Antônio José Guimarães

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Antônio José Guimarães
Ocupação político

Antônio José Guimarães (? - Província de Goiás, 1854) foi um juiz de paz, político e cangaceiro brasileiro, conhecido por atos de banditismo feitos em vilas e cidades das províncias da Bahia, Minas Gerais e Goiás.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Antônio José Guimarães era um juiz de paz conhecido na região do oeste baiano[2] e no norte de Minas. Seu irmão, José Antonio d`Araújo Guimarães, era um oficial da Guarda Nacional. Os dois irmãos, em meados de 1843, já haviam rompido relações, principalmente porque tinham posições e partidos políticos distintos. Em 1847, ocorreu o roubo de uma urna durante as eleições, o que fez acirrar as más relações entre os dois. Antônio era candidato à um cargo provincial e estava em quarto mais votado. Em 1848, Antônio assassinou seu irmão.[3]

Antônio formou um grupo armado em busca de poder da região. Além de Urubu, atual município de Paratinga, queria deter o controle de Bom Jesus da Lapa e e, para isso, se organizou com outras pessoas. Seu bando incluía o padre Francisco Alves Pacheco e o coletor geral Nicandro Albino Lopes, primo de Antônio. Em suas ações, saqueou Carinhanha por diversas vezes, além de outras vilas provincianas, como Januária, em Minas Gerais.[3]

O auge de suas ações ocorreu em 24 de janeiro de 1849. Neste dia, Antônio e seu grupo invadiram Paratinga e colocaram a vila em estado de alerta total. Em uma ação de três meses ininterruptos, rendeu a população, saqueou e destruiu a região, matou pessoas públicas, tais como o juiz da Comarca do Urubu.[3]

Como a maior parte dos cangaceiros, Antônio era difícil de ser alcançado por seu conhecimento aguçado acerca do sertão e suas rotas de fuga. Com o maior conhecimento dos seus feitos, fazendo com que até mesmo a Província de Minas Gerais determinasse identificação de todos que passavam por sua fronteira, as possibilidades de Antônio ficaram cada vez menores.

Vida pessoal[editar | editar código-fonte]

Antônio foi casado por duas vezes, sendo viúvo de ambas suas esposas. Era relativamente rico e possuía posses em Jacobina, Paratinga e Carinhanha, como fazendas, animais e escravos.[3]

Morte[editar | editar código-fonte]

Para matar seu cunhado, Theodózio Antunes, foi para a Província de Goiás em 1854, onde foi morto.[3]

Referências

  1. Santos, Honorato Ribeiro dos (2015). Coronéis, Contos, Folclore e Lendas. São Paulo: Baraúna. p. 46-47. ISBN 9788579235351 
  2. Diário do Rio de Janeiro, Ed. 8.472, Sexta-feira, 16 de agosto de 1950
  3. a b c d e Silva, Rafael Rancho Carvalho da (2011). "E de mato faria fogo": O banditismo no sertão do São Francisco (1848 - 1884) (PDF) (Dissertação). Salvador: Universidade Federal da Bahia. p. 14-100. Consultado em 2 de agosto de 2016. Cópia arquivada (PDF) em 2 de agosto de 2016