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Analista clínico

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Um analista clínico em um laboratório informatizado

O analista clínico é o profissional que atua em laboratórios de análises clínicas realizando exames de análises clínico-laboratoriais humanas e/ou animais. No Brasil este profissional pode ser um biólogo, bioquímico, biomédico, médico patologista clínico,farmacêutico ou veterinário, guardadas as devidas atribuições profissionais.[1] Em Portugal, além desses profissionais citados, existe o técnico de análises clínicas e de saúde pública.[2] Pode realizar, interpretar e emitir laudos e pareceres, responsabilizando-se tecnicamente por um exame laboratorial ou exame reclamado pela clínica médica.

Profissionais das análises clínicas

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Ver artigo principal: Biólogo
Bióloga realizando análises biólogicas.

Os Biólogos, segundo a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO[3]) do Ministério do Trabalho e Emprego, (código 221105) e diversas resoluções e pareceres jurídicos compilados pelo Conselho Federal de Biologia[4], podem atuar na realização de análises clínicas diversas (diagnósticos biológicos, moleculares e genéticos). Podem prestar consultorias e assessorias, coletar e analisar amostras, realizar ensaios, identificar e classificar espécies, emitir laudos de diagnósticos, preparar amostras para análise, operar instrumentos e equipamentos de análise, realizar exames, controlar qualidade do processo de análise, interpretar resultados de análises, emitir laudos de análises e realizar aconselhamento genético.Segundo o Ministério da Saúde,[5] o biólogo está habilitado a 548 procedimentos com Finalidade Diagnóstica

Ver artigo principal: Biomédico

Desde o início da graduação, este profissional da saúde, aprofunda-se nas ciências que tem como campo de estudo os serviços complementares de diagnóstico laboratorial e as pesquisas das doenças humanas e seus fatores eco-epidemiológicos. Sendo assim, o profissional do laboratório humano por excelência. Cerca de 80%[6] dos biomédicos, trabalham em Análises Clínicas, assumindo a responsabilidade técnica e firmando os respectivos laudos e pareceres[7] .

Um bioquímico nigeriano
Ver artigo principal: Bioquímico

No Brasil, o Bacharel em Bioquímica, chancelados pelo Conselho Federal de Química, permite a atuação em análise química e físico-química, químico-biológica, bromatológica, toxicológica e legal, padronização e controle de qualidade em "órgãos ou laboratórios de análises clínicas ou de saúde pública ou a seus departamentos especializados, no âmbito de suas atribuições, através do decreto-lei 85.877/81, RN36 do CFQ, e da RN224. O decreto 85877 define os profissionais da química (bioquímicos e químicos) nas análises químicas, toxicológicas e químico-biológicas reclamadas pela clínica médica e estabelece a possibilidade de atuação em órgãos ou laboratórios de análises clínicas ou de saúde pública ou de seus departamentos especializados[8]. Em Portugal, A licenciatura em bioquímica em Portugal permite como uma das possibilidades de atuação a execução de atividades em laboratórios de análises clínicas e toxicológicas e a produção de insumos químicos e biotecnológicos para o setor de análises clínicas. [9] [10] [11]Em ambos os países, os bioquímicos podem assinar laudos técnicos, realizar exames envolvendo DNA, processamento de sangue e sorologia, além de outros exames laboratoriais.[8][10]

Farmacêutico

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Ver artigo principal: Farmacêutico
Farmacêuticas trabalhando num laboratório

O farmacêutico,[12] nas análises clínicas, realiza exames hematológicos, citológicos, imunológicos, microbiológicos e bioquímicos, solicitados geralmente por um médico. Além disso, pode realizar, interpretar e emitir laudos e pareceres, responsabilizando-se tecnicamente por análises clínico-laboratoriais.[13]

Dentro do seu contexto de aprendizagem, o farmacêutico que atua nas análises clínicas ainda pode prestar a orientação ao paciente sobre o resultado e realização do exame e possíveis interações com medicamentos, realizando assim a chamada assistência farmacêutica, tanto em laboratórios na orientação para coleta do material como nas farmácias e drogarias ou outros lugares de dispensação.

O farmacêutico português relaciona-se com às análises clínicas, desde os séculos XVIII e XIX. Em 1959, foi criado o Curso de Aperfeiçoamento em Análises Químico-Biológicas, na Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto e outros nos anos de 1970 e 1974 em Lisboa e Coimbra.[14]

Em Portugal, o Decreto-Lei.29/81 de 24 de junho de 1981, possibilitou a carreira de técnico superior de saúde, que criou diversas licenciaturas, assim diversos ramos surgiram, incluindo o farmacêutico e laboratorial. Depois, a partir de 1988, foi reformulado a carreira de técnico superior de saúde, aumentando o número de disciplinas para atuar em laboratório.

