Mónica Calle

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Mónica Calle
Nascimento 05 de setembro de 1966 (57 anos)
Madrid
Nacionalidade Portugal Portugal
Ocupação Atriz,Encenadora

Mónica Calle (Madrid, 5 de Setembro de 1966) é uma actriz e encenadora portuguesa, premiada pela Sociedade Portuguesa de Autores e pela Associação Portuguesa de Críticos de Teatro.

Percurso[editar | editar código-fonte]

Os criadores que mais marcaram a sua trajectória no teatro foram Pina Bausch (coreógrafa) e Tadeusz Kantor (encenador e teórico).

Em 1992 funda o grupo de teatro Casa Conveniente. O primeiro espetáculo foi "Virgem Doida". "Menina Júlia", "Jogos de Noite" e Os "Dias que nos Dão", de Luís Fonseca, e "Os Paraísos do Caminho Vazio de Rosa", de Liksom, marcaram a primeira década do grupo de teatro.

A Mónica Calle e ao dramaturgo Luís Fonseca juntaram-se mais tarde as atrizes Mónica Garnel e Ana Ribeiro e espetáculos como "Bar da Meia-Noite", "Três Irmãs - Que Importância é Que Isto Tem?" e "Um Dia Virá".

Em 2003 foi nomeada como melhor atriz de teatro nos Globos de Ouro. Em 2005 é nomeada como melhor atriz de cinema nos Globos de Ouro (SIC/Caras) pelo filmeA Costa dos Murmúrios.

Em 2010 fez O Filme do Desassossego, de João Botelho e em 2011 a curta-metragem A Divisão Social do Trabalho Segundo Adam Smith, realizada por Fátima Ribeiro. Foi nomeada para a XVII Gala dos Globos de Ouro, em 2012, pelo papel desempenhado na peça Recordações de uma Revolução, da Casa Conveniente.[1]

Em 2015 entra no filme Cinzento e Negro de Luís Filipe Rocha. Por esse papel foi nomeada aos Prémio Autores, CinEuphoria, Prémios Aquila e Globos de Ouro.

Em 2017 estreia-se no Teatro Nacional D. Maria II, com a peça "Ensaio para uma Cartografia"[2]. Regressa à televisão na telenovela "Paixão" da SIC.

Televisão[editar | editar código-fonte]

Fez parte do elenco de:

1999/2000 A Lenda da Garça Telenovela RTP [3]
2009/2010 Ele é Ela Série TVI [3]
2012 Maternidade Série RTP
2016 Os Boys Série RTP [4]
2017 Paixão Telenovela SIC

Filmografia[editar | editar código-fonte]

No cinema participou em longas e curtas-metragens: [4][5][6]

  • 1990 - O Pomar, curta-metragem de Luis Fonseca
  • 1992 - Lumen, curta-metragem

Teatro[editar | editar código-fonte]

Em teatro tem trabalhado como actriz e encenadora em várias peças:

  • 1992 - Virgem Doida, encenação de Amadeu Neves
  • 1994 - Jogos de Noite, encenada por ela
  • 1997 - Crónicas (CCB) encenada por ela, a partir de um texto de António Lobo Antunes [12]
  • 1998 - Os Paraísos do Caminho Vazio" (Culturgest), encenada por ela, texto de Rosa Liksom
  • 1999 - Os dias que nos dão, de Luís Fonseca, encenada por ela
  • 2000 - Bar da meia noite, encenada por ela a partir de textos de Fiama Hasse Pais Brandão
  • 2001 - As lágrimas amargas de Petra von Kant, texto de R.W. Fassbinder, encenada por ela [13]
  • 2002 - Três Irmãs que importância é que isto tem?, encenada por ela a partir de textos de Tchékhov [12]
  • 2003 - Un dia Virá, estreada no CCB, foi encenada por ela a partir de Beckett [14]
  • Luz Interior, de Mónica Calle em co-criação com Rita Só e Carlos Pimenta, a partir de textos de Peter Handke [15]
  • 2006 - Lar Doce Lar, no Festival WAY que decorreu no LUX em Lisboa [16]
  • 2007 - Este é o meu corpo, A Última Gravação de Krapp, Calle não só encenou como também intrepretou e desenhou o cenário e figurinos deste monólogo [17]
  • 2010 - Inferno, a partir de textos de August Strindberg [12]
  • 2012 - Recordações de uma Revolução, a partir da peça A Missão de Heiner Müller [18][19]
  • 2013 - Os Meus Sentimentos, criada a partir de textos de Dulce Maria Cardoso [20][21]
  • 2017 - Ensaio para uma Cartografia, espectáculo criado por Calle que se inspirou no texto de Bertolt Brecht, Os sete pecados mortais dos pequenos burgueses [22]
  • 2021 - A Carta [23][24]
  • 2021 - O Escuro que te Ilumina ou as Últimas Sete Palavras de Cristo [25]
  • 2021 - Noite Fechada, criada a partir de textos de Edgar Alan Poe e Fiama Hasse Pais Brandão [26]

Prémios[editar | editar código-fonte]

