Euryoryzomys russatus: diferenças entre revisões

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'''''Euryoryzomys russatus''''' é uma [[espécie]] de [[roedor]] da família [[Cricetidae]].<ref name = MSW3>{{MSW3 Muroidea | id = 13000819 | page = 1154}}</ref> Também é conhecida como '''rato-do-mato'''<ref>{{Citar web |url=https://www.taxeus.com.br/especie/euryoryzomys-russatus |título=Euryoryzomys russatus |publicado=Táxeus |data=2021 |acessodata=14 de julho de 2021}}</ref> e '''rato-do-arroz'''.<ref>{{Citar web |url=https://www.ufrgs.br/faunadigitalrs/mamiferos/ordem-rodentia/familia-cricetidae/rato-do-arroz-euryoryzomys-russatus/ |título=Rato-do-arroz (Euryoryzomys russatus) |publicado=Universidade Federal do Rio Grande do Sul |data=2021 |acessodata=14 de julho de 2021}}</ref> Foi descrita pela primeira vez por [[Johann Andreas Wagner]] em 1848.<ref name=":8" /> É encontrada no [[Brasil]],<ref name=":0">{{citar livro|url=https://www.researchgate.net/publication/303161885|título=Mammals of South America: Rodents|último =Patton|primeiro =James|último2 =Pardinas|primeiro2 =Ulyses|último3 =D'Elia|primeiro3 =Guillermo|publicado=University of Chicago Press|ano=2015|volume=2|local=Chicago|páginas=319}}</ref> [[Paraguai]] e [[Argentina]].<ref name=":0" /><ref>Duff, A. and Lawson, A. 2004. Mammals of the World: A checklist. Yale University Press, 312 pp.&nbsp;{{ISBN|978-0-300-10398-4}}</ref> Possui pelagem marrom-avermelhada, cauda longa e crânio grande.<ref name=":0" /> É um roedor terrestre, que passa seu tempo em busca de sementes, frutas e insetos.<ref name=":7" /><ref name=":5" /> É listada pela [[União Internacional para a Conservação da Natureza|IUCN]] como "[[Espécie pouco preocupante|menos preocupante]]", embora estudos tenham mostrado que é influenciada por distúrbios antropogênicos.<ref name=":8" /> Predadores consistem em pequenos membros da ordem ''[[Carnívoros|Carnivora]]''.<ref name=":9" /><ref name=":10" />


== Etimologia ==
'''''Euryoryzomys russatus''''' é uma [[espécie]] de [[roedor]] da família [[Cricetidae]]. Pode ser encontrada na [[Bolívia]], [[Brasil]], [[Paraguai]] e [[Argentina]].<ref name=IUCN/>
O prefixo eury- vem da palavra grega "eurys", que significa "largo".<ref>{{citar web|url=https://www.etymonline.com/word/eury-|título=eury- {{!}} Origin and meaning of prefix eury- by Online Etymology Dictionary|website=www.etymonline.com|língua=en|acessodata=2019-09-28}}</ref> O epíteto específico russatus vem da palavra latina "russatus", que significa "vestido de vermelho".<ref>{{citar web|url=https://latinlexicon.org/definition.php?p1=2052044|título=Definition of russatus|website=Latin Lexicon|acessodata=2019-09-28}}</ref>

== Taxonomia ==
''Euryoryzomys russatus''<ref>{{citar livro|título=Beiträge zur Kenntniss der Säugthiere Amerika's / vom A. Wagner.|último =Wagner|primeiro =A. J.|data=1848|publicado=Königliche Akademie der Wissenschaften|local=Munich, Germany|páginas=271–332|doi = 10.5962/bhl.title.15738}}</ref> (Wagner, 1848) é seu nome atualmente aceito. É um membro da ordem Rodentia e família Cricetidae,<ref name=":12">{{citar periódico|último =Di-Nizo|primeiro =C. B.|último2 =Neves|primeiro2 =C. L.|último3 =Vilela|primeiro3 =J. F.|último4 =Silva|primeiro4 =M. J.|data=2014-01-24|título=New karyologycal data and cytotaxonomic considerations on small mammals from Santa Virgínia (Parque Estadual da Serra do Mar, Atlantic Forest, Brazil)|periódico=Comparative Cytogenetics|volume=8|número=1|páginas=11–30|doi=10.3897/compcytogen.v8i1.6430|issn=1993-078X|pmc=3978240|pmid=24744831}}</ref> com o gênero Euryoryzomys compreendendo seis espécies válidas.<ref>{{citar livro|título=Mammals of South America, Volume 2|último =Patton|primeiro =J. L.|último2 =Pardiñas|primeiro2 =U. F. J.|último3 =D’Elía|primeiro3 =G.|data=2015|publicado=University of Chicago Press|isbn=9780226169576|páginas=314–321|doi = 10.7208/chicago/9780226169606.001.0001}}</ref>

