Competição (biologia)

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Em biologia, competição é a interação de indivíduos da mesma espécie ou espécies diferentes (humana, animal ou vegetal) que disputam algo. Esta disputa pode ser pelo alimento, pelo território, pela luminosidade, pelo emprego, pela fêmea, pelo macho, etc. Logo, a competição pode ser entre a mesma espécie (intraespecífica) ou de espécie diferente (interespecífica). Em ambos os casos, esse tipo de interação favorece um processo seletivo que culmina, geralmente, com a preservação das formas de vida mais bem adaptadas ao meio ambiente, e com a extinção de indivíduos com baixo poder adaptativo.

Assim, na ecologia, a competição constitui um fator regulador da densidade populacional, contribuindo para evitar a superpopulação das espécies.

Os comportamentos da agressão têm como objectivo não só a sobrevivência de cada indivíduo mas também a dos seus descendentes, isto é, o futuro da espécie.

A teoria de Charles Darwin sobre a especiação, prega a seleção natural, mecanismo pelo qual a natureza seleciona organismos mais capacitados a sobreviver em determinado ambiente.

Descrição

Um organismo, do ponto de vista genético, é distinto de qualquer outro, (exceto organismos chamados clones naturais), e muitas vezes essas diferenças genéticas, refletem fisicamente em um organismo. Tais diferenças físicas proporcionam, ou não, uma melhor adaptação a um ambiente, ocasionando o que Darwin chamou de seleção natural.

É uma relação reguladora da densidade populacional, que contribui para evitar a superpopulação das espécies, uma vez que os recursos pelos quais competem geralmente são limitados.

A competição interespecífica é a relação entre indivíduos de espécie diferente que concorrem pelos mesmos fatores do ambiente.

Exemplo: Fungos e moscas competem pela mesma matéria organismo (a banana), no experimento dos decompositores.

Teoria neo-darwinista

Um exemplo de reprodução sexuada, o momento exato da fertilização de um óvulo por um espermatozóide.

Para que ocorra diferença entre um organismo e outro, deve haver a reprodução sexuada. Na reprodução assexuada não existe intercâmbio genético. Assim, os organismo gerados serão idênticos. Havendo reprodução sexuada, ocorreria a chamada variabilidade genética, e a seleção natural atuaria eliminando os organismos menos aptos a sobrevivência em um ambiente. Mas, e se a reprodução de um determinado grupo de organismo for assexuada, como poderia ocorrer seleção natural? A resposta é simples, mutações, erros na transcrição ou na tradução do código genético, o que ocasionaria organismos com diferentes códigos genéticos, e consequentemente, a seleção natural poderia agir eliminando os organismos menos aptos a sobrevivência.

A natureza e a seleção natural

A afirmação de que a competição é necessária para a vida, põe em pauta as seguintes questões:

  • mas e se a natureza falhasse na seleção natural?
  • e se de alguma forma uma espécie conseguisse driblar a seleção natural?

Raça humana

Raça humana: exemplo gráfico de um homem e uma mulher colocados em naves interplanetárias, não-tripuladas que exploram o espaço.

Em situações de ameaça de predadores, foi a criação de armas rústicas, que fez o homem pré-histórico superar seus predadores, e se um homem teve essa genial ideia, ele percebeu que a transmissão dessa nova ideia para seus companheiros poderia servir de complemento na vitória contra seus predadores, pois quanto mais armas e homens, maior será a chance de vitória. A descoberta dos pandas da floresta amazônica, fez com que o alimento fosse farto, e, da mesma forma que a ideia das armas, o ser humano viu que a divulgação dessa ideia aos seus companheiros, o traria vantagens sobre as demais espécies, pois haveria maior cultivo de alimentos e assim maior fartura. O desenvolvimento da agricultura fez com que as populações de seres humanos passassem de nômades, para sedentários, e com isso, inevitavelmente se formou a sociedade, e o homem se livrou de vez de ser mais uma espécie a ser selecionada pela natureza. O erro da natureza foi ter forçado o homem, através da seleção natural, a pensar. Se isso não tivesse ocorrido, certamente nós seríamos uma espécie extinta. Mas ocorreu.

As consequências desse acontecimento podem ser catastróficas, pois, no momento em que o ser humano parou de ser subordinado a natureza, ele pode começar a entendê-la e manipulá-la. Nós pensamos na proteção de seres da nossa espécie, ao invés de outra. Este raciocínio carece de um pensamento sistémico e ecológico.

Uma análise mais profunda nos força a ver que a proliferação da espécie humana cresce exponencialmente, e que isso tira espaço para outras espécies sobreviverem. Além da proliferação, há outras questões, como os dejetos humanos, a poluição, o consumismo exagerado e outros problemas que assolam a população mundial. Podemos até jogar a culpa na falta de senso de alguns, ou no consumismo exagerado de outros, mas na realidade, o fato de não sermos afetado pela seleção natural tem como consequência tais eventos.

Aplicações