Herman Torres

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Herman Torres
Informação geral
Nome completo Herman Torres Filho
Nascimento 15 de janeiro de 1954 (70 anos)
Origem Maceió,
País Brasil
Gênero(s) MPB, pop rock, new wave
Período em atividade 1978–atualmente

Herman Torres Filho (Maceió, 15 de janeiro de 1954), o "Mani", é um cantor, compositor, e instrumentista brasileiro.

Seu pai foi para o Rio de Janeiro em 1964 morar com a família, onde Herman foi e voltou para sua terra natal, Maceió - Alagoas, durante anos. Criado nas esquinas do Rio de Janeiro com o Rock, conheceu o cantor Fagner quando estava voltando a Maceió e foi convidado para tocar baixo em sua banda. Também foi conselheiro no Conselho Nacional dos Direitos Autorais, sendo um crítico da distribuição de direitos aos produtores musicais.

Em sua trajetória, estabeleceu parcerias musicais com alguns dos mais destacados expoentes da MPB, gravou discos (atuando também como cantor, arranjador e diretor musical) e participou de uma das formações da banda Gang 90 & As Absurdettes (guitarra, baixo e vocal) durante o boom do rock nacional dos anos 1980, no ritmo da new wave. Emplacou algumas trilhas sonoras de novelas da Rede Globo e participou do especial infantil "Plunct, Plact, Zum!", com a música "Será Que o King Kong é Macaca?".

Ao analisarmos as fichas técnicas de uma boa porção de discos de sucesso que marcaram nossas vidas, com certeza poderemos nos deparar com alguma música que foi composta ou que teve participação de Herman Torres como cantor, instrumentista ou arranjador. 

Se Gang 90 & As Absurdettes fez história, Herman Torres tem seu nome marcado na música brasileira, embora, desconhecido do grande público (em parte por ser sina dos compositores).[1]

Carreira[editar | editar código-fonte]

Herman Torres tocou baixo no LP “Raimundo Fagner” do cantor e compositor cearense. Participou com a viola de 12 cordas no disco de Alceu Valença “Espelho Cristalino”. Participou também do disco “Força Verde” de Zé Ramalho, entre muitos outros.[2][3]

Em 1978, Amelinha lançou o disco "Frevo mulher", no qual incluiu de sua autoria "Noite de cetim", parceria com o poeta Sérgio Natureza. No ano seguinte, Ney Matogrosso, em LP pela PolyGram, interpretou "Trapaças", composta em parceria com Salgado Maranhão. "Bate-boca" também foi gravada por Ney Matogrosso.

Em 1981', gravou o primeiro disco solo, pela PolyGram, no qual incluiu "Trapaças", "Peleja" e "Lama das canções", todas em parceria com o poeta Salgado Maranhão, além de parcerias com Fausto Nilo e Sérgio Natureza. Neste mesmo ano, Zizi Possi interpretou um de seus grandes sucessos, "Caminhos de sol" (com Salgado Maranhão) e tornou-se o primeiro sucesso nacional da cantora. A música foi incluída como tema na novela A Viagem (1994), da Rede Globo, desta vez gravada pela banda Yahoo.

Nesta mesma época, integrou o grupo Gang 90 & As Absurdettes, com o qual gravou vários discos e participou de diversos shows. No ano seguinte, Amelinha gravou de sua autoria "Choro da lua" (com Salgado Maranhão), no LP "Mulher nova, bonita e carinhosa faz o homem gemer sem sentir dor".

Em 1983, "Coração por dentro", em parceria com Salgado Maranhão, foi incluída no disco de Rosa Maria, lançado pela gravadora Eldorado.

Neste mesmo ano gravou, junto com o grupo Gang 90 & As Absurdettes o LP “Essa Tal de Gang 90”. Desse disco, foi extraído o compacto “Nosso Louco Amor”, que virou tema da novela Louco Amor, da Rede Globo. Vendeu 100 mil cópias e projetou o grupo para todo o país. [4]

No ano seguinte, "Alguma coisa", também em parceria com Salgado Maranhão, foi interpretada por Amelinha no disco "Água luz", lançado pela gravadora CBS. Neste mesmo ano, em dueto com Serguei gravou "Mamãe não diga nada ao papai" e "Alegria" em compacto simples.

No final de 1984 a música "Paixão" embalou as cenas do personagem Edu vivido por Tony Ramos na novela Livre Para Voar. Neste mesmo ano, Herman Torres abandona a Gang 90 e monta a banda Cadillac, que foi lançada pela gravadora Warner. A banda tem a primeira e única versão brasileira da canção “Cocaine”, de J.J. Cale.

No ano de 1985 interpretou "Super flipper", composição de autoria de Wilson Botelho e Sérgio Natureza no LP "Tropclip" da trilha sonora do filme homônimo. Ainda neste disco participaram Barão Vermelho, Marisa Monte, Zé Renato, Celso Blues Boy e Roupa Nova, entre outros. Neste mesmo ano gravou as canções “Cristina” e “Você me trocou por ela”.

Em 1994, Fábio Júnior gravou “Aos seus cuidados” (de Herman Torres e Sérgio Sá) e, em 1996, “Lar doce mar” (também de amos os compositores).

Discografia[editar | editar código-fonte]

  • 1987 - Pedra 90 (Continental / LP)[2]
  • 1985 - Rosas & tigres (Som Livre / LP)
  • 1985 - Tropclip (Philips / LP)
  • 1984 - Mamãe não diga nada ao papai/Alegria (Compacto simples)
  • 1983 - Essa tal de Gang 90 & As Absurdettes (RCA Victor / LP)
  • 1983 - Nosso louco amor (RCA Victor / Compacto simples)
  • 1981 - Herman Torres (PolyGram / LP)
  • 1981 - Perdidos na selva/Lilik Lamê (Hot / Compacto simples)

Composições[editar | editar código-fonte]

  • Alguma coisa (com Salgado Maranhão)[2]
  • Caminhos de sol (com Salgado Maranhão)
  • Choro de lua (com Salgado Maranhão)
  • Coração por dentro (com Salgado Maranhão)
  • Lama das canções (com Salgado Maranhão)
  • Noite de cetim (com Sérgio Natureza)
  • Peleja (com Salgado Maranhão)
  • Revoando (com Sérgio Natureza)
  • Saudade (com Sérgio Natureza)
  • Trapaças (com Salgado Maranhão)
  • Paixão
  • Nosso Louco Amor (com Júlio Barroso)

Referências

  1. ALESSANDRA VIEIRA DE SOUZA - EDITORA DE CULTURA. «O CARA DA GANG 90» 
  2. a b c «Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira» 
  3. MPB.com - O portal da música brasileira. «Herman Torres». Arquivado do original em 12 de agosto de 2014 
  4. Painel do Rock Brasil 80. «Gang 90». Manoel Leite