Mariblanca Sabas Alomá

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Mariblanca Sabas Alomá
Mariblanca Sabas Alomá
Nascimento 10 de fevereiro de 1901
Santiago de Cuba, Cuba
Morte 19 de julho de 1983 (82 anos)
Nacionalidade cubana
Progenitores Mãe: Belén Alomá Ciarlos
Pai: Francisco Sabas Castillo
Alma mater Universidade Columbia
Universidade de Puerto Rico
Universidade de Havana
Ocupação jornalista, escritora

Mariblanca Sabas Alomá (Santiago de Cuba, 10 de fevereiro de 1901 — ?, 19 de julho de 1983) foi uma feminista, jornalista e poetisa cubana. Ativista política, ela também foi ministra sem pasta[1] no governo cubano de Ramón Grau e Carlos Prio. Seus escritos foram dedicados à causa dos direitos das mulheres, particularmente o direito de voto.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Primeiros anos[editar | editar código-fonte]

Sabas Alomá nasceu em Santiago de Cuba em 1901. Seus pais eram Francisco Sabas Castillo e Belén Alomá Ciarlos. Ela estudou na Universidade de Havana, Universidade Columbia e Universidade de Porto Rico.[2] Membro fundador do Grupo Minorista, também atuou como presidente do Partido Democrata Sufragista e como editora do La Mujer.[3] Ela escreveu colunas nos periódicos esquerdistas Social e Carteles.[4] Para Carteles, ela escreveu uma série de artigos homofóbicos em 1928 sobre a homossexualidade feminina, identificando o lesbianismo como uma doença social.[5] Escreveu também para a Bohemia e Avance (1920-1930), em 1930 publicou o livro Feminismo - Cuestiones Sociales - Critica Literarea e fundou a revista Astral (1922). Sua poