Conselho Mundial de Igrejas

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O Conselho Mundial de Igrejas (CMI; em inglês, World Council of Churches, WCC) é a principal organização ecumênica em nível internacional, fundada em 1948, em Amsterdam, Holanda. Com sede em Genebra, Suíça, o CMI congrega mais de 340 igrejas e denominações em sua membresia. Estas igrejas e denominações representam mais de 500 milhões de fiéis presentes em mais de 120 países. O atual secretário geral do CMI é Olav Fykse Tveit, luterano da Noruega, e o Moderador do Comitê Central é Walter Altmann, luterano do Brasil, eleito após a IX Assembléia Geral, realizada em Porto Alegre, Brasil, em fevereiro de 2006.

Entre seus membros estão igrejas protestantes e ortodoxas, além de algumas denominações pentecostais e independentes. A Igreja Católica não tem nenhum vínculo e não faz parte da organização, mas tem com ela um grupo de trabalho permanente e participa como membro pleno de algumas comissões, como a Comissão de Fé e Ordem e a Comissão de Missão e Evangelismo.

Atualmente propugna-se por um Fórum Cristão Global, num intento sem vínculos institucionais, de trazer a uma só mesa de diálogo todas as grandes famílias cristãs: ortodoxa, católica, anglicana e protestante (incluindo esta última aos pentecostais e evangélicos). Após terem sido realizados encontros regionais - o Fórum Cristão Global Latino-americano e Caribenho tendo sido realizado em junho de 2007, em Santiago do Chile -, realizou-se o primeiro Fórum Cristão Global em Limuru (Quênia), em novembro de 2007.

Críticas

O Conselho tem sido criticado por igrejas mais conservadoras, as quais, por adotarem interpretações mais estritas em questões doutrinais, discordam da abordagem do CMI e sua ênfase na busca de unidade das igrejas. Críticos conservadores também acusam a entidade de ser comprometida com uma agenda política da esquerda.[1]

O Conselho Mundial de Igrejas também tem sido criticado como sendo um adversário do Estado de Israel,[2] por suas críticas em relação a questões de direitos humanos naquele país.[3][4] Em 2009, o Conselho defendeu o boicote a mercadorias produzidas nos assentamentos judeus nos Territórios Palestinos Ocupados, descrevendo a ocupação israelense como ilegal, injusta e incompatível com a paz.[5] Em 2013, o Secretário-Geral do Conselho declarou apoio aos palestinos.[6] A Secretaria-Geral do Conselho também é acusada de ter participado da preparação e da divulgação do documento denominado Kairos Palestine,[7] o qual declara que "a ocupação israelense da terra palestina é um pecado contra Deus e contra a humanidade porque priva os palestinos de seus direitos humanos básicos".[8]

Referências

  1. Smith, Bernard: The fraudulent gospel: politics and the World Council of Churches. Valiant Publishers, 1977. ISBN 9780868840253 (em inglês) Acessado em 10/06/2013.
  2. Merkley, Paul (March 1, 2007). Christian Attitudes Towards the State of Israel. Montreal: Mcgill Queens Univ Press. p. 284. ISBN 9780773532557  Verifique data em: |data= (ajuda)
  3. Vermaat, J.A.Emerson (November 1984), «The World Council of Churches, Israel and the PLO», Mid-Stream: 3–9  Verifique data em: |data= (ajuda)
  4. Rottenberg, Isaac (1989). The Turbulent Triangle: Christians-Jews-Israel: A Personal-Historical Account. Hawley, Pa.: Red Mountain Associates. pp. 61–2. ISBN 9780899627465 
  5. «Statement on Israeli settlements in the Occupied Palestinian Territory». World Council of Churches website. 2 de setembro de 2009. Consultado em 11 de agosto de 2015. Cópia arquivada em 11 de agosto de 2015 
  6. «World Council of Churches condemns Israeli occupation». World Bulletin. 24 de abril de 2013. Consultado em 20 de fevereiro de 2015. Cópia arquivada em 20 de fevereiro de 2015 
  7. Kairos Document - A moment of truth. A word of faith, hope and love from the heart of Palestinian suffering
  8. Lowe, Malcolm (April 2010). «The Palestinian KairosDocument: A Behind-the-Scenes Analysis». New English Review. Cópia arquivada em 25 de fevereiro de 2015  Verifique data em: |data= (ajuda)

Ligações externas

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