== Distribuição e habitat ==
''Euryoryzomys russatus'' é encontrado no [[Brasil]] continental e em ilhas periféricas.<ref name=":0" /> Também é encontrada na [[Bolívia]], [[Argentina]] e [[Paraguai]].<ref name=":0" /> É encontrada ao longo de gradientes altitudinais consistindo em áreas baixas e montanhosas ([[Biomas montanos|montanas]]).<ref name=":0" /><ref name=":2">{{citar periódico|último =Libardi|primeiro =G. S.|último2 =Percequillo|primeiro2 =A. R.|data=2016|título=Variation of craniodental traits in russet rats Euryoryzomys russatus (Wagner, 1848) (Rodentia: Cricetidae: Sigmodontinae) from Eastern Atlantic Forest|periódico=Zoologischer Anzeiger|páginas=57–74}}</ref> É encontrada na [[Mata Atlântica]], bem como em algumas áreas da [[Floresta Amazônica]].<ref name=":0" /><ref name=":2" /><ref name=":1">{{citar periódico|doi=10.1007/s10528-007-9122-x|pmid=17939030|título=Geographic Patterns of Genetic Variation and Conservation Consequences in Three South American Rodents|periódico=Biochemical Genetics|volume=45|número=11–12|páginas=839–856|ano=2007|último1 =Miranda|primeiro1 =Gustavo B.|último2 =Andrades-Miranda|primeiro2 =Jaqueline|último3 =Oliveira|primeiro3 =Luiz F. B.|último4 =Langguth|primeiro4 =Alfredo|último5 =Mattevi|primeiro5 =Margarete S.}}</ref>

Locais específicos em que ''E. russatus'' foi encontrada inclui: [[Ilha de Santa Catarina]], Brasil (espécimes vivos);<ref name=":6" /> [[Além Paraíba]], [[Minas Gerais]], Brasil (espécimes de museu);<ref name=":2" /> [[Parque Nacional Guaricana]], [[Paraná]], Brasil (espécimes de museu);<ref name=":2" /> [[Ilha do Cardoso]], [[São Paulo (estado)|São Paulo]], Brasil (espécimes de museu);<ref name=":2" /> Paraná, Brasil (identificação genética de excrementos de felinos predadores);<ref name=":9" /> [[Picinguaba]], São Paulo, Brasil (espécimes vivos);<ref>{{citar periódico|último =Pinheiro|primeiro =P.S.|último2 =Geise|primeiro2 =L.|data=2008|título=Non-volant mammals of Picinguaba, Ubatuba, state of São Paulo, southeastern Brazil|url=https://www.researchgate.net/publication/242364863|periódico=Biol. Mus. Biol. Mello Leitao (N. Ser)|volume=23|páginas=51–59}}</ref> [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]], Brasil (espécimes vivos);<ref name=":11">Costa, M.A.R., Maldonado Jr, A., Bóia, M.N., Lucio, C.S. & Simões, R.O. 2014. a new species of Hassalstrongylus (Nematoda: Heligmonelidae) from Euryoryzomys russatus (Rodentia: Sigmodontinae) in the Atlantic forest, Brazil. Neotropical Helminthology, vol. 8, n°2, jul-dec, pp. 235-242.</ref> Reserva Florestal do Morro Grande, São Paulo, Brasil (espécimes vivos).<ref name=":4" />

