Foucault (livro de Deleuze)

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Foucault
Foucault (BR)
Autor(es) Gilles Deleuze
Idioma francês
País França
Assunto Michel Foucault
Editora Editions de Minuit
Lançamento 1986
Páginas 141
ISBN ‎978-2707310866
Edição brasileira
Editora Brasiliense
Lançamento 1988
Páginas 144
ISBN 978-8511120509
Cronologia
A dobra: Leibniz e o barroco
1988

Foucault é um livro de 1986 do filósofo francês Gilles Deleuze no qual ele discorre sobre a obra de Michel Foucault.[1] Assim como em outros trabalhos sobre os principais filósofos — como em Nietzsche e a filosofia (1962) e Espinosa e o problema da expressão (1968) — Deleuze pensa junto a Foucault em vez de escrever um guia sobre sua filosofia. O livro aborda os fundamentos conceituais da extensa obra de Foucault, abordando com profundidade duas de suas obras paradigmáticas: A Arqueologia do Saber (1969) e Vigiar e punir (1975).[1]

Interpretação de dispositivo[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Dispositivo (filosofia)

Em relação ao conceito foucaultiano de dispositivo, Deleuze argumenta que este é composto por quatro dimensões:[2]

  1. uma máquina que faz ver;
  2. uma máquina que faz falar;
  3. as linhas de força;
  4. a subjetivação.

Desse modo, o saber é formado pela combinação entre o visível (a máquina visual) e o enunciável (a máquina de enunciação).[3] A terceira dimensão das linhas de força depende, por sua vez, do campo das relações de poder; e este é afetado pela quarta dimensão, a da subjetivação: "Enquanto o poder funciona por uma espécie de compromisso entre uma linha e outra, a subjetivação implica uma dobra, quando a linha volta-se para si mesmo e escapa das dimensões do poder e do saber".[4]

Referências

  1. a b Deleuze 1988.
  2. Alvim 2011, p. 45-46.
  3. Alvim 2011, p. 45.
  4. Alvim 2011, p. 47.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]