Aluguel de ações

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O aluguel de ações, também conhecido como empréstimo de ações,[1] consiste em operação do mercado financeiro que é usada por quem deseja operar vendido (short) e lucrar com a queda[2][3] de determinada ação.[4] A operação envolve duas partes, o tomador, que usará o ativo alugado e irá vendê-lo por determinado tempo, e o doador, que disponibiliza o ativo para o tomador alugar e recebe uma taxa com base anual.[2][3]

História[editar | editar código-fonte]

Essa estratégia começou a se popularizar nos EUA em 1997,[5] mesma época em que começou a ser utilizada no Brasil com o nome BTC - Banco de Títulos CBLC - e era de responsabilidade da CBLC.[6]

Usos[editar | editar código-fonte]

Lucrar com a queda de uma ação[editar | editar código-fonte]

O tomador do aluguel aluga as ações e realiza a venda das mesmas, devendo recomprá-las dias antes do encerramento do contrato de aluguel.[4] A operação é utilizada para momentos de tendência de queda do mercado ou na ação[7] e o tomador lucra ao conseguir recomprar as ações por um valor mais baixo do que as vendeu inicialmente.[1][3]

O aluguel de ações é uma operação de risco[2] intermediado por meio de uma corretora de valores[3] em que o tomador é obrigado a deixar um ou mais ativos em garantia. O tomador paga a taxa de aluguel pedida pelo doador no fim do contrato ou, se encerrá-lo antes do fim acordado, o doador recebe a taxa pro rata com base na taxa pedida e nos dias úteis em que o ativo ficou alugado. Mesmo com as ações alugadas, o doador receberá os dividendos que a empresa distribuir.[4]

Remunerar uma carteira de ações[editar | editar código-fonte]

A vantagem para o tomador é poder ganhar com a queda da ação, já o doador consegue rentabilizar sua carteira de ações e usar o dinheiro recebido para aumentar o número de ações em carteira.[8]

Long & Short[editar | editar código-fonte]

O aluguel de ações é utilizado também em operações de long & short, também conhecida como pairs trading, estratégia complexa que visa obter ganhos quando dois ativos altamente correlacionados estão em desequilíbrio e surge uma oportunidade para se beneficiar da distorção da precificação dos ativos.[3][5]

Arbitragem[editar | editar código-fonte]

Operações de aluguel também são usadas por quem deseja realizar a estratégia de arbitragem de ativos.[9]

Vantagens para o mercado de capitais[editar | editar código-fonte]

Operações de aluguel aumentam a liquidez do mercado pois os ativos que ficariam em custódia sem movimentação são utilizados nas operações, como resultado disso a eficiência do mercado aumenta.[9]

Referências

  1. a b Branco, Rodrigo (28 de agosto de 2010). Negociação De Títulos Mobiliários Das Sociedades Anônimas Em Bolsa De Valores. [S.l.]: Clube de Autores 
  2. a b c Blanco, Sandra. Bolsa Para Mulheres, a. [S.l.]: Elsevier Editora. ISBN 9788535227802 
  3. a b c d e Salvadeo, Minozzo, Cezar Augusto (10 de fevereiro de 2011). «Determinantes da taxa de aluguel de ações no Brasil» 
  4. a b c Malheiros,Rivadavila, S. (27 de janeiro de 2017). Operando com trading systems na bolsa de valores: Como criar e aplicar estratégias para o curto, médio e longo prazo. [S.l.: s.n.] ISBN 9788584611102 
  5. a b «Estratégia de pairs trading» (PDF). 2011 
  6. «Uma análise dos volumes e taxas observadas no mercado de aluguel de ações na bolsa brasileira» 
  7. Educação, Rassier,leandro/xp. Entenda o Mercado de Ações. [S.l.]: Elsevier Brasil. ISBN 9788535243185 
  8. Hissa, Maurício Bastter (2007). Investindo Em Opções. [S.l.]: Elsevier. ISBN 9788535226539 
  9. a b «Caderno de Pesquisas do Mestrado Profissionalizante em Economia» (PDF) 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]