É considerada um especialista florestal, habitando apenas em habitats com extensa cobertura de dossel florestal.<ref name=":13">Püttker, T. A. A. Bueno, C. Santos de Barros, S. Sommer, R. Pardini. 2013. Habitat specialization interacts with habitat amount to determine dispersal success of rodents in fragmented landscapes, ''Journal of Mammalogy'', Volume 94, Issue 3, 11:714–726, https://doi.org/10.1644/12-MAMM-A-119.1</ref> Foi demonstrado que as taxas de abundância e imigração aumentam conforme aumenta a cobertura florestal.<ref name=":13" />

== Histórico ==
[[Imagem:Euryoryzomys russatus 1 (5).png|esquerda|thumb|Vista dorsal do crânio]]

=== Morfologia ===
O gênero ''Euryoryzomys'' é descrito como tendo pelagem que varia da cor amarela a marrom-avermelhada dorsalmente, embora tenha uma cor ventral mais clara.<ref name=":3">Weksler, M.; Percequillo, A. R.; Voss, R. S. (2006-10-19). "Ten new genera of oryzomyine rodents (Cricetidae: Sigmodontinae)" (PDF). ''American Museum Novitates''. [[American Museum of Natural History]]. '''3537''': 1–29. </ref> As orelhas são geralmente de tamanho médio a grande. As vibrissas (bigodes) não ultrapassam as orelhas. A maioria das espécies possui um jugal (com exceção de ''[[Euryoryzomys lamia|E. lamia]]'').<ref name=":3" />

''Euryoryzomys russatus'' é descrito como tendo um crânio grande e comprimento corporal relativamente grande; com uma faixa de comprimento de corpo de {{convert|112-185|mm|abbr=on}}.<ref name=":0" /> Alguns estudos registraram seu peso, que era em média de {{convert|59|g|oz|abbr=on}}.<ref name=":4">Naxara, L., Pinotti, B., & Pardini, R. (2009). Seasonal Microhabitat Selection by Terrestrial Rodents in an Old-Growth Atlantic Forest. ''Journal of Mammalogy'', ''90''(2), 404–415. Retrieved from http://www.jstor.org/stable/30224486</ref> A cauda mede entre 105–196 {{convert|105-196|mm|abbr=on}} de comprimento.<ref name=":0" /> A pelagem é marrom-avermelhada na parte dorsal do corpo e branca na parte ventral. O pinnae e a cauda são ambos na cor cinza. Os membros anteriores e posteriores são rosa claro, junto com o nariz. As vibrissas faciais são de cor preta. Parietais em ''E. russatus'' não possuem expansões laterais.<ref name=":3" />

=== Ecologia ===
''Euryoryzomys russatus'' é um roedor noturno terrestre que se move principalmente sobre a serapilheira encontrada no solo da floresta.<ref name=":4" /><ref name=":14">Ricardo S. Bovendorp, Jessica A. Laskowski and Alexandre R. Percequillo 2016. A first view of the unseen: nests of an endangered Atlantic Forest rat species. Mammalia (Short Note): 1-4. DOI 10.1515/mammalia-2015-0178</ref> Um estudo sazonal de seleção de microhabitats encontrou variação na escolha de microhabitats nas estações quente-úmida e fria-seca.<ref name=":4" /> ''Euryoryzomys russatus'' possui maior abundância em áreas com detritos lenhosos, baixa altura da serapilheira e alta biomassa de artrópodes durante a estação quente-úmida e durante a estação fria-seca; a maior abundância foi observada em áreas com alta umidade da serapilheira.<ref name=":4" /> É um comedor oportunista, consumindo sementes, frutas e insetos quando possível.<ref name=":7">Powers AM, Mercer DR, Watts DM, Guzman H, Fulhorst CF, Popov VL and Tesh RB (1999) Isolation and genetic characterization of a hantavirus (Bunyaviridae: Hantavirus) from a rodent, ''Oligoryzomys microtis'' (Muridae), collected in northeastern Peru Am J Trop Med Hyg 61:92–98</ref><ref name=":5">Bergallo, H. & Magnusson, W. (2004). Factors affecting the use of space by two rodent species in Brazilian Atlantic forest. Mammalia. 68. 121-132. 10.1515/mamm.2004.013. </ref> Um estudo de predação de sementes na Mata Atlântica brasileira encontrou ''E. russatus'' um eficiente predador de sementes, comendo a maioria das sementes oferecidas (com exceção daquelas com massa maior que a dos indivíduos observados).<ref>{{citar periódico|último =Galetti|primeiro =M.|último2 =Guevara|primeiro2 =R.|último3 =Galbiati|primeiro3 =L. A.|último4 =Neves|primeiro4 =C. L.|último5 =Rodarte|primeiro5 =R. R.|último6 =Mendes|primeiro6 =C. P.|data=2015|título=Seed Predation by Rodent and Implications for Plant Recruitment in Defaunated Atlantic Forests|periódico=Biotropica|volume=47|número=5|páginas=521–525|doi=10.1111/btp.12246}}</ref>

