António Florêncio de Sousa Pinto

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
António Florêncio de Sousa Pinto
Nascimento 27 de fevereiro de 1818
Abrantes
Morte 18 de fevereiro de 1890
Cidadania Reino de Portugal
Ocupação chefe militar
António Florêncio de Sousa Pinto.

António Florêncio de Sousa Pinto (Abrantes, 27 de Fevereiro de 1818 - Lisboa, 18 de Fevereiro de 1890)[1][2] foi um político, militar e escritor de assuntos militares português. Desempenhou o cargo de ministro da Guerra de Portugal no 1.º governo do Rotativismo.

Biografia[editar | editar código-fonte]

António Florêncio de Sousa Pinto nasceu na cidade de Abrantes em 22 de Janeiro de 1877, filho do major de Artilharia com o mesmo nome e de D. Maria Manuel Benedita da Silva Pereira Pinto. Os primeiros da sua vida são difíceis dada a morte de sua mãe, quando tinha apenas seis anos; e por questões políticas, pois o seu pai tinha ideias liberais, e teve de se refugiar no estrangeiro.

Carreira militar[editar | editar código-fonte]

A sua carreira militar inicia-se cedo quando ingressa na Academia Real de Marinha. Após ter participou na campanha que teve o seu terminus na Convenção de Évora-Monte, Sousa Pinto conclui o curso de Artilharia, com 19 anos, terminando, seguidamente, o de Engenharia. Em 1858, foi nomeado ajudante de campo do inspector do Arsenal do Exército, o general Joaquim Guilherme da Costa, passando a chefe de secretaria da inspecção do mesmo arsenal. Em 1863, é foi promovido a chefe do estado maior de Artilharia.

Em 1876, é nomeado para General de brigada e Director Geral de Artilharia, e o rei D. Fernando nomeia-o seu ajudante de campo. Após a morte de D. Fernando, D. Luís nomeia-o para seu Ajudante de campo. É promovido a General de divisão em 10 de Setembro de 1885.

Carreira política[editar | editar código-fonte]

Em 1869, no posto de Tenente-coronel, é nomeado chefe do gabinete do ministro da Guerra. A 6 de Março de 1877 foi nomeado ministro da Guerra de Portugal no 1.º governo do Rotativismo, presidido pelo Duque de Ávila. No final do mesmo ano, em 27 de Dezembro, Sousa Pinto é feito Par do reino. Após ter exercido funções na pasta da Guerra, é nomeado ministro e secretário de estado honorário.

Escritor[editar | editar código-fonte]

Sousa Pinto escreveu várias obras de temas militares e foi sócio-fundador e redactor da Revista Militar durante 37 anos.

Foi o 8.º presidente da Sociedade Histórica da Independência de Portugal entre 22 de Janeiro de 1877 a 18 de Fevereiro de 1890. Foi um dos fundadores do Grémio Literário em 18 de Abril de 1846.[3]

Foi um dos principais dinamizadores da reorganização da Sociedade Portuguesa da Cruz Vermelha, da qual foi presidente entre (8 de Junho de 1887 a 18 de Fevereiro de 1890)[4]

Condecorações[editar | editar código-fonte]

Obras[editar | editar código-fonte]

  • Memória sobre artilharia de montanha (1849)
  • Memória sobre instrumentos de percussão usados na artilharia (1852)
  • Memória sobre a organização da artilharia (1852)
  • Memória sobre a praça de Peniche (1858)
  • Relatório referido a marcha da artilharia de montanha (1849)
  • História da guerra ocorrida em Portugal de 1801 a 1810 (1856)
  • A Austeridade; restauração de Leiria (1859)
  • O soldado da Santa Cruzada (1860)

Referências[editar | editar código-fonte]