Djacir Menezes

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Djacir Menezes
Nascimento 16 de novembro de 1907
Maranguape
Morte 1996
Rio de Janeiro
Cidadania Brasil
Alma mater
Ocupação economista, jurista, filósofo, sociólogo, escritor
Prêmios
Empregador(a) Universidade Federal do Rio de Janeiro, Faculdade de Economia, Administração, Atuária e Contabilidade da Universidade Federal do Ceará

Djacir Lima Menezes (Maranguape, 16 de novembro de 1907Rio de Janeiro, 8 de junho de 1996) foi um professor, sociólogo, jurista, economista e filósofo brasileiro.[1]

Era sócio do Instituto do Ceará e sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Foi o fundador e primeiro diretor da Faculdade de Ciências Econômicas do Ceará, em 1938.[2][3]

Dedicou a vida ao magistério; teve formação humanística, passando por várias áreas das Ciências Humanas. Publicou livros de Filosofia, de Critica Social e Estudos Brasileiros. Também produziu obras literárias e livros didáticos.[4]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Fez o curso ginasial no Liceu do Ceará, concluindo em 1925. Iniciou o curso de direito na Faculdade de Direito do Ceará e concluiu na Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro em 1930. Em 1932, de volta à Faculdade de Direito do Ceará, defendeu sua tese de doutorado com o tema "Kant e a idéia do direito", tornando-se, a partir de então, professor dessa instituição. Na época, foi Inspetor Regional de Ensino do Ceará.

Nos anos quarenta muda-se para o Rio de Janeiro depois de aprovado em dois concursos, um na Faculdade de Filosofia e outro na Faculdade de Economia, ambas integrantes da Universidade do Brasil, mais tarde denominada Universidade Federal do Rio de Janeiro. Nessa última Faculdade torna-se catedrático de História das doutrinas econômicas. Exerceu vários cargos administrativos, destacando-se particularmente o de reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro entre 1969 e 1973. Depois de jubilado tornou-se professor emérito daquela instituição. Foi fundador e diretor do "Centro de Estudos Brasileiros" (em Buenos Aires) e do "Centro Cultural Brasil-Bolívia" (em La Paz). Era professor da Universidade Nacional Autônoma do México.[3]

Em 1972, durante seu período como reitor da UFRJ, a universidade concedeu o título de doutor honoris causa ao presidente Emílio Garrastazu Médici, terceiro general-presidente durante a ditadura militar brasileira. Em 2015, por unanimidade, o Conselho Universitário da instituição cassou o título.[5]

Obras[editar | editar código-fonte]

  • (1932) Diretrizes da educação nacional, Tipografia Gadêlha
  • (1932) Problema da realidade objetiva: crítica às tendências idealistas de filosofia moderna
  • (1933) Análise científica dos fenômenos históricos
  • (1933) Psicologia
  • (1934) Aspectos da economia racional
  • (1934) A teoria científica do direito de Pontes de Miranda, A. C. Mendes
  • (1934) Direito, socialismo e confusionismo, Tipografia Minerva
  • (1934) Introdução à ciência do direito, Globo
  • (1934) Princípios de sociologia, Globo
  • (1935) Dicionário psicopedagógico, Companhia Editora Nacional
  • (1936) Economia Política, Globo
  • (1937) O outro Nordeste: formação social do Nordeste pastoril, José Olympio
  • (1938) Preparação ao método científico: breve introdução à filosofia moderna, Civilização Brasileira
  • (1939) O princípio da simetria e os fenômenos econômicos, Irmãos Pongetti
  • (1940) Brasil econômico, DIP
  • (1941) O ouro e a nova concepção da moeda, Alba
  • (1943) Direito administrativo moderno: os princípios estruturais do Estado nacional na administração pública, A. Coelho Branco Fº
  • (1945) Das leis econômicas, edição própria
  • (1950) Crítica social de Eça de Queiroz, Imprensa Nacional
  • (1952) Finanças das empresas, Aurora
  • (1953) ABC da economia, Companhia Editora Nacional
  • (1953) As elites agressivas, Organização Simões
  • (1953) Estudos de sociologia e economia, Organização Simões
  • (1954) Evolução do pensamento literário no Brasil, Organização Simões
  • (1957) O Brasil no pensamento brasileiro (org.), MEC
  • (1957) Tratado de Economia Política, Freitas Bastos
  • (1958) Raízes pré-socráticas do pensamento atual, Imprensa Universitária do Ceará
  • (1959) O sentido antropógeno da história, Organização Simões Editora
  • (1960) A querela anti-Hegel, edição própria
  • (1962) Crítica social de Eça de Queiroz, Imprensa Universitária do Ceará
  • (1962) Evolucionismo e positivismo na crítica de Farias Brito, Imprensa Universitária do Ceará
  • (1962) Temas de política e filosofia, DASP
  • (1963) Mondolfo e as interrogações do nosso tempo, Universidade do Brasil
  • (1965) Iniciação à economia, Companhia Editora Nacional
  • (1966) Proudhon, Hegel e a dialética, Zahar
  • (1967) A redescoberta das oligarquias, Universidade Federal do Ceará
  • (1970) Poesias heréticas e heresias poéticas
  • (1970) Liberdade universitária e suas distorções, Universidade Federal do Rio Janeiro
  • (1971) Ideias contra ideologias, Publicações da Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • (1971) O problema da realidade objetiva Tempo Brasileiro
  • (1972) O Brasil no pensamento brasileiro, Conselho Federal de Cultura
  • (1972) Teses quase hegelianas, Editora da Universidade de São Paulo
  • (1975) Filosofia do direito
  • (1975) Temas polêmicos: capítulos de sociologia política, Editora Rio
  • (1977) Motivos alemães: filosofia, hegelianismo, marxologia, polêmica, Livraria Editora Cátedra
  • (1979) Premissas do culturalismo dialético: as componentes de um pensamento filosófico, Livraria Editora Cátedra
  • (1980) Tratado de filosofia do direito, Atlas
  • (1982) A juridicidade em Tomás de Aquino e em Karl Marx, Livraria Editora Cátedra

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências

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