Um estudo da dinâmica populacional de uma população da ''E. russatus'' na Ilha de Santa Catarina, no sul do Brasil, mostrou que tanto machos como fêmeas possuem proporção quase iguais.<ref name=":6" /> Mantém um sistema de acasalamento [[Monogamia|monogâmico]].<ref name=":5" /><ref name=":6">Antunes, P., Campos, M., Oliveira-Santos, L., & Graipel, M. (2009). Population dynamics of Euryoryzomys russatus and Oligoryzomys nigripes (Rodentia, Cricetidae) in an Atlantic forest area, Santa Catarina Island, Southern Brazil. ''Biothemes, 22'' (2), 143-151. doi: https://doi.org/10.5007/2175-7925.2009v22n2p143</ref> As fêmeas tiveram atividade reprodutiva ao longo do ano e se correlacionam com a disponibilidade de recursos alimentares.<ref name=":5" /> Seus ninhos possuem forma de xícara e são construídos com fibras de bambu e outras gramíneas da família ''[[Poaceae]]''.<ref name=":14" /> A prole nasce [[altricial]], sem cabelo e com olhos e ouvidos fechados.<ref name=":14" /> Um estudo calculou o número médio de crias por gravidez (a partir do levantamento de fêmeas grávidas e filhotes) como sendo 3,6, com três a seis filhotes sendo típicos.<ref name=":14" />

=== Genética ===
Análises genéticas agruparam diferentes populações de ''E. russatus''' em três [[clado]]s usando regiões do gene mitocondrial e nuclear, porém nenhuma subespécie foi identificada.<ref name=":1" /> Um estudo focado na estruturação genética de populações na Mata Atlântica do sul do Brasil não encontrou nenhuma estruturação genética ao longo da distribuição das espécies.<ref>{{citar periódico|doi=10.1590/S1415-47572009005000081|pmid=21637469|pmc=3036879|título=Genetic structure of sigmodontine rodents (Cricetidae) along an altitudinal gradient of the Atlantic Rain Forest in southern Brazil|periódico=Genetics and Molecular Biology|volume=32|número=4|páginas=882–885|ano=2009|último1 =Gonçalves|primeiro1 =Gislene L.|último2 =Marinho|primeiro2 =Jorge R.|último3 =Freitas|primeiro3 =Thales R.O.}}</ref> Por meio do cariótipo de indivíduos de ''E. russatus'' do Parque Estadual da Serra do Mar (Santa Virgínia, Brasil), verificou-se que possuem um número cromossômico de 2n=80.<ref name=":12" /> Este número é compartilhado com ''[[Euryoryzomys emmonsae]]'' e ''[[Euryoryzomys nitidus]]''.<ref name=":12" />

== Conservação ==
Em 2016, a ''Euryoryzomys russatus'' foi listada como [[Espécie pouco preocupante]] pela [[União Internacional para a Conservação da Natureza]] (IUCN).<ref name=":8">{{Citar web |url=https://www.iucnredlist.org/species/29405/115168400 |título=Russet Rice Rat |publicado=IUCN Red List of Threatened Species |autor=Percequillo, A. |autor2=Weksler M. |autor3=Langguth, A. |autor4=Patterson, B. |autor5=D'Elia, G. |autor6=Teta, P. |volume=2016 |data=2016 |acessodata=14 de julho de 2021 |doi=10.2305/IUCN.UK.2016-3.RLTS.T29405A22328896.en}}</ref> No entanto, estudos têm mostrado que esta espécie é suscetível a distúrbios antropogênicos, como degradação ou destruição de habitat.<ref name=":1" /><ref name=":13" /><ref>Pardini R, Souza SM, Braga-Neto R, Metzger JP (2005). ''The role of forest structure, fragment size and corridors in maintaining small mammal abundance and diversity in an Atlantic forest landscape''. Biol Conserv 124:253–266 </ref><ref>Umetsu F, Pardini R (2007). ''Small mammals in a mosaic of forest remnants and anthropogenic habitats evaluating matrix quality in an Atlantic forest landscape''. Landscape Ecol 22:517–530</ref>