Ver artigo principal: Veterinário

Na veterinária, os exames são voltados para as doenças e desordens em animais de grande e pequeno porte. Podem ser realizados diversos exames, como por exemplo, exame de ácido úrico, hipersensível hormônio adrenocorticotrófico, anemia infecciosa eqüina, albumina, ALT / TGP, amilase, antiestreptolisina O, AST / TGO, brucelose bovina e canina, creatinofosfoquinase, colesterol, cortisol, diversas culturas, etc.

Técnico de Análises Clínicas e de Saúde Pública

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O Técnico de Análises Clínicas e de Saúde Pública (TACSP), desenvolve a sua actividade ao nível da Patologia clínica e da Saúde Pública, através do estudo, aplicação e avaliação das técnicas e métodos analíticos próprios, com fins de diagnóstico e rastreio.[onde?] -- D.L. 261/93, de 24 de Julho e D.L. 564/99 de 21 de Dezembro, ver DL mais recente 320/99 para mais informações.

Desenvolve a sua actividade em contexto laboratorial, no âmbito do diagnóstico, terapêutica e prevenção da doença, nomeadamente em áreas como a microbiologia, hematologia, química clínica, imunologia, endocrinologia, genética, imunohemoterapia, histocompatibilidade, bromatologia.[onde?]

Efectua colheitas de produtos biológicos, selecciona as técnicas, os equipamentos e os reagentes mais adequados ao trabalho a realizar; planeia, programa e efectua determinações analíticas, procedendo ao controlo e garantia da qualidade; regista e avalia os resultados em função do diagnóstico, tratamento ou rasteio a que se destinam. -- Classificação Nacional das Profissões/2006

Em Portugal, designa-se Técnico de Análises Clínicas e de Saúde pública, é o profissional que está abrangido pelo DL 261/93 (pré-ensino superior) ou aquele que detenha no mínimo um bacharel e a respectiva cédula profissional tal como o DL 320/99 assim o define. Desde a implementação do tratado de Bolonha que só se formam licenciados de 4 anos na área.

Actualmente através do ensino pós-graduado, muitos deste profissionais encontram-se a desenvolver projectos de investigação nas áreas Biomédicas, com a obtenção dos graus de mestre e doutor. Contudo devido à falta de fiscalização do sector privado e às leis pouco claras nos limites de actuação de outros profissionais, várias irregularidades se mantêm, desde pessoas sem formação ou pessoas com formação diferente a exercerem sem qualquer controlo, arriscando a saúde do paciente.[onde?]

A designação internacional da profissão é Biomedical Scientist ou Biomedical Laboratory Scientist. Nos EUA a designação é Clinical Laboratory Scientist ou Medial Laboratory Technologist (denominação mais antiga).

A partir de 2016 o curso sofreu uma fusão com o curso de Anatomia Patológica Citológica e Tanatológica, passando a designar-se Ciências Biomédicas Laboratoriais[15].

Referências

  1. SBAC. «Campanha Labs are Vital é lançada no Brasil durante o 20º IFCC». Consultado em 30 de março de 2009. Arquivado do original em 7 de maio de 2009 
  2. Associação Portuguesa dos técnicos de análises clínicas e saúde pública. «Título profissional». Consultado em 30 de março de 2009 
  3. http://www.mtecbo.gov.br/cbosite/pages/home.jsf  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  4. «Áreas de Atuação – CFBio» 
  5. http://sigtap.datasus.gov.br/tabela-unificada/app/sec/inicio.jsp  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  6. CFBM e CRBM´s. «Biomedicina – um painel sobre o profissional e a profissão (2009)» (PDF). Consultado em 12 de janeiro de 2010 
  7. Conselho Regional de Biomedicina - 1ª Região. «Atuação do Biomédico». Consultado em 11 de janeiro de 2010. Arquivado do original em 27 de dezembro de 2009 
  8. a b «DECRETO Nº 85.877 - DE 07 DE ABRIL DE 1981 - Conselho Regional de Química - IV Região». www.crq4.org.br. Consultado em 8 de julho de 2018 
  9. «Bioquimico em Portugal, Universidade de Coimbra». Consultado em 31 de março de 2009 
  10. a b «Bioquímicos em Portugal, Universidade de Beira Interior» 
  11. «Bioquimicos em Portugal, Universidade Nova de Lisboa» 
  12. CRF Mato Grosso. DISPÕE SOBRE O EXERCÍCIO PROFISSIONAL DE FARMACÊUTICOS-BIOQUÍMICOS EM LABORATÓRIOS DE ANÁLISES CLÍNICAS Arquivado em 20 de janeiro de 2009, no Wayback Machine.. Acesso em 24 de maio de 2008.
  13. G1. «Farmacêutico pode trabalhar da drogaria à indústria». Consultado em 31 de março de 2009 
  14. Ordem dos farmacêuticos. «Análises Clínicas». Consultado em 1 de abril de 2008 
  15. Ministérios da Saúde, da Educação e Ciência e da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, República Portuguesa (21 de julho de 2014). «Despacho n.º 9409/2014». Diário da República Eletrônico, 2.ª série — N.º 138. Consultado em 20 de abril de 2020 

Ligações externas

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