Pula-pula-ribeirinho

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Espécime avistado no vale do Ribeira, Registro, São Paulo, Brasil
Espécime avistado no vale do Ribeira, Registro, São Paulo, Brasil
Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante (IUCN 3.1) [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Parulidae
Género: Myiothlypis
Espécie: M. rivularis
Nome binomial
Myiothlypis rivularis
(Wied, 1821)
Distribuição geográfica
Distribuição do pula-pula-ribeirinho
Distribuição do pula-pula-ribeirinho
Sinónimos[2]
  • Basileuterus rivularis
  • Phaeothlypis rivularis

O pula-pula-ribeirinho (nome científico: Myiothlypis rivularis)[3] é uma espécie de ave passeriforme da família dos parulídeos (Parulidae).[1]

Descrição[editar | editar código-fonte]

O pula-pula-ribeirinho mede cerca de 13,5 centímetros de comprimento e pesa entre 11,5 e 16,5 gramas. A envergadura atinge de 6,1 a 6,9 centímetros nos machos e 5,9 a 6,5 ​​centímetros nas fêmeas. Sua testa é preta; a coroa é enegrecida nas laterais e cinza-ardósia acima. Possui uma estreita faixa superciliar branco-acinzentada que desbota para marrom-amarelado. Acima do olho há uma faixa enegrecida. Ao redor das orelhas tem uma cor marrom azeitona e nas bochechas há tons de cinza, bege claro e preto. O pescoço é cinza-ardósia. As costas e a parte superior em geral são de cor verde-oliva escuro, a garupa e as partes superiores são verde-oliva brilhante. A garganta é bege a branca, o peito é marrom-claro amarelado com os lados verde-oliva escuros no peito borrados. O centro do ventre é esbranquiçado e os flancos são castanho-amarelados claros a verde-oliva. As asas são marrom-escuras com bordas de penas marrom-oliva; a cauda é verde-oliva escura com bordas de penas mais claras. O bico é enegrecido e as pernas são da cor da carne.[4]

Distribuição e habitat[editar | editar código-fonte]

O pula-pula-ribeirinho se espalha de forma descontínua por toda a América do Sul. Encontra-se no norte da Argentina, Bolívia, Brasil, Guiana Francesa, Guiana, sudeste do Paraguai, Suriname e leste da Venezuela.[1] Vive em florestas úmidas, bordas de florestas e áreas úmidas, ao longo de rios e córregos nas planícies, até 1 400 metros de altitude. Prefere águas de fluxo lento e pântanos.[4]

Dieta[editar | editar código-fonte]

O pula-pula-ribeirinho alimenta-se de insetos e outros invertebrados, que geralmente procura aos pares, no chão e entre madeiras secas, principalmente nas margens da água. Às vezes pega sua presa no chão durante o voo.[4]

Conservação[editar | editar código-fonte]

Não há estudos sobre a quantidade de indivíduos de sua população, mas se assume que esteja decrescendo devido à perda de habitat. Apesar disso, por ocorrer numa ampla área, é classificado como pouco preocupante na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN / IUCN).[1] No Brasil, em 2005, foi classificado como criticamente em perigo na Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo;[5] em 2014, como pouco preocupante no Livro Vermelho da Fauna Ameaçada de Extinção no Estado de São Paulo;[6] em 2017, como vulnerável na Lista Oficial das Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção do Estado da Bahia;[7] e em 2018, como pouco preocupante na Lista Vermelha do Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).[8][9]

Referências

  1. a b c d BirdLife International (2017). Myiothlypis rivularis (em inglês). IUCN 2017. Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN. 2017​: e.T103799599A119469933. doi:10.2305/IUCN.UK.2017-3.RLTS.T103799599A119469933.en Página visitada em 28 de outubro de 2021.
  2. «Myiothlypis rivularis». Sistema de Informação da Biodiversidade (SIB). Consultado em 28 de abril de 2022. Cópia arquivada em 28 de abril de 2022 
  3. Paixão, Paulo (Verão de 2021). «Os Nomes Portugueses das Aves de Todo o Mundo» (PDF) 2.ª ed. A Folha — Boletim da língua portuguesa nas instituições europeias. p. 312. ISSN 1830-7809. Consultado em 13 de janeiro de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 23 de abril de 2022 
  4. a b c Curson, Jon; Quinn, David; Beadle, David (1994). New World Warblers. Londres: Helm Identification Guides. p. 90, 229. ISBN 0-7136-3932-6 
  5. «Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo». Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA), Governo do Estado do Espírito Santo. Consultado em 7 de julho de 2022. Cópia arquivada em 24 de junho de 2022 
  6. Bressan, Paulo Magalhães; Kierulff, Maria Cecília Martins; Sugleda, Angélica Midori (2009). Fauna Ameaçada de Extinção no Estado de São Paulo - Vertebrados (PDF). São Paulo: Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (SIMA - SP), Fundação Parque Zoológico de São Paulo. Consultado em 2 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 25 de janeiro de 2022 
  7. «Lista Oficial das Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção do Estado da Bahia.» (PDF). Secretaria do Meio Ambiente. Agosto de 2017. Consultado em 1 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 2 de abril de 2022 
  8. «Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção» (PDF). Brasília: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ministério do Meio Ambiente. 2018. Consultado em 3 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 3 de maio de 2018 
  9. «Myiothlypis rivularis». Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr). Consultado em 26 de abril de 2022. Cópia arquivada em 9 de julho de 2022