== Predadores ==
Estudos descobriram que o E. russatus é uma presa de várias espécies de felinos neotropicais, incluindo [[Herpailurus yagouaroundi|jaguarundi]] (''Puma yagouaroundi''), [[Leopardus tigrinus|gato-do-mato]] (''Leopardus tigrinus'') e [[jaguatirica]] (''Leopardus pardalis'').<ref name=":9">{{citar periódico|último =Silva-Pereiraa|primeiro =J. E.|último2 =Moro-Rios|primeiro2 =R. F.|último3 =Bilski|primeiro3 =D. R.|último4 =Passos|primeiro4 =F. C.|data=2010|título=Diets of three sympatric Neotropical small cats: Food niche overlap and interspecies differences in prey consumption|periódico=Mammalian Biology|volume=76|número=3|páginas=308–312|doi=10.1016/j.mambio.2010.09.001}}</ref> Também foi demonstrado que os [[Gato|gatos domésticos]] (''Felis silvestris catus'') se alimentam de ''E. russatus''.<ref name=":10">{{citar periódico|doi=10.2981/wlb.13131|título=Domestic cat predation on Neotropical species in an insular Atlantic Forest remnant in southeastern Brazil|periódico=Wildlife Biology|volume=20|número=3|páginas=167–175|ano=2014|último1 =Ferreira|primeiro1 =Giovanne Ambrosio|último2 =Nakano-Oliveira|primeiro2 =Eduardo|último3 =Genaro|primeiro3 =Gelson}}</ref>

== Parasitas ==
[[Imagem:Trichomonas Giemsa DPDx.JPG|thumb|Exemplo de um ''Trichomonas'' ''sp''. semelhante ao encontrado em ''E. russatus'']]

Pesquisas sobre os parasitas gastrointestinais da ''E. russatus'' encontraram oito [[Parasitismo|endoparasitas]] diferentes em populações insulares e continentais.<ref>{{citar periódico|doi=10.1590/S1519-69842012000300019|pmid=22990827|título=Differences in richness and composition of gastrointestinal parasites of small rodents (Cricetidae, Rodentia) in a continental and insular area of the Atlantic Forest in Santa Catarina state, Brazil|periódico=Brazilian Journal of Biology|volume=72|número=3|páginas=563–567|ano=2012|último1 =Kuhnen|primeiro1 =VV.|último2 =Graipel|primeiro2 =ME.|último3 =Pinto|primeiro3 =CJC.}}</ref> Uma nova espécie de [[Nematoda|nematóide]], ''Hassalstrongylus luquei'', foi encontrada no intestino delgado de ''E. russatus''.<ref name=":11" /> Foi descoberto que um único indivíduo possuía anticorpos de uma infecção fúngica sistêmica com ''Paracoccidioides brasiliensis''.<ref>{{citar periódico|doi=10.1007/s11046-015-9928-8|pmid=26232125|título=Paracoccidioides brasiliensis Infection in Small Wild Mammals|periódico=Mycopathologia|volume=180|número=5–6|páginas=435–440|ano=2015|último1 =Sbeghen|primeiro1 =Mônica Raquel|último2 =Zanata|primeiro2 =Thais Bastos|último3 =MacAgnan|primeiro3 =Rafaela|último4 =De Abreu|primeiro4 =Kaue Cachuba|último5 =Da Cunha|primeiro5 =Willian Luiz|último6 =Watanabe|primeiro6 =Maria Angelica Ehara|último7 =De Camargo|primeiro7 =Zoilo Pires|último8 =Ono|primeiro8 =Mario Augusto}}</ref> Um estudo sobre ''Rickettsia rickettsii'', febre maculosa brasileira, mostrou que ''E. russatus'' é um hospedeiro da espécie de carrapato ''Amblyomma ovale'', que é um vetor conhecido da doença zoonótica.<ref>{{citar periódico|doi=10.3389/fcimb.2013.00027|pmid=23875178|pmc=3709097|título=Ecology, biology and distribution of spotted-fever tick vectors in Brazil|periódico=Frontiers in Cellular and Infection Microbiology|volume=3|páginas=27|ano=2013|último1 =Szabó|primeiro1 =Matias P. J.|último2 =Pinter|primeiro2 =Adriano|último3 =Labruna|primeiro3 =Marcelo B.}}</ref>

