Ifi Amadiume
| Ifi Amadiume | |
|---|---|
| Nascimento | 23 de abril de 1947 (77 anos) Kaduna, Nigéria |
| Cidadania | Nigéria |
| Ocupação | poetisa, professora universitária, escritora, antropóloga |
| Empregador(a) | Faculdade de Dartmouth |
Ifi Amadiume (Kaduna, 23 de abril de 1947) é uma poeta, antropóloga e ensaísta nigeriana. Ela ingressou no Departamento de Religião do Dartmouth College, Nova Hampshire, Estados Unidos, em 1993.[1]
Biografia[editar | editar código-fonte]
Nascida em Kaduna de pais de grupo étnico ibos, Ifi Amadiume foi alfabetizada na Nigéria antes de se mudar para a Grã-Bretanha em 1971. Ela estudou na School of Oriental and African Studies, Universidade de Londres, obtendo bacharelado (1978) e doutorado (1983) em antropologia social, respectivamente.[2] Ela foi pesquisadora por um ano na Universidade da Nigéria, na cidade de Enugu, ensinou e lecionou no Reino Unido, Canadá, Estados Unidos e Senegal.[3] Seu trabalho de campo na África resultou em duas monografias etnográficas relacionadas ao ibos: African Matriarchal Foundations (1987), e o premiado Male Daughters, Female Husband (Zed Press, 1987).[4] Esta última é considerada inovadora devido ao fato de que alguns anos antes da articulação da teoria queer,[5] ela argumentava que o gênero, tal como construído no discurso feminista ocidental, não existia na África antes da imposição colonial de uma compreensão dicotômica de diferença sexual.[6] Seu livro de ensaios teóricos, Reinventing Africa, foi publicado em 1998.[7] Excertos de sua obra estão incluídos na antologia Daughters of Africa (1992).[3]
Como poeta, ela participou do Festac '77, o Segundo Festival Mundial de Artes e Cultura Negra e Africana,[8] e sua coleção de 1985, Passion Waves, foi indicada ao Prêmio de Poesia da Commonwealth.[3] Ela ganhou o Prêmio Flora Nwapa Society por seu livro de poesia de 2006, Circles of Love.[9]
Ela faz parte do conselho consultivo do Centro para Democracia e Desenvolvimento, uma organização não governamental que visa promover os valores da democracia, paz e direitos humanos na África, particularmente na sub-região da África Ocidental.[10]
Amadiume é amplamente considerada por seu trabalho pioneiro no discurso feminista: "seu trabalho fez enormes contribuições para novas formas de pensar sobre sexo e gênero, a questão do poder e o lugar das mulheres na história e na cultura".[11] Ela, no entanto, atraiu críticas por sua "suposição de que [a] mulher é necessariamente igualada à paz e ao amor".[12]
Obras publicadas[editar | editar código-fonte]
Poesia[editar | editar código-fonte]
- Passion Waves, Londres: Karnak House, 1985, ISBN 978-0907015239. (em inglês)
- Ecstasy, Longman Nigéria, 1995. Association of Nigerian Authors 1992 Literary Award for Poetry. ISBN 978-1856498067ISBN 978-1856498067 (em inglês)
- Circles of Love, Africa World Press, 2006, ISBN 978-1592214891 (em inglês)
- Vozes vestidas de preto, Africa World Press, 2008, ISBN 978-1592215935 (em inglês)
Antropologia[editar | editar código-fonte]
- African Matriarchal Foundations: The Igbo Case, Londres: Karnak House, 1987, ISBN 978-0-907015-27-7 (em inglês)
- Male Daughters, Female Husbands: Gender and Sex in an African Society, Londres: Zed Press, 1987, ISBN 0-86232-595-1. St. Martin’s Press, 1990. (em inglês)
- Re-inventing Africa: Matriarchy, Religion and Culture, Interlink Publishing Group, 1997, ISBN 1-85649-534-5 (em inglês)
- The Politics of Memory: Truth, Healing, and Social Justice (edited, with Abdullahi A. An-Na’im), London: Zed Books, 2000. ISBN 978-1856498432ISBN 978-1856498432 (em inglês)
- Daughters of the Goddess, Daughters of Imperialism: African Women Struggle for Culture, Power and Democracy, London: Zed Books, 2000. ISBN 978-1856498067ISBN 978-1856498067 (em inglês)
Referências
- ↑ «DINFA | Poetry | Amadiume, Ifi (Dr)». dinfa.studiesonafrica.com (em inglês). Consultado em 28 de abril de 2022
- ↑ «Download Afrikan Matriarchal Foundations: The Igbo Case ePub eBook @MARC.ASPEN.ALTERNATIVECONSTRUCTION.FR» (PDF). marc.aspen.alternativeconstruction.fr (em inglês). Consultado em 28 de abril de 2022
- ↑ a b c Margaret Busby ed. (1992), "Ifi Amadiume", in Daughters of Africa (em inglês), pp. 632–637. Consultado em 28 de abril de 2022.
- ↑ «Katarina Leppänen – Modern Matriarchal Studies» (em sueco). Consultado em 28 de abril de 2022
- ↑ Johnson, Katherine (2014), Teo, Thomas, ed., «Queer Theory», ISBN 978-1-4614-5583-7, New York, NY: Springer, Encyclopedia of Critical Psychology (em inglês): 1618–1624, doi:10.1007/978-1-4614-5583-7_592.pdf, consultado em 28 de abril de 2022
- ↑ «Male Daughters, Female Husbands» (em inglês). Consultado em 28 de abril de 2022. Arquivado do original em 24 de dezembro de 2014
- ↑ Obbo, Christine (29 de maio de 2020). «Reinventing Africa: matriarchy, religion and culture by IFI AMADIUME London and New York: Zed Press, 1998, £39.95, £14.95 (pbk.)». The Journal of Modern African Studies (em inglês). 37 (3): 507–580. ISSN 1469-7777. doi:10.1017/S0022278X99273077. Consultado em 28 de abril de 2022
- ↑ Gaunt, Philip, Festac '77 - Lagos Festival (em inglês), consultado em 28 de abril de 2022
- ↑ Walsh, Peter (25 de maio de 2006). «Full circle: Amadiume wins Flora Nwapa Society Award for new book». Vox of Dartmouth (em inglês). Consultado em 28 de abril de 2022. Arquivado do original em 17 de junho de 2006
- ↑ «Quarterly Journal of the Centre for Democracy & Development Vol 5» (PDF). Centre for Democracy and Development (em inglês). Março de 2005. Consultado em 28 de abril de 2022
- ↑ Marie Umeh, "Amadiume, Ifi", in Jane Eldridge Miller (ed.), Who's Who in Contemporary Women's Writing (em inglês), Routledge (2001).
- ↑ C. T. Gibb, "Deconstructing African History", The Journal of African History (em inglês), vol. 40, no. 1 (1999), pp. 166–167.
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
- Biografia (em inglês)
- Centro para Democracia e Desenvolvimento (em inglês)
