Albino Rubim

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Albino Rubim
Antônio Albino Canelas Rubim
Albino Rubim
Conhecido(a) por
  • um dos pioneiros dos estudos multidisciplinares em cultura no Brasil
Nascimento 1954
Bahia Bahia, Brasil
Residência Brasil
Nacionalidade brasileira
Alma mater Universidade Federal da Bahia (graduação e mestrado), Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (graduação), Universidade de São Paulo (doutorado)
Prêmios
  • Comenda 2 de Julho (2019)
  • Doutor Honoris Causa (UFPB)
Orientador(es)(as) Gabriel Cohn
Instituições Universidade Federal da Bahia
Campo(s) Comunicação, Sociologia da cultura
Tese Partido Comunista, Cultura e Política Cultural (doutorado em 1987)

Antônio Albino Canelas Rubim ou simplesmente Albino Rubim (1954 —) é um pesquisador, jornalista, professor universitário brasileiro. Considerado um dos principais pesquisadores na área dos estudos em cultura no Brasil, sendo reconhecido como pesquisador de produtividade do CNPq e vinculado ao Centro de Estudos Multidisciplinares em Cultura (Cult), Albino Rubim realizou investigações nos campos institucional e social, sobre políticas culturais, democracia, cidadania, além das relações entre mídia, comunicação e política[1]. Entre os anos de 2011 a 2014, ele foi secretário de Cultura do Estado da Bahia.[2][3][4]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Filho de Jacinto Magalhães Rubin e Maria de Lourdes Pompa Rubim, Albino era interessado por cinema e audiovisual ainda muito jovem, tendo preferência pela leitura e pela psicanálise. Assim, ele veio a ser aprovado em duas vestibulares que resultaram na sua graduação em Comunicação pela Universidade Federal da Bahia em 1975 e em Medicina pela Escola Bahiana de Medicina em 1977. Ainda na década de 1970, ela decidiu prosseguir os seus estudos de pós-graduação ao ingressar no mestrado em Ciências Sociais da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFBA, onde concluiu em 1979 o curso após defender dissertação de mestrado sobre a indústria cultural, tendo desenvolvido suas investigações de mestrado sob a orientação do professor Othon Jambeiro.[2][3][4]

Albino Rubim exerceu a medicina na década de 1970, quando atuou no então Centro de Saúde Mental Mário Leal (que veio a ser denominado posteriormente de "Hospital Especializado Mário Leal"), situado no bairro do IAPI.[2]

Em 1987, ele obteve o título de Doutor em Sociologia pela Universidade de São Paulo, após defender a tese de doutorado denominada "Partido Comunista, Cultura e Política Cultural" sob a orientação do professor Gabriel Cohn.[2][4]

Albino Rubim ingressou como professor na Faculdade de Comunicação da UFBA (FACOM-UFBA). Na condição de professor, ele exerceu por três vezes o mandato de diretor da FACOM-UFBA, além de ter se tornado o primeiro diretor do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências da UFBA, quando fora nomeado em caráter pro tempore pelo reitor da UFBA na época, Naomar Almeida Filho. Ele também foi presidente da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação (COMPÓS)[3][4]

Ao longo de sua carreira, orientou dezenas de novos estudiosos da área cultural, que se tornaram professores e pesquisadores de inúmeras universidades baianas e brasileiras.[2]

Obteve o título de doutor honoris causa pela Universidade Federal da Paraíba e, em 2019, ele foi condecorado pela Assembleia Legislativa da Bahia com a Comenda 2 de Julho.[3][4]

Carreira política[editar | editar código-fonte]

Albino Rubim
Secretário Estadual de Cultura pela Bahia
Período 2011
até 5 de janeiro de 2015[5]
Governador Jaques Wagner
Antecessor(a) Márcio Meirelles
Sucessor(a) Jorge Portugal

Entre 2011 a 2014, durante o governo de Jaques Wagner, ele exerceu o cargo de secretário estadual da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SECULT), vindo a ser sucedido por Jorge Portugal. Durante a sua gestão, ele foi responsável pela articulação política que levou à aprovação da Lei Orgânica da Cultura no Estado da Bahia, do Plano Estadual de Cultura da Bahia em 2014 e a criação do Centro de Culturas Populares e Identitárias no mesmo estado em 2011.[4]

Obra[editar | editar código-fonte]

Entre os seus principais trabalhos estão os seguintes:

  • Políticas culturais: diálogos possíveis. São Paulo: Edições SESC, 2022.
  • Cultura e políticas culturais. Rio de Janeiro: Editora Lumen Juris, 2019.
  • Gestão cultural. Salvador: Editora da UFBA, 2019.
  • Planos de cultura. Salvador: Editora da UFBA, 2019.
  • Política cultural e gestão democrática no Brasil. São Paulo: Editora da Fundação Perseu Abramo, 2017.
  • Políticas Culturais na Bahia Contemporânea. Salvador: EDUFBA, 2014.
  • Cultura e Políticas Culturais. Rio de Janeiro: Azougue Editorial, 2011.
  • Políticas Culturais no Governo Lula. Salvador: EDUFBA, 2010.
  • Cultura e Atualidade. Salvador: Edufba, 2005.
  • Comunicação e Política (2000)
  • Mídia e Política no Brasil. João Pessoa: Editora da UFPB, 1999.[6]
  • Marxismo, Cultura e Intelectuais no Brasil. Salvador: EDUFBA, 1995.

Notas e referências

Notas

Referências

  1. «Albino Rubim e a relevância dos estudos em cultura». Cultura e Mercado. 23 de novembro de 2005. Consultado em 17 de setembro de 2023 
  2. a b c d e «Albino Rubim: entre o Jornalismo e a Medicina, se tornou um especialista em políticas culturais». Correio da Bahia. Consultado em 17 de setembro de 2023 
  3. a b c d «COMENDA DOIS DE JULHO: ANTÔNIO ALBINO CANELAS RUBIM». Assembleia Legislativa da Bahia. Consultado em 17 de setembro de 2023 
  4. a b c d e f «Dentro e fora da universidade: Quem é Albino Rubim?». 2 de maio de 2018. Consultado em 17 de setembro de 2023 
  5. «Jorge Portugal toma posse na Secretaria Estadual de Cultura». G1. 6 de janeiro de 2015. Consultado em 17 de setembro de 2023 
  6. Rüdiger, Francisco (1999). «Resenha:Mídia e política no Brasil». Revista FAMECOS. Consultado em 17 de setembro de 2023 
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