Elifas Andreato

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Elifas Andreato
Elifas Andreato
Elifas Andreato, em foto de 2006
Nascimento 22 de janeiro de 1946
Rolândia, PR
Morte 29 de março de 2022 (76 anos)
São Paulo, SP
Nacionalidade brasileiro
Cônjuge Iolanda Huzak Furini
Ocupação designer, compositor, ilustrador
Assinatura

Elifas Vicente Andreato (Rolândia, 22 de janeiro de 1946São Paulo, 29 de março de 2022) foi um designer gráfico e ilustrador brasileiro.[1][2] Era irmão do ator Elias Andreato e foi casado com a fotógrafa Iolanda Huzak Furini.[3]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Com mais de quarenta anos de atividade como artista plástico, Elifas foi especialmente reconhecido como ilustrador de inúmeras capas de discos de vinil nos anos 70, incluindo grandes nomes da Música Popular Brasileira, como Chico Buarque de Holanda, Elis Regina, Adoniran Barbosa, Paulinho da Viola, Martinho da Vila, Toquinho e Vinícius de Moraes.

Almanaque Brasil, uma das criações do Andreato.

O traço poético com profundo sentido social definiu os trabalhos de Elifas como um ícone de uma geração que protestava, por meio da arte, contra a ditadura militar vigente.[4][5]

Da geração do vinil, Elifas foi o maior capista, chegando a produzir a capa de 362 discos, com destaque para a Ópera do Malandro, de Chico Buarque, A Rosa do Povo, de Martinho da Vila, Clementina de Jesus, O Sorriso Ao Pé da Escada, de Jessé e A Arca de Noé, obra de Vinícius de Moraes. Elifas começou sua produção de capas em 1973, quando criou a do long-play Nervos de Aço, de Paulinho da Viola.[6] Nos anos 70 também ilustrou obras de literatura brasileira, como A Legião Estrangeira, de Clarice Lispector.[7][8]

Além dos trabalhos genuinamente engajados, Elifas produziu peças de grande qualidade artística, com projeção internacional e reconhecimento no mundo inteiro. Produziu também cartazes, gravuras e ilustrações, e foi diretor editorial do Almanaque Brasil de Cultura Popular, revista distribuída a bordo das aeronaves da companhia aérea TAM, para assinantes e bancas.

Compositor bissexto, desenvolveu, entretanto importante parceria com o cantor Jessé.

Prêmio[editar | editar código-fonte]

Em 2011 foi homenageado no Prêmio Vladimir Herzog por ter sido perseguido durante a ditadura militar brasileira (1964–1985).[9]

Referências

  1. «Perfil Elifas Andreato». Consultado em 6 de novembro de 2013 
  2. «Artista gráfico Elifas Andreato morre em SP aos 76 anos». G1. Consultado em 29 de março de 2022 
  3. Itaú Cultural. «Enciclopédia Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira». Consultado em 29 de março de 2022 
  4. «Elifas Andreato: a arte contra os militares». Educacional.com. Consultado em 6 de novembro de 2013 
  5. «"Elifas Andreato. As cores da resistência"». Memorial das Resistências. Consultado em 6 de novembro de 2013 
  6. «Elifas Andreato: As Cores da Resistência». Pinacoteca. Consultado em 6 de novembro de 2013 
  7. Marisol de Andrade. «Elifas Andreato participa de aula inaugural na UNISANTA». Online Unisanta. Consultado em 6 de novembro de 2013 
  8. «Elifas Andreato - capas de livros». IBAC. Consultado em 6 de novembro de 2013 
  9. «Entrega do 33º Prêmio Vladimir Herzog será segunda-feira no TUCA». ABRAJI. 21 de outubro de 2011. Consultado em 2 de abril de 2020. Cópia arquivada em 2 de abril de 2020 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]