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Esquema de desvio de verbas no BNDES: diferenças entre revisões

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== Operação Santa Teresa ==
== Operação Santa Teresa ==
A Operação Santa Teresa da [[Departamento de Polícia Federal|Polícia Federal]] foi deflagrada para desmontar um esquema de corrupção envolvendo a liberação de recursos do BNDES que pode ter beneficiando em torno de 200 prefeituras, entre eles, [[Praia Grande (São Paulo)|Praia Grande]].<ref>{{citar web|url=http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,entenda-a-operacao-santa-tereza,168224|publicado=Estadão|data=6 de maio de 2008|acessodata=19 de julho de 2016|título=Entenda a Operação Santa Tereza}}</ref>
A Operação Santa Teresa da [[Departamento de Polícia Federal|Polícia Federal]] foi deflagrada para desmontar um esquema de corrupção envolvendo a liberação de recursos do BNDES que pode ter beneficiando em torno de 200 prefeituras, entre eles, [[Praia Grande (São Paulo)|Praia Grande]].<ref>{{citar web|url=http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,entenda-a-operacao-santa-tereza,168224|publicado=Estadão|data=6 de maio de 2008|acessodata=19 de julho de 2016|título=Entenda a Operação Santa Tereza}}</ref>

Com base em escutas telefônicas autorizadas pela Justiça Federal, os policiais encontraram indícios de que um grupo de pessoas ligadas à Força Sindical e ao deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, teria intermediado a liberação de recursos do banco de desenvolvimento. Relatório da PF enviado à Justiça chegou a dizer que Paulinho teria recebido R$ 325 mil para intermediar um empréstimo de R$ 124 milhões do BNDES para a prefeitura de Praia Grande. Nas investigações, a PF descobriu que parte do esquema contava com a participação da empresa W.E., na verdade uma casa de prostituição suspeita de ser usada para lavar dinheiro. A empresa pagou passagens aéreas para pessoas ligadas ao esquema. Entre elas o prefeito de Praia Grande. <ref>{{citar web|url=https://extra.globo.com/noticias/brasil/operacao-da-pf-desmontou-esquema-de-desvio-de-verba-do-bndes-para-prefeituras-515181.html|publicado=Extra|data=22/05/2008|acessodata=18/07/2017|título=Operação da PF desmontou esquema de desvio de verba do BNDES para prefeituras}}</ref>

A polícia ainda identificou ainda que a ONG presidida pela mulher de Paulinho recebeu R$ 1,19 milhão do BNDES em operação não-reembolsável. Esse repasse foi feito quando o lobista João Pedro Moura, amigo de Paulinho, integrava o conselho de administração do Banco. Um e-mail capturado pelos peritos da PF, datado de 26 de janeiro de 2005, e divulgado no último sábado faz um laço de mais de três anos entre o esquema de desvio de recursos do BNDES e Paulinho da Força. A mensagem, enviada por Marcos Mantovani, da Progus Consultoria, ao lobista e então conselheiro do banco estatal João Pedro de Moura informa que Gaspar (supostamente José Gaspar, vice-presidente do PDT paulista) "achava importante" apresentar o esquema da consultoria a Paulinho. <ref>{{citar web|url=http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,bndes-foi-vitima-em-caso-de-desvio-de-verbas-diz-coutinho,186296|publicado=Estadão|data=22/05/2008|acessodata=18/07/2017|título=BNDES foi vítima em caso de desvio de verbas, diz Coutinho}}</ref>


== Investigados ==
== Investigados ==
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* Presos na ''Operação Santa Teresa'': <ref>{{citar web|url=https://extra.globo.com/noticias/brasil/operacao-da-pf-desmontou-esquema-de-desvio-de-verba-do-bndes-para-prefeituras-515181.html|publicado=Extra|data=22/05/2008|acessodata=18/07/2017|título=peração da PF desmontou esquema de desvio de verba do BNDES para prefeituras}}</ref>
* Presos na ''Operação Santa Teresa''
** [[Ricardo Tosto de Oliveira Carvalho]], advogado, indicado pela [[Força Sindical]] para o conselho do BNDES
** [[Ricardo Tosto de Oliveira Carvalho]], advogado, indicado pela [[Força Sindical]] para o conselho do BNDES
** [[João Pedro de Moura]], amigo do deputado Paulinho
** [[João Pedro de Moura]], amigo do deputado Paulinho
* Não indiciados no inquérito da PF
* Não indiciados no inquérito da PF:
** [[Deputado federal|Deputado]] [[Paulo Pereira da Silva]] (Paulinho)
** [[Deputado federal|Deputado]] [[Paulo Pereira da Silva]] (Paulinho)
* Outros acusados
* Outros acusados:
** [[Marcos Mantovani]], dono da empresa Progus
** [[Marcos Mantovani]], dono da empresa Progus

