Extensão (anatomia)

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Esqueleto humano com membro superior direito em extensão, enquanto seu membro superior esquerdo está flexionado.

Em Anatomia, extensão corresponde ao aumento do ângulo entre duas estruturas.[1][2]

Introdução[editar | editar código-fonte]

Extensão é um termo anatômico de movimento. Ou seja, descreve uma forma de movimentar dada estrutura corporal, retirando-a de sua posição padrão, convencionada pela posição anatômica. Tal movimentação é propiciada pela contração de músculos, que tracionam o esqueleto.[2]

Há diversos termos anatômicos de movimento, dada a grande mobilidade do corpo humano. Além da extensão, destaca-se aqui a flexão, que é seu antônimo. Enquanto a flexão diminui o ângulo entre duas estruturas, a extensão o aumenta.[1][2]

Etimologia[editar | editar código-fonte]

Estender, de forma geral, quer dizer esticar, desdobrar.[3] Na Anatomia, tal sentido se mantém: ao passo que a flexão cria dobras (diminui ângulos), a extensão costuma revertê-las (aumentar o ângulo até 180°, retificando as estruturas).[4]

Sentido e amplitude[editar | editar código-fonte]

A extensão, em contraste com a flexão, ocorre geralmente em sentido posterior. É o caso da extensão do cotovelo, por exemplo, na qual o antebraço se dirige para trás. No entanto, o joelho é uma exceção: quando se estende, a perna se desloca para a frente.[4] Isso se explica pelo desenvolvimento embrionário dos membros. O membro superior sofre um giro de 90° lateralmente, enquanto o membro inferior gira 90° medialmente. O resultado é uma diferença de 180° na posição dos extensores do cotovelo em relação aos extensores do joelho.[5]

A respeito de quão amplo é o movimento, nem sempre a extensão se limita a retificar a estrutura envolvida, para restaurar a posição anatômica. No caso de algumas articulações, como no ombro, é possível prosseguir com a extensão mesmo após a retificação, de modo que o que o braço se pocione posteriormente. No entanto, trata-se novamente de uma exceção: a tendência é de que a extensão total corresponda à retificação, de modo que tentativas de forçar extensões além desse limite causem lesões por hipextensão. A chamada lesão em "chicotada", por exemplo, comum quando há colisão na traseira de um veículo, é causada por uma hiperextensão do pescoço.[4]

Exemplos[editar | editar código-fonte]

Os músculos que executam a extensão de uma estrutura são chamados, genericamente, de extensores.[6][7] São exemplos de musculaturas extensoras:

Referências

  1. a b «Types of movements in the human body». Kenhub (em inglês). Consultado em 15 de junho de 2021 
  2. a b c «Anatomical Terms of Movement - Flexion - Rotation - TeachMeAnatomy». Consultado em 15 de junho de 2021 
  3. «Estender». Dicio. Consultado em 15 de junho de 2021 
  4. a b c d MOORE, Keith; DALLEY, Arthur; AGUR, Anne (2014). Anatomia Orientada para a clínica 7 ed. Rio de Janeiro: Koogan. p. 48, 50, 836 
  5. MOORE, Keith (2008). Embriologia Clínica. Rio de Janeiro: Elsevier. p. 92; 372-386 
  6. «Extensores superficiais do antebraço». Kenhub. Consultado em 15 de junho de 2021 
  7. «Anatomia do quadril (anca) e coxa». Kenhub. Consultado em 15 de junho de 2021 
  8. «Músculo tríceps braquial». Kenhub. Consultado em 16 de junho de 2021 
  9. a b c «Extensores superficiais do antebraço». Kenhub. Consultado em 16 de junho de 2021 
  10. «Músculos radiais do antebraço». Kenhub. Consultado em 16 de junho de 2021 
  11. «Extensores profundos do antebraço». Kenhub. Consultado em 16 de junho de 2021 
  12. «Músculo extensor curto do polegar». Kenhub. Consultado em 16 de junho de 2021 
  13. «Músculo quadrícipes femoral». Kenhub. Consultado em 16 de junho de 2021 
  14. «Músculo extensor longo dos dedos». Kenhub. Consultado em 16 de junho de 2021 
  15. «Músculo extensor longo do hálux». Kenhub. Consultado em 16 de junho de 2021