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Revisão das 14h29min de 14 de julho de 2021

Como ler uma infocaixa de taxonomiaEuryoryzomys russatus[1]

Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante (IUCN 3.1) [2]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Rodentia
Família: Cricetidae
Subfamília: Sigmodontinae
Gênero: Euryoryzomys
Espécie: E. russatus
Nome binomial
Euryoryzomys russatus
(Wagner, 1848)

Euryoryzomys russatus é uma espécie de roedor da família Cricetidae.[3] Também é conhecida como rato-do-mato[4] e rato-do-arroz.[5] Foi descrita pela primeira vez por Johann Andreas Wagner em 1848.[6] É encontrada no Brasil,[7] Paraguai e Argentina.[7][8] Possui pelagem marrom-avermelhada, cauda longa e crânio grande.[7] É um roedor terrestre, que passa seu tempo em busca de sementes, frutas e insetos.[9][10] É listada pela IUCN como "menos preocupante", embora estudos tenham mostrado que é influenciada por distúrbios antropogênicos.[6] Predadores consistem em pequenos membros da ordem Carnivora.[11][12]

Etimologia

O prefixo eury- vem da palavra grega "eurys", que significa "largo".[13] O epíteto específico russatus vem da palavra latina "russatus", que significa "vestido de vermelho".[14]

Taxonomia

Euryoryzomys russatus[15] (Wagner, 1848) é seu nome atualmente aceito. É um membro da ordem Rodentia e família Cricetidae,[16] com o gênero Euryoryzomys compreendendo seis espécies válidas.[17]

Distribuição e habitat

Euryoryzomys russatus é encontrado no Brasil continental e em ilhas periféricas.[7] Também é encontrada na Bolívia, Argentina e Paraguai.[7] É encontrada ao longo de gradientes altitudinais consistindo em áreas baixas e montanhosas (montanas).[7][18] É encontrada na Mata Atlântica, bem como em algumas áreas da Floresta Amazônica.[7][18][19]

Locais específicos em que E. russatus foi encontrada inclui: Ilha de Santa Catarina, Brasil (espécimes vivos);[20] Além Paraíba, Minas Gerais, Brasil (espécimes de museu);[18] Parque Nacional Guaricana, Paraná, Brasil (espécimes de museu);[18] Ilha do Cardoso, São Paulo, Brasil (espécimes de museu);[18] Paraná, Brasil (identificação genética de excrementos de felinos predadores);[11] Picinguaba, São Paulo, Brasil (espécimes vivos);[21] Rio de Janeiro, Brasil (espécimes vivos);[22] Reserva Florestal do Morro Grande, São Paulo, Brasil (espécimes vivos).[23]

É considerada um especialista florestal, habitando apenas em habitats com extensa cobertura de dossel florestal.[24] Foi demonstrado que as taxas de abundância e imigração aumentam conforme aumenta a cobertura florestal.[24]

Histórico

Vista dorsal do crânio

Morfologia

O gênero Euryoryzomys é descrito como tendo pelagem que varia da cor amarela a marrom-avermelhada dorsalmente, embora tenha uma cor ventral mais clara.[25] As orelhas são geralmente de tamanho médio a grande. As vibrissas (bigodes) não ultrapassam as orelhas. A maioria das espécies possui um jugal (com exceção de E. lamia).[25]

