Gonçalo da Silveira
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Gonçalo da Silveira | |
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Presbítero da Igreja Católica | |
Assassinato de Gonçalo Silveira | |
Atividade eclesiástica | |
Ordem | Companhia de Jesus |
Ordenação e nomeação | |
Ordenação presbiteral | 09 de junho de 1543 por Padre Miron |
Dados pessoais | |
Nascimento | Almeirim 23 de fevereiro de 1526 |
Morte | Mutapa 6 de março de 1561 (35 anos) |
Nacionalidade | português |
Progenitores | Mãe: Beatriz Coutinho Pai: Luís da Silveira, 1.º Conde de Sortelha |
Funções exercidas | superior provincial da Índia |
Categoria:Igreja Católica Categoria:Hierarquia católica Projeto Catolicismo | |
Gonçalo da Silveira, S.J. (23 de fevereiro de 1526 – 6 de março de 1561) foi um missionário jesuíta português e explorador na África Austral.
Biografia[editar | editar código-fonte]
Silveira nasceu em Almeirim, Portugal. Foi o décimo filho de Dom Luís da Silveira, primeiro conde de Sortelha, e de Dona Beatriz Coutinho, filha de Dom Fernando Coutinho, Marechal do Reino de Portugal. Perdendo os pais na infância, foi criado pela irmã Filipa de Vilhena e pelo marido, o Marquês de Távora.
Silveira foi educado pelos Frades Menores do convento de Santa Margarida até 1542, data em que entrou na Universidade de Coimbra, ao fim dum ano em 9 de junho de 1543,[1] foi recebido na Companhia de Jesus pelo Padre Miron, reitor do colégio jesuíta de Coimbra .
Silveira foi nomeado em 1555. A nomeação foi aprovada por Santo Inácio de Loyola alguns meses antes de sua morte. O mandato de Gonçalo na Índia durou três anos. Costumava dizer que Deus lhe dera a grande graça da inadequação para o governo – aparentemente baseando-se em uma certa falta de tato ao lidar com a fraqueza humana.
O provincial seguinte, António Quadros, enviou Silveira ao campo missionário inexplorado do sudeste da África. Desembarcando em Sofala em 11 de março de 1560, da Silveira seguiu para Otongwe perto do Cabo das Correntes. Lá, durante sua estadia de sete semanas, ele instruiu e batizou o chefe de etnia Makaranga, Gamba, mais cerca de 450 pessoas. Perto do final do ano, ele começou a subir o rio Zambeze para uma expedição à capital do Império Monomotapa, que parece ter sido a vila de N'Pande no Zimbábue, perto do rio M'Zingesi, um afluente do sul do rio Zambeze. Ele chegou lá em 26 de dezembro de 1560, e permaneceu aí até sua morte. Durante este período ele batizou o rei e um grande número de seus súbditos. Alguns árabes de Moçambique se revoltaram contra o missionário, e Silveira foi estrangulado em sua choça por ordem do rei.
“ | Vê do Benomotapa o grande Império, De selvática gente, negra e nua, Onde Gonçalo morte e vitupério Padecerá, pela fé santa sua. |
” |
— Os Lusiadas, Canto X verso XCIII, Luís de Camões.
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A expedição enviada para vingar a morte de Silveira nunca chegou ao seu destino, enquanto seu apostolado terminou abruptamente por falta de missionários para continuar seu trabalho.[2]
Legado[editar | editar código-fonte]
- H. Rider Haggard basearia o personagem fictício, José Silvestre, em Silveira em seu romance de 1885, As Minas do Rei Salomão .
- A Silveira House, um centro de desenvolvimento jesuíta no Zimbábue, recebeu o seu nome.
Referências
- ↑ Rhodesiana Vol 6, The Rodhesiana Society, 1961
- ↑ O conteúdo deste artigo incorpora material da Enciclopédia Católica de 1913, que se encontra no domínio público.
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- Chadwick, Vida do Ven. Gonçalo da Silveira (Roehampton, 1910);
- Theal, Records of SE Africa, impresso para o Governo da Colônia do Cabo, VII (1901);
- Wilmot, Monomotapa (Londres, 1896)
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
- Nascidos em 1526
- Mortos em 1561
- Missionários católicos em Moçambique
- Missionários católicos de Portugal
- Jesuítas de Portugal
- Provinciais da Companhia de Jesus
- Exploradores de Portugal
- Nobres de Portugal do século XVI
- Personagens citadas nos Lusíadas
- Alumni da Universidade de Coimbra
- Naturais de Almeirim (Portugal)
- Mártires jesuítas
- Portugueses executados
- Pessoas executadas por estrangulamento