Lactobacillus plantarum

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Como ler uma infocaixa de taxonomiaLactobacillus plantarum
Taxocaixa sem imagem
Classificação científica
Reino: Bacteria
Filo: Firmicutes
Classe: Bacilli
Ordem: Lactobacillales
Família: Lactobacillaceae
Género: Lactobacillus
Espécie: L. plantarum
Nome binomial
Lactobacillus plantarum
(Orla-Jensen, 1919)
Bergey et al. 1923
Sinónimos
  • Lactobacillus plantari
  • Lactobacterium plantarum
  • Streptobacterium plantarum

Lactobacillus plantarum é um espécie de bactéria do género Lactobacillus da família Lactobacillaceae, capaz de realizar fermentação láctica. A espécie é um dos principais responsáveis pelo processo produtivo do chucrute[1][2] e de outros alimentos fermentados,[3] nomeadamente a farinha de polvilho azedo.[4][5]

Descrição[editar | editar código-fonte]

Lactobacillus plantarum está presente na saliva humana, da qual a espécie foi isolada, sendo comum em diversos produtos fermentados. Apresenta a capacidade de liquefazer a gelatina.[6]

O genoma de L. plantarum é um dos mais conhecidos entre os genomas de bactérias ácido lácticas.[5] A variedade Lactobacillus plantarum 3547 (Lp3547) tem aplicações no campo dos alimentos probióticos, podendo ser publicitada como tal na União Europeia.[7]

Lactobacillus plantarum é também utilizado como conservante de alimentos, sendo que entre a diversidade de microorganismos que se encontram nos alimentos naturais ou processados, as bactérias lácticas formam um grupo especial. Estas bactérias podem ocorrer nos alimentos como habitat de forma natural, ou ser adicionadas intencionalmente com fins de conservação.[8] Neste casos, o efeito inibidor da bactéria deve-se a factores como a redução do pH, produção de ácidos orgânicos, produção de bacteriocinas e boa capacidade de aderência à mucosa intestinal dos mamíferos que permite competir por espaço.[9]

Lactobacillus plantarum é uma bactéria homofermentativa. Fermenta amigdalina, celobiose, salicina, sacarose, melezitose e manitol, mas também melibiose e rafinose e por vezes ramnose. Não fermenta inositol, sorbose ou glicerol.[10]

Referências

  1. Harris, L.J.; H.P. Fleming and T.R. Klaenhammer (1992) Novel paired starter culture system for sauerkraut, consisting of a nisin-resistant Leuconostoc mesenteroides strain and a nisin-producing Lactococcus lactis strain; Applied and Environmental Microbiology 58 (5): 1484-1489.
  2. http://aem.asm.org/cgi/content/abstract/58/5/1484
  3. http://www.pnas.org/content/100/4/1990.long
  4. https://repositorio.ufsc.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/91543/269441.pdf?sequence=1&isAllowed=y
  5. a b Kleerebezem, Michiel; et al. (2003). "Complete genome sequence of Lactobacillus plantarum WCFS1"; PNAS 100 (4): 1990–1995.
  6. Niedzielin, K.; H. Kordecki & B. Birkenfeld (2001) "A controlled, double-blind, randomized study on the efficacy of Lactobacillus plantarum 299V in patients with irritable bowel syndrome"; European Journal of Gastroenterology & Hepatology 3 (10):1143-1147.
  7. EFEFUTURO (12 de julho de 2014). «Una empresa española patenta el primer probiótico beneficioso para la salud». Consultado em 14 de julho de 2014 
  8. Pérez, M.L., y Ramírez, N. L. (2007). «Utilización de bacterias lácticas termoresistentes como probióticos en productos cárnicos cocidos.» (PDF). Rev NACAMEH, Vol.1 (No.2) ,87-96. Consultado em 17 de Novembro de 2016 
  9. Gámez, H., Jarrín, V., y Parreño, J. (2015). «CRECIMIENTO DE L. plantarum Y EFECTO SOBRE E. coli, S. typhimurium, C. perfringens, Y S. aureus.». Biotecnología en el Sector Agropecuario y Agroindustrial Vol 13, No. 2 (57-66) . Consultado em 17 de Novembro de 2016 
  10. DOROTHY M. WHEATER (1955). «The Characteristics of Lactobacillus plantarum, L. helveticus and L. casei» (PDF). National Institute for Research in Dairying, University of Reading, Microbial. 12, 133-139. Consultado em 17 de novembro de 2016