Euryoryzomys russatus é descrito como tendo um crânio grande e comprimento corporal relativamente grande; com uma faixa de comprimento de corpo de 112−185 mm (4 402,17 in).[7] Alguns estudos registraram seu peso, que era em média de 59 g (2,1 oz).[23] A cauda mede entre 105–196 105−196 mm (4 126,14 in) de comprimento.[7] A pelagem é marrom-avermelhada na parte dorsal do corpo e branca na parte ventral. O pinnae e a cauda são ambos na cor cinza. Os membros anteriores e posteriores são rosa claro, junto com o nariz. As vibrissas faciais são de cor preta. Parietais em E. russatus não possuem expansões laterais.[25]

Ecologia

Euryoryzomys russatus é um roedor noturno terrestre que se move principalmente sobre a serapilheira encontrada no solo da floresta.[23][26] Um estudo sazonal de seleção de microhabitats encontrou variação na escolha de microhabitats nas estações quente-úmida e fria-seca.[23] Euryoryzomys russatus possui maior abundância em áreas com detritos lenhosos, baixa altura da serapilheira e alta biomassa de artrópodes durante a estação quente-úmida e durante a estação fria-seca; a maior abundância foi observada em áreas com alta umidade da serapilheira.[23] É um comedor oportunista, consumindo sementes, frutas e insetos quando possível.[9][10] Um estudo de predação de sementes na Mata Atlântica brasileira encontrou E. russatus um eficiente predador de sementes, comendo a maioria das sementes oferecidas (com exceção daquelas com massa maior que a dos indivíduos observados).[27]

Um estudo da dinâmica populacional de uma população da E. russatus na Ilha de Santa Catarina, no sul do Brasil, mostrou que tanto machos como fêmeas possuem proporção quase iguais.[20] Mantém um sistema de acasalamento monogâmico.[10][20] As fêmeas tiveram atividade reprodutiva ao longo do ano e se correlacionam com a disponibilidade de recursos alimentares.[10] Seus ninhos possuem forma de xícara e são construídos com fibras de bambu e outras gramíneas da família Poaceae.[26] A prole nasce altricial, sem cabelo e com olhos e ouvidos fechados.[26] Um estudo calculou o número médio de crias por gravidez (a partir do levantamento de fêmeas grávidas e filhotes) como sendo 3,6, com três a seis filhotes sendo típicos.[26]

Genética

Análises genéticas agruparam diferentes populações de E. russatus' em três clados usando regiões do gene mitocondrial e nuclear, porém nenhuma subespécie foi identificada.[19] Um estudo focado na estruturação genética de populações na Mata Atlântica do sul do Brasil não encontrou nenhuma estruturação genética ao longo da distribuição das espécies.[28] Por meio do cariótipo de indivíduos de E. russatus do Parque Estadual da Serra do Mar (Santa Virgínia, Brasil), verificou-se que possuem um número cromossômico de 2n=80.[16] Este número é compartilhado com Euryoryzomys emmonsae e Euryoryzomys nitidus.[16]

Conservação

Em 2016, a Euryoryzomys russatus foi listada como Espécie pouco preocupante pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).[6] No entanto, estudos têm mostrado que esta espécie é suscetível a distúrbios antropogênicos, como degradação ou destruição de habitat.[19][24][29][30]

Predadores

Estudos descobriram que o E. russatus é uma presa de várias espécies de felinos neotropicais, incluindo jaguarundi (Puma yagouaroundi), gato-do-mato (Leopardus tigrinus) e jaguatirica (Leopardus pardalis).[11] Também foi demonstrado que os gatos domésticos (Felis silvestris catus) se alimentam de E. russatus.[12]

Parasitas

Exemplo de um Trichomonas sp. semelhante ao encontrado em E. russatus

Pesquisas sobre os parasitas gastrointestinais da E. russatus encontraram oito endoparasitas diferentes em populações insulares e continentais.[31] Uma nova espécie de nematóide, Hassalstrongylus luquei, foi encontrada no intestino delgado de E. russatus.[22] Foi descoberto que um único indivíduo possuía anticorpos de uma infecção fúngica sistêmica com Paracoccidioides brasiliensis.[32] Um estudo sobre Rickettsia rickettsii, febre maculosa brasileira, mostrou que E. russatus é um hospedeiro da espécie de carrapato Amblyomma ovale, que é um vetor conhecido da doença zoonótica.[33]

Referências

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