Astrogliose: diferenças entre revisões
Linha 120: | Linha 120: | ||
| acessodata = |
| acessodata = |
||
}}</ref><ref name="Sofroniew 2" /> |
}}</ref><ref name="Sofroniew 2" /> |
||
Os [[astrócito]]s reativos defendem ao [[sistema nervoso central|SNC]] contra o [[Stress oxidativo|''stress'' oxidativo]] através da produção de [[glutationa]] e têm a responsabilidade de proteger as células da toxicidade do [[amônio]].<ref name=sofroniew /> Protegem as células e o tecido do [[sistema nervoso central|SNC]] por meio de distintas maneiras,<ref name=sofroniew /><ref name=Bush>{{citar periódico |
|||
| ultimo1 = Bush |
|||
| primeiro1 = T |
|||
| ultimo2 = Puvanachandra |
|||
| primeiro2 = N |
|||
| ultimo3 = Horner |
|||
| primeiro3 = C |
|||
| ultimo4 = Polito |
|||
| primeiro4 = A |
|||
| ultimo5 = Ostenfeld |
|||
| primeiro5 = T |
|||
| ultimo6 = Svendsen |
|||
| primeiro6 = C |
|||
| ultimo7 = Mucke |
|||
| primeiro7 = L |
|||
| ultimo8 = Johnson |
|||
| primeiro8 = M |
|||
| ultimo9 = Sofroniew |
|||
| primeiro9 = M |
|||
| data = 1999 |
|||
| titulo = Leukocyte Infiltration, Neuronal Degeneration, and Neurite Outgrowth after Ablation of Scar-Forming, Reactive Astrocytes in Adult Transgenic Mice |
|||
| url = |
|||
| periódico = Neuron |
|||
| volume = 23 |
|||
| numero = 2 |
|||
| páginas = 297–308 |
|||
| pmid = 10399936 |
|||
| doi = 10.1016/S0896-6273(00)80781-3 |
|||
| acessodata = |
|||
}}</ref><ref name=zador>{{citar livro |
|||
| ultimo1 = Zador |
|||
| primeiro1 = Zsolt |
|||
| ultimo2 = Stiver |
|||
| primeiro2 = Shirley |
|||
| ultimo3 = Wang |
|||
| primeiro3 = Vincent |
|||
| ultimo4 = Manley |
|||
| primeiro4 = Geoffrey T. |
|||
| autorlink = |
|||
| data = |
|||
| título = Aquaporins |
|||
| capítulo = Role of Aquaporin-4 in Cerebral Edema and Stroke |
|||
| volume =190 |
|||
| páginas = 159–70 |
|||
| edição = |
|||
| local = |
|||
| publicado = |
|||
| editor1-first = Eric |
|||
| editor1-last = Beitz |
|||
| ano = 2009 |
|||
| series = Handbook of Experimental Pharmacology |
|||
| isbn = 978-3-540-79884-2 |
|||
| issn = |
|||
|doi=10.1007/978-3-540-79885-9_7 |
|||
| url = |
|||
| acessodata = |
|||
}}</ref> tais como a absorção de [[ácido glutâmico|glutamato]] potencialmente [[Excitotoxicidade|excitotóxico]], liberação de [[adenosina]] e degradação de peptídeos |
|||
[[Beta amiloide|beta-amiloides]].<ref name=sofroniew /> A reparação de uma perturbação na [[barreira hematoencefálica]] é também facilitada pelos [[astrócito]]s reativos por meio do contato direto de suas prolongações (uma estrutura característica dos [[astrócito]]s também conhecida como pés) com as paredes dos [[Vaso sanguíneo|vasos sanguíneos]].<ref name="Bush" /> |
|||
Também se demonstrou que reduz o [[Edema cerebral|edema vasogênico]] depois de um trauma, [[acidente vascular cerebral]] ou [[Hidrocefalia|hidrocefalia obstrutiva]].<ref name=sofroniew /> |
|||
=== Formação de uma cicatriz === |
|||
Os [[astrócito]]s reativos proliferantes formadores de cicatriz se encontram ao ao longo das bordas entre o tecido saudável e as regiões de tecido danificado e [[Leucócito|células inflamatórias]]. Isto ocorre normalmente depois de uma resposta inflamatória rápida e local a uma lesão traumática aguda na [[medula espinhal]] e o [[cérebro]]. Em sua forma mais extrema, a astrogliose reativa pode levar à aparição de [[astrócito]]s recém formados e à formação de uma cicatriz em resposta a um dano severo ao tecido ou inflamação. |
|||
{{referências}} |
{{referências}} |
Revisão das 15h24min de 22 de julho de 2023
Astrogliose | |
---|---|
![]() Formação de astrócitos reativos após lesão do sistema nervoso central |
A astrogliose (também conhecida como astrocitose ou astrocitose reativa) é um aumento anormal no número de astrócitos devido à destruição dos neurônios próximas a um trauma no sistema nervoso central (SNC), infecção, isquemia cerebral, um acidente vascular cerebral (AVC), uma resposta autoimune e uma doença neurodegenerativa. No tecido neural saudável, astrócitos desempenham um papel crítico no fornecimento de energia para os neurônios, regular o fluxo sanguíneo, a homeostase do fluido extracelular assim como dos íons e transmissores, e regular a função sináptica e a remodelação sináptica.[1][2] A astrogliose altera a expressão molecular e a morfologia dos astrócitos, provocando a formação de cicatrizes e, em casos graves, a inibição da regeneração de axônios.[3][4]
Causas
A astrogliose é um conjunto de alterações no astrócitos que ocorrem em resposta a todas as formas de dano e doença do SNC. As alterações produzidas pela astrogliose reativa variam com a gravidade do dano do SNC através de uma série de alterações progressivas na expressão molecular, hipertrofia celular progressiva, proliferação e cicatrização.[3]
Os danos causados ao neurônios no SNC por uma infecção, trauma, isquemia cerebral, um acidente vascular cerebral, uma resposta autoimune ou alguma enfermidade neurodegenerativa podem levar a astrócitos reativos.[2]
Quando a astrogliose é considerada patológica, ou seja, uma doença, é chamada de astrocitose.[5]
Funções e efeitos
Os astrócitos reagentes podem beneficiar ou prejudicar células neurais e não neurais circundantes. Passam por uma série de mudanças que podem alterar as atividades dos astrócitos através da perda ou aquisição de funções dedicadas à proteção e reparo neural, cicatrização glial e regulação da inflamação no SNC.
