Luiz Braga

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Luiz Braga
Luiz Braga
Nascimento 1956 (68 anos)
Belém (Brasil)
Cidadania Brasil
Ocupação artista visual, fotógrafo
Página oficial
http://www.luizbraga.com.br/

Luiz Otávio Salameh Braga (Belém, 1956)[1], conhecido por Luiz Braga, é um fotógrafo e artista visual brasileiro reconhecido pelo seu trabalho com a cultura visual da Amazônia e expertise na manipulação de luz e cores.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Filho de médico psiquiatra, Luiz Braga cresceu rodeado de elementos culturais. Ganhou do pai um violino aos 10 anos, e aos 11, ganhou uma câmera Start B, imitação polonesa da Rolleiflex, de Raul Aguilera, um amigo da família.[1][2][3][4][5]

Na década de 1970 passou a atuar profissionalmente como fotógrafo, criando o próprio estúdio em 1975[6][7] e, em 1978, começou a trabalhar no jornal O Estado do Pará, e criou o tabloide Zeppelin, onde foi editor e fotógrafo até 1980.[1] Luiz se graduou no curso de Arquitetura pela Universidade Federal do Pará (UFPA), em 1983.[1][8][9]

Até 1981, Luiz fotografou principalmente em preto e branco, mas, em 1982, integrou o projeto Visualidade Popular na Amazônia, promovido pela Funarte, que o levou a registrar a Amazônia e explorar a fotografia colorida.[1][10] Desse projeto saiu a série "A Margem do Olhar", obra que lhe rendeu o prêmio Marc Ferrez de 1988.[3]

Em 2004, junto com o curador Paulo Herkenhoff, desenvolveu uma técnica de night vision. Insatisfeito com as fotos coloridas das novas câmeras digitais, decidiu usar o recurso de night shot durante o dia. O resultado foi uma imagem esverdeada e granulada, o processo culminou na série "Fé em Deus". Após quinze anos, rebatizou a técnica para Mapa do Éden, inspirado pelos textos de João de Jesus Paes Loureiro.[3][11]

Em 2009, foi um dos dois representantes do Brasil na 53ª Bienal de Veneza, por conta de sua abordagem original da Amazônia e expertise no uso de cores, fatores pelo qual é reconhecido internacionalmente.[5][10][12]

Em 2014, o curador Diógenes Moura organizou a mostra "Retumbante Natureza Humanizada" com cem fotografias inéditas de Luiz Braga, com essa exposição Luiz ganhou o Prêmio APCA de 2014 na categoria Fotografia.[7][13]

O Instituto Tomie Ohtake, com curadoria de Paulo Miyada e Priscyla Gomes, realizou, em 2021, uma exposição inédita reunindo os retratos em cores feitos por Luiz Braga nas últimas quatro décadas, ressaltando sua técnica e relevância na cultura amazônica.[14][15]

Prêmios[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d e f g «Luiz Braga | Enciclopédia Itaú Cultural». Enciclopédia Itaú Cultural. 6 de janeiro de 2021. Consultado em 30 de setembro de 2021 
  2. Jota, Patricia (19 de dezembro de 2011). «Fotógrafo Luiz Braga fala de seu percurso, suas invenções e reinvenções». Exame. Consultado em 10 de novembro de 2021. Cópia arquivada em 10 de novembro de 2021 
  3. a b c d Galina, Décio (18 de outubro de 2020). «Fotógrafo Luiz Braga mergulha em sua ancestralidade indígena». Forbes. Consultado em 14 de fevereiro de 2022. Cópia arquivada em 4 de março de 2021 
  4. Moulatlet, Ana Luiza (9 de abril de 2008). «O paraense Luiz Braga foge do rótulo dos fotógrafos amazônicos». Portal Imprensa. Consultado em 14 de fevereiro de 2022 
  5. a b c Lopes, Débora (20 de junho de 2017). «As cores da Amazônia de Luiz Braga». VICE. Consultado em 14 de fevereiro de 2022. Cópia arquivada em 13 de maio de 2021 
  6. Vasquez, Pedro. «Biografia Luiz Braga». Funarte - Brasil Memória das Artes. Consultado em 14 de fevereiro de 2022. Cópia arquivada em 11 de junho de 2020 
  7. a b Stoffa, Felipe (16 de setembro de 2016). «Exposição Retumbante Natureza Humanizada apresenta em Belém trabalhos do acervo pessoal do fotógrafo». Select Art. Consultado em 14 de fevereiro de 2022. Cópia arquivada em 4 de dezembro de 2020 
  8. «Luiz Braga - Galeria Leme». Galeria Leme. Consultado em 30 de setembro de 2021 
  9. Medeiros, Afonso (Dezembro de 2016). «Luiz Braga: percursos entre a criação e a fruição». Associação Brasileira de Críticos de Arte. Consultado em 15 de fevereiro de 2022 
  10. a b «Luiz Braga - PIPA Prize». Prêmio PIPA. Consultado em 15 de fevereiro de 2022. Cópia arquivada em 15 de fevereiro de 2022 
  11. «Por trás da foto: a força da floresta amazônica revelada pelo fotógrafo paraense Luiz Braga». Revista Zum. 21 de janeiro de 2020. Consultado em 15 de fevereiro de 2022. Cópia arquivada em 26 de janeiro de 2021 
  12. «Luiz Braga se destaca na Bienal de Veneza deste ano». Glamurama. 2009. Consultado em 14 de fevereiro de 2022 
  13. a b Aguinaldo Cristofani Ribeiro da Cunha (org.) (2017). APCA 60 Anos. São Paulo: Monolito. p. 58. ISBN 978-85-66275-15-5 
  14. «Luiz Braga: Máscara, espelho e escudo». Instituto Tomie Ohtake. 2021. Consultado em 14 de fevereiro de 2022. Cópia arquivada em 14 de agosto de 2021 
  15. «Uma forma própria de colorir: 'Luiz Braga: Máscara, espelho e escudo' traz um conjunto de retratos feitos pelo fotógrafo nos últimos 40 anos». Carta Campinas. 15 de setembro de 2021. Consultado em 14 de fevereiro de 2022. Cópia arquivada em 16 de setembro de 2021 
  16. Secult, Ascom (13 de dezembro de 2019). «Prêmio Chico Albuquerque de Fotografia: solenidade de entrega acontece dia 17». Ceará | Governo do Estado. Consultado em 4 de outubro de 2021 
  17. «Conheça os projetos selecionados no Rumos 2017-2018». Itaú Cultural. 28 de maio de 2018. Consultado em 18 de outubro de 2021 
  18. Paiva, Vitor (9 de março de 2020). «A fotografia poética de Luiz Braga e um Brasil que teima em existir». Hypeness. Consultado em 14 de fevereiro de 2022. Cópia arquivada em 29 de dezembro de 2021 
  19. «MAM apresenta 14ª edição do Salão da Bahia». Secretaria de Comunicação Social do Estado da Bahia. 18 de dezembro de 2007. Consultado em 4 de outubro de 2021. Cópia arquivada em 5 de outubro de 2021 
  20. «1991 Leopold Godowsky, Jr. Color Photography Awards». Photographic Resource Center at Boston University. 2002. Arquivado do original em 1 de maio de 2006 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]