Caetê-Açu

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Vila de Caetê-Açu

Caetê-Açu[nota 1], conhecido ainda como Capão, nome que também batiza o Vale do Capão vizinho, é um distrito do município brasileiro de Palmeiras, no estado da Bahia. Localiza-se a sul da sede do município.

Topônimo[editar | editar código-fonte]

"Caetê-açu" é um termo de origem tupi que significa "mata verdadeira grande", pela junção dos termos ka'a ("mata"), eté ("verdadeiro") e gûasu ("grande").[2]

História[editar | editar código-fonte]

As pequenas casas, no povoado

Antes do início da colonização portuguesa da região, no século XVI, esta era habitada por povos indígenas do tronco linguístico macro-jê, como camacãs e cariris.

Em 1818, passou a pertencer a Francisco José da Rocha Medrado, residente de Mucugê. Nesse período, a construção da Estrada Real na região marcou a primeira intervenção brasileira. Por volta de 1860, lá se instalou a família Cathalat, de origem francesa, que iniciou a produção de café. Capão Grande também prosperou durante a época da exploração de diamantes, tendo seu auge econômico nesse ciclo econômico, continuado pela produção de café de boa qualidade.[1]

Foi a residência do coronel Lydio Francisco Bello que, dali, exercia grande poder no povoado, até 1941 quando se mudou para a sede com a família. De 1910 até 1970, com o fim das principais atividades econômicas e afastamento das lideranças que ali residiam, o povoado entrou em franca decadência, chegando a perder sua subdelegacia.[1]

Em 1960, houve o redescobrimento do vale por parte da juventude influenciada pelo movimento hippie, pelo existencialismo sartriano e pela rejeição ao Regime militar no Brasil (1964–1985). Diante disso, criou-se um misticismo em volta da figura do vale e de suas belezas naturais, sobretudo nas linhas da Nova Era. Ainda hoje, o distrito tem verificado um grande influxo de imigrantes de diversas regiões do país, denominados "alternativos" ou "naturebas". Trata-se de ambientalistas ou de pessoas filiadas a uma variada gama de estilos de vida fundados em crenças ecológicas, dando ao local uma haura de "terra mística" que levaram, por exemplo, à construção do "Poço do Druida" no sopé do Morro Branco.[1]

Notas e referências

Notas

  1. A grafia deveria ser "Caeté" (não "ê"), como se acha na obra da historiadora loca, Zenilda Pina.[1]

Referências

  1. a b c d Zenilda Pina (2005). «20: a história do vale de Caeté-Açu». Encontro com a Villa Bella das Palmeiras. Salvador: Secretaria da Cultura e Turismo. p. 256-289. 370 páginas. CDD 981.42 
  2. http://www.fflch.usp.br/dlcv/tupi/vocabulario.htm
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