Fundação Cacique Cobra Coral

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Fundação Cacique Cobra Coral (FCCC) é uma fundação esotérica brasileira, com sede em Guarulhos.[1][2] Conhecida por manter contratos com alguns órgãos do Estado brasileiro,[3] intervindo misticamente no tempo para não atrapalhar a realização de eventos, como o Rock in Rio.[4][5][6]

O escritor Paulo Coelho foi vice-presidente da Fundação entre 2004 e 2006.[7] Atualmente a FCCC é presidida pelo médium e jornalista Daniel Miranda Costa.

História[editar | editar código-fonte]

A fundação possui a seguinte história oficial:

"Uma certa noite ao norte do Paraná, geava fortemente sobre o sítio [de uma] família, momento em que [a] mãe [entrava] em trabalho de parto. Tão forte [era] a geada que toda a plantação de café da pequena propriedade foi perdida. Ângelo Scritori afirma que naquela noite a profecia havia acontecido, o espírito do Padre Cícero (1844-1934) se manifestou, como costumava acontecer, por meio dele. Avisou, daquela feita, que a mais nova integrante da família teria poderes para se comunicar com outro espírito, um ente poderoso o suficiente para alterar fenômenos naturais. Sete anos depois, já menina, Adelaide lembra ter recebido pela primeira vez, no centro espírita freqüentado pelos Scritori, as mensagens enviadas pelo Cacique Cobra Coral. Espírito que já teria sido Galileu Galilei e Abraham Lincoln. Anos depois Ângelo Scritori criou a Fundação Cacique Cobra Coral (FCCC) que logo passou a ter Adelaide Scritori à frente da Fundação. Com o passar dos anos os feitos tomaram tamanha proporção que a Fundação ganhou seguidores e colaboradores pelo mundo inteiro".[8]

Contatos[editar | editar código-fonte]

São Paulo[editar | editar código-fonte]

A Fundação já manteve contrato com o Município de São Paulo, mas este foi suspenso pela FCCC devido o governo Kassab não ter enviado os relatórios anuais que fazem parte da Contra Partida do convênio.[9]

Rio de Janeiro[editar | editar código-fonte]

Mantém contrato com o Município do Rio de Janeiro desde 2001, durante o mandato do prefeito César Maia, que foi renovado por seu sucessor, Eduardo Paes, em março de 2010.[10][11] Em 2009, a médium Adelaide Scritori, que presidia a FCCC, foi convocada pela Prefeitura do Rio de Janeiro para usar seus supostos poderes para evitar a chuva prevista para o Réveillon de Copacabana.[12]

Distrito Federal[editar | editar código-fonte]

Em 2017, o governo do Distrito Federal também contratou os serviços da fundação, devido à crise hídrica que Brasília sofria à época.[13] Em 2021, a Fundação voltou a ganhar destaque, após membros divulgarem uma reunião com o pessoal do Ministério de Minas e Energia, a respeito da crise de abastecimento nos reservatórios das hidrelétricas, sendo desmentida pelo gabinete do Ministro Bento Albuquerque.[14][15][16]

Tentativa de Internacionalização Fracassada[editar | editar código-fonte]

Estavam de mudança para a China mas com uma parceria com a prefeitura do município de São Paulo, eles mudaram de ideia pois querem dar uma atenção especial à cidade. No entanto, foi negociado com os chineses de trabalhar à distância. [17]

Referências

  1. Veja SP. «Médium da Fundação Cacique Cobra Coral tem convênio com a prefeitura». Consultado em 19 de setembro de 2007 
  2. Julio Ottoboni (30 de janeiro de 2007). «O clima, a ciência e a religião». Observatório da imprensa. Consultado em 8 de janeiro de 2015. Cópia arquivada em 8 de janeiro de 2015 
  3. «Convenios governamentais». FCCC 
  4. Silva, Fernando (15 de março de 2018). «Cacique Cobra Coral, a fundação que afirma ser capaz de mudar o clima». Galileu. Consultado em 18 de outubro de 2021 
  5. Damiani, Marco. Artigo "A senhora do tempo". Isto É. 31/01/2007.
  6. O Globo. «Senado vai convidar Fundação Cacique Cobra Coral para explicar apagão (publicado em 18/11/2009)». Consultado em 3 de janeiro de 2010 
  7. «Médium da Fundação Cacique Cobra Coral tem convênio com a prefeitura». Veja São Paulo. 18 de setembro de 2009. Consultado em 6 de janeiro de 2015 
  8. «FCCC - Fundação Cacique Cobra Coral, El Niño». www.fundacaocoral.com.br. Consultado em 19 de dezembro de 2023 
  9. Brizola Neto. «Cacique Cobra Coral se defende e põe culpa em Kassab (publicado em 13/12/2009)». Consultado em 3 de janeiro de 2010 
  10. O Globo. «Paes solicita ajuda a médium da Fundação Cacique Cobra Coral contra os temporais na cidade (publicado em 24/01/2009)». Consultado em 3 de janeiro de 2010 
  11. OGalileo. «RJ e entidade espírita Fundação Cacique Cobra Coral fazem convênio para impedir a chuva (publicado em 19/04/2010)». Consultado em 20 de abril de 2010 
  12. Luiz Ernesto Magalhães. «Prefeitura do Rio convoca Fundação Cobra Coral para afastar chuva de Copacabana no réveillon». Consultado em 7 de janeiro de 2016. Arquivado do original em 1 de janeiro de 2010 
  13. «DF contrata Fundação Cacique Cobra Coral para pedir chuvas, diz entidade». G1. Consultado em 18 de outubro de 2021 
  14. «Ministério de Minas e Energia confirma reunião com equipe de Cacique Cobra Coral». CNN Brasil. Consultado em 18 de outubro de 2021 
  15. «Relegado na era PT, Cacique Cobra Coral é chamado às pressas por ministro de Bolsonaro: "Faça chover"». Revista Fórum. 15 de outubro de 2021. Consultado em 18 de outubro de 2021 
  16. «Cacique Cobra Coral participa de reunião com integrantes do Ministério de Minas e Energia para falar de crise hídrica». Extra Online. Consultado em 18 de outubro de 2021 
  17. Cleo Guimarães (5 de Fevereiro de 2017). «Prefeito de São Paulo firma parceria com a Fundação Cacique Cobra Coral». Jornal O Globo. Consultado em 8 de Fevereiro de 2017 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]