  • 1993 - Se7e de Ouro Revelação de Teatro (jornal Se7e)
  • 1993 - Prémio Actriz Revelação da Associação Portuguesa de Críticos de Teatro (APCT) por "Virgem Doida"
  • 2005 - Menção Especial da APCT por "Luz/Interior".
  • 2010 - Menção Especial da APCT à Casa Conveniente pelo trabalho desenvolvido ao longo de 2009.
  • 2012 - Prémio Autores SPA na categoria Teatro: Melhor espetáculo por Recordações de uma Revolução. [27]
  • 2012 - Menção Especial da APCT à Casa Conveniente pelo Ciclo Heiner Müller 2011. [27]
  • 2014 - Menção Especial "Os meus sentimentos" pela Associação Portuguesa de Críticos de Teatro

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Caras | Melhor Atriz Teatro: Mónica Calle». Caras. 16 de maio de 2012. Consultado em 11 de dezembro de 2021 
  2. «Visão | 'Ensaio para uma Cartografia': A liberdade da tentativa». Visão. 27 de março de 2017. Consultado em 11 de dezembro de 2021 
  3. a b «Caras | Melhor Atriz Teatro: Mónica Calle». Caras. 16 de maio de 2012. Consultado em 11 de dezembro de 2021 
  4. a b «Mónica Calle - Pessoas Cinema Português». cinemaportuguesmemoriale.pt. Consultado em 11 de dezembro de 2021 
  5. Nascimento, Frederico Lopes / Marco Oliveira / Guilherme. «Cinema Português - Mónica Calle». CinePT-Cinema Portugues. Consultado em 11 de dezembro de 2021 
  6. «Monica Calle». MUBI (em inglês). Consultado em 11 de dezembro de 2021 
  7. Nascimento, Frederico Lopes / Marco Oliveira / Guilherme. «Chuva». CinePT-Cinema Portugues. Consultado em 11 de dezembro de 2021 
  8. «Sombras – Um Filme Sonâmbulo - Filmes». cinemaportuguesmemoriale.pt. Consultado em 11 de dezembro de 2021 
  9. «CORAÇÕES PLÁSTICOS». icateca.ica-ip.pt. Consultado em 11 de dezembro de 2021 
  10. Portugal, Rádio e Televisão de. «A Divisão social do Trabalho Segundo Adam Smith - Filmes - RTP». www.rtp.pt. Consultado em 11 de dezembro de 2021 
  11. Morning Interim (2016) (em inglês), consultado em 11 de dezembro de 2021 
  12. a b c «A verdade de Mónica Calle, por inteiroA geração do meio». PÚBLICO. Consultado em 11 de dezembro de 2021 
  13. Rato, Vanessa. «O direito da vítima à opressão». PÚBLICO. Consultado em 11 de dezembro de 2021 
  14. total, Teatro. «Mónica Calle». PÚBLICO. Consultado em 11 de dezembro de 2021 
  15. Henriques, Joana Gorjão. «Peter Handke por Rita Só na Casa Conveniente». PÚBLICO. Consultado em 11 de dezembro de 2021 
  16. «João Vaz de Carvalho na Bedeteca». PÚBLICO. Consultado em 11 de dezembro de 2021 
  17. Municipal, São Luiz Teatro. «ESTE É O MEU CORPO: VARIAÇÕES SOBRE A ÚLTIMA GRAVAÇÃO DE KRAPP». Teatro São Luiz. Consultado em 11 de dezembro de 2021 
  18. «Caras | Melhor Peça/Espetáculo: 'Recordações de Uma Revolução'». Caras. 14 de maio de 2012. Consultado em 11 de dezembro de 2021 
  19. «Da prisão para os palcos de teatro». www.cmjornal.pt. Consultado em 11 de dezembro de 2021 
  20. «Mónica Calle - Leitores - Lisbon - NOC LITERATURY». www.literaturenights.eu. Consultado em 11 de dezembro de 2021 
  21. «O encontro de Monica Calle e Dulce Maria Cardoso». www.dn.pt. Consultado em 11 de dezembro de 2021 
  22. «Visão | "Ensaio para uma Cartografia": Mónica Calle põe 20 atrizes à prova». Visão. 11 de abril de 2018. Consultado em 11 de dezembro de 2021 
  23. «DGARTES apoia participação portuguesa no FIT - Cádiz 2021 | DG Artes». www.dgartes.gov.pt. Consultado em 11 de dezembro de 2021 
  24. «"Seria fácil fazer um discurso zangado, mas a revolução é não desistir uns dos outros". A última peça no D. Maria antes do confinamento». Jornal Expresso. Consultado em 11 de dezembro de 2021 
  25. «Ensaio – Mónica Calle: Entre a Luz e a Escuridão». Gerador. 30 de junho de 2021. Consultado em 11 de dezembro de 2021 
  26. TBA, Noite Fechada |. «Noite Fechada |». teatrodobairroalto.pt. Consultado em 11 de dezembro de 2021 
  27. a b «Autores». Companhia Maior. Consultado em 11 de dezembro de 2021