Proteção e reparação neural
Os astrócitos reativos de proliferação são cruciais para a formação de cicatrizes e atuam impedindo a propagação e a persistência das células inflamatórias, mantendo a reparação da barreira hematoencefálica, diminuindo o dano ao tecido e o tamanho da lesão e reduzindo a perda de neurônios e sua desmielinização.[5][6]
Os astrócitos reativos defendem ao SNC contra o stress oxidativo através da produção de glutationa e têm a responsabilidade de proteger as células da toxicidade do amônio.[3] Protegem as células e o tecido do SNC por meio de distintas maneiras,[3][7][8] tais como a absorção de glutamato potencialmente excitotóxico, liberação de adenosina e degradação de peptídeos beta-amiloides.[3] A reparação de uma perturbação na barreira hematoencefálica é também facilitada pelos astrócitos reativos por meio do contato direto de suas prolongações (uma estrutura característica dos astrócitos também conhecida como pés) com as paredes dos vasos sanguíneos.[7]
Também se demonstrou que reduz o edema vasogênico depois de um trauma, acidente vascular cerebral ou hidrocefalia obstrutiva.[3]
Formação de uma cicatriz
Os astrócitos reativos proliferantes formadores de cicatriz se encontram ao ao longo das bordas entre o tecido saudável e as regiões de tecido danificado e células inflamatórias. Isto ocorre normalmente depois de uma resposta inflamatória rápida e local a uma lesão traumática aguda na medula espinhal e o cérebro. Em sua forma mais extrema, a astrogliose reativa pode levar à aparição de astrócitos recém formados e à formação de uma cicatriz em resposta a um dano severo ao tecido ou inflamação.
Referências
- ↑ Gordon, Grant R. J.; Mulligan, Sean J.; MacVicar, Brian A. (2007). «Astrocyte control of the cerebrovasculature». Glia. 55 (12): 1214–21. PMID 17659528. doi:10.1002/glia.20543
- ↑ a b Fawcett, James W; Asher, Richard.A (1999). «The glial scar and central nervous system repair». Brain Research Bulletin. 49 (6): 377–91. PMID 10483914. doi:10.1016/S0361-9230(99)00072-6
- ↑ a b c d e f Sofroniew, Michael V. (2009). «Molecular dissection of reactive astrogliosis and glial scar formation». Trends in Neurosciences. 32 (12): 638–47. PMC 2787735
. PMID 19782411. doi:10.1016/j.tins.2009.08.002
- ↑ McGraw, J.; Hiebert, G.W.; Steeves, J.D. (2001). «Modulating astrogliosis after neurotrauma». Journal of Neuroscience Research. 63 (2): 109–15. PMID 11169620. doi:10.1002/1097-4547(20010115)63:2<109::AID-JNR1002>3.0.CO;2-J
- ↑ a b Barres, B (2008). «The Mystery and Magic of Glia: A Perspective on Their Roles in Health and Disease». Neuron. 60 (3): 430–40. PMID 18995817. doi:10.1016/j.neuron.2008.10.013
- ↑ Erro de citação: Etiqueta
<ref>
inválida; não foi fornecido texto para as refs de nomeSofroniew 2
- ↑ a b Bush, T; Puvanachandra, N; Horner, C; Polito, A; Ostenfeld, T; Svendsen, C; Mucke, L; Johnson, M; Sofroniew, M (1999). «Leukocyte Infiltration, Neuronal Degeneration, and Neurite Outgrowth after Ablation of Scar-Forming, Reactive Astrocytes in Adult Transgenic Mice». Neuron. 23 (2): 297–308. PMID 10399936. doi:10.1016/S0896-6273(00)80781-3
- ↑ Zador, Zsolt; Stiver, Shirley; Wang, Vincent; Manley, Geoffrey T. (2009). «Role of Aquaporin-4 in Cerebral Edema and Stroke». In: Beitz, Eric. Aquaporins. Col: Handbook of Experimental Pharmacology. 190. [S.l.: s.n.] pp. 159–70. ISBN 978-3-540-79884-2. doi:10.1007/978-3-540-79885-9_7