Anita Dolly Panek

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Anita Dolly Panek
Conhecido(a) por metabolismo da trealose como protetor da membrana celular
Nascimento 1 de setembro de 1930 (93 anos)
Cracóvia, Polônia
Alma mater Universidade Federal do Rio de Janeiro
Prémios
Instituições Universidade Federal do Rio de Janeiro
Campo(s) Bioquímica

Anita Dolly Panek (Cracóvia, 1 de setembro de 1930) é uma bioquímica polonesa, naturalizada brasileira e pesquisadora da área do metabolismo energético. Sua principal contribuição foi sobre o metabolismo da trealose como protetor da membrana celular. Em 1996, recebeu a Ordem Nacional do Mérito Científico.[1] Membro da Academia Brasileira de Ciências desde 1971.[2]

Vida pessoal[editar | editar código-fonte]

Nascida em Cracóvia, na Polônia, filha de asquenazitas,[3] em 1º de setembro de 1930, mudou-se com a família para o Brasil, em 1940, depois da invasão nazista na Polônia.[1][2]

No final dos anos 1940, ingressou no curso de Química, pela Escola de Química da então Universidade do Brasil, hoje a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Diplomou-se em 1954 em Química Industrial e em 1955 tornou-se Instrutora de Ensino na Cadeira de Microbiologia Industrial e Tecnologia das Fermentações da mesma instituição[1]. Esta disciplina foi a precursora do Instituto de Química da UFRJ[1].

Em 1962 obteve seu doutorado em ciências pela Universidade do Brasil, seguindo da livre-docência em Microbiologia Industrial. Em 1976 ingressou como professora titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro e em 1995 foi proclamada Professora Emérita da mesma universidade.[1][2]

Dedicou a vida ao ensino e pesquisa, orientando 49 alunos de pós-graduação. Sua pesquisa é direcionada ao metabolismo energético, utilizando a célula de levedura. Seus estudos sobre o metabolismo de trealose ampliaram as especificações deste composto, antes considerado apenas uma fonte energética e agora também uma substância protetora de membranas e de proteínas, quando a célula é submetida a estresses ambientais.[1][2]

Foi autora de mais de 170 artigos publicados em periódicos nacionais e internacionais, com três registros de patentes. A trealose tem amplas e variadas utilizações como a preservação de materiais biológicos desidratados ou liofilizados.[1][2]

Membro da Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular e da Academia Brasileira de Ciências, membro também da American Society for Biochemistry and Molecular Biology. Recebeu, em 1996, a medalha da Ordem Nacional do Mérito Científico da Presidência da República.[1][2]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d e f g h «Anita Dolly Panek». Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Consultado em 29 de fevereiro de 2016 
  2. a b c d e f «Anita Dolly Panek». Academia Brasileira de Ciências. Consultado em 29 de agosto de 2019 
  3. Vicente, Isabel (23 de abril de 2018). «"Comboio da Memória" viaja até Auschwitz». Agrupamento de Escolas de Pombal. Consultado em 18 de abril de 2022 
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