[[Imagem:Inocencio Oliveira cassação paulinho.jpg|left|300px|thumb|<center>Em [[27 de maio]] de [[2008]], o [[Deputado Federal|deputado]] [[Inocêncio de Oliveira]] ([[Partido da República|PR]]/[[Pernambuco|PE]]), corregedor-geral da [[Câmara dos Deputados|Câmara]], em entrevista sobre o parecer que apresentou a Mesa Diretora pela cassação do mandato do deputado [[Paulo Pereira da Silva]] ([[Partido Democrático Trabalhista|PDT]]/[[São Paulo|SP]])</center>]]


== Ver também ==
== Ver também ==

Revisão das 14h04min de 18 de julho de 2017

Em 10 de janeiro de 2005, o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva (Paulinho), protocolou ação direta de inconstitucionalidade contra o aumento da contribuição das Empresas Prestadoras de serviços, no STF. Foto:José Cruz/ABr

O Esquema de desvio de verbas no BNDES é um escândalo político brasileiro iniciado em abril de 2008. O motivo do escândalo é a liberação de recursos para prefeituras junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).[1]

Operação Santa Teresa

A Operação Santa Teresa da Polícia Federal foi deflagrada para desmontar um esquema de corrupção envolvendo a liberação de recursos do BNDES que pode ter beneficiando em torno de 200 prefeituras, entre eles, Praia Grande.[2]

Com base em escutas telefônicas autorizadas pela Justiça Federal, os policiais encontraram indícios de que um grupo de pessoas ligadas à Força Sindical e ao deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, teria intermediado a liberação de recursos do banco de desenvolvimento. Relatório da PF enviado à Justiça chegou a dizer que Paulinho teria recebido R$ 325 mil para intermediar um empréstimo de R$ 124 milhões do BNDES para a prefeitura de Praia Grande. Nas investigações, a PF descobriu que parte do esquema contava com a participação da empresa W.E., na verdade uma casa de prostituição suspeita de ser usada para lavar dinheiro. A empresa pagou passagens aéreas para pessoas ligadas ao esquema. Entre elas o prefeito de Praia Grande. [3]

A polícia ainda identificou ainda que a ONG presidida pela mulher de Paulinho recebeu R$ 1,19 milhão do BNDES em operação não-reembolsável. Esse repasse foi feito quando o lobista João Pedro Moura, amigo de Paulinho, integrava o conselho de administração do Banco. Um e-mail capturado pelos peritos da PF, datado de 26 de janeiro de 2005, e divulgado no último sábado faz um laço de mais de três anos entre o esquema de desvio de recursos do BNDES e Paulinho da Força. A mensagem, enviada por Marcos Mantovani, da Progus Consultoria, ao lobista e então conselheiro do banco estatal João Pedro de Moura informa que Gaspar (supostamente José Gaspar, vice-presidente do PDT paulista) "achava importante" apresentar o esquema da consultoria a Paulinho. [4]

Investigados

Em 27 de maio de 2008, o deputado Inocêncio de Oliveira (PR/PE), corregedor-geral da Câmara, em entrevista sobre o parecer que apresentou a Mesa Diretora pela cassação do mandato do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT/SP)

Ver também

Referências

  1. O Globo Online (22 de maio de 2008). «Operação da PF desmontou esquema de desvio de verba do BNDES para prefeituras». Consultado em 28 de maio de 2008 
  2. «Entenda a Operação Santa Tereza». Estadão. 6 de maio de 2008. Consultado em 19 de julho de 2016 
  3. «Operação da PF desmontou esquema de desvio de verba do BNDES para prefeituras». Extra. 22 de maio de 2008. Consultado em 18 de julho de 2017 
  4. «BNDES foi vítima em caso de desvio de verbas, diz Coutinho». Estadão. 22 de maio de 2008. Consultado em 18 de julho de 2017 
  5. «peração da PF desmontou esquema de desvio de verba do BNDES para prefeituras». Extra. 22 de maio de 2008. Consultado em 18 de julho de 2017 
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