (1995). «Systematics of New World Monkeys (Platyrrhini, Primates) Based on 16S Mitochondrial DNA Sequences: A Comparative Analysis of Different Weighting Methods in Cladistic Analysis» (PDF). Molecular Phylogenetics and Evolution. 4 (4): 448-456
- ↑ CÓRTEZ-ORTIZ, L. (2009). «Molecular Phylogenetics of the Callitrichidae with an Emphasis on the Marmosets and Callimico». In: Ford, S.M.; Porter, L.M. e Davis, L.L.C. (eds). The Smallest Anthropoids. Nova Iorque: Springer. pp. 3–24. ISBN 978-1-4419-0292-4
- ↑ Barroso, C.M.L.; Schneider, H.; Schneider, M.P.C.; Sampaio, I.; Harada, M.L.; Czelusniak, J.; Goodman, M. (1997). «Update on the Phylogenetic Systematics of New World Monkeys: Further DNA Evidence for Placing the Pygmy Marmoset (Cebuella) within the Genus Callithrix». International Journal of Primatology. 18 (4): 651-674. ISSN 1573-8604. doi:10.1023/A:1026371408379
- ↑ Perez-Sweeney BM. 2002. The molecular systematics of Leontopithecus, population genetics of L. chrysopygus and the contribution of these two sub-fields to the conservation of L. chrysopygus. PhD Thesis, Columbia University, New York.
- ↑ PEREZ-SWEENEY, B.M.; et al. (2005). «Dinucleotide microsatellite primers designed for a critically endangered primate, the black lion tamarin (Leontopithecus chrysopygus)». Molecular Ecology Notes. 5 (2): 198-201. doi:10.1111/j.1471-8286.2005.00875.x
- ↑ PEREZ-SWEENEY, B.M.; et al. (2008). «Examination of the Taxonomy and Diversification of Leontopithecus using the Mitochondrial Control Region». International Journal of Primatology. 29 (1): 245-263. doi:10.1007/s10764-007-9224-7
- ↑ a b c AURICCHIO, P. (1995). «Gênero Leontopithecus». Primatas do Brasil. São Paulo - Brasil: Terra Brasilis Comércio de Material didático e Editora LTda - ME. 168 páginas. ISBN 85-85712-01-5
- ↑ a b Kleiman, D.G.; Hoage, R.J.; Green, K.M. (1988). The Lion Tamarins, Genus Leontopithecus. Em Mittermeier, R.A.(ed) Ecology and Behavior of Neotropical Primates - Volume 2. Washington D.C.: World Wildlife Fund. pp. 299–347
- ↑ a b Rylands, A. B, Kierulff, M. C. M. and Pinto, L. P. de S. 2002. Distribution and status of the lion tamarins. In: D. G. Kleiman and A. B. Rylands (eds), Lion Tamarins: Biology and Conservation, pp. 42-70. Smithsonian Institution Press, Washington, DC, USA.
- ↑ a b COIMBRA-FILHO, A.C.; MITTERMEIER, R.A. (1973). «Distribution and Ecology of the Genus Leontopithecus Lesson, 1840 in Brazil.» (PDF). Primates. 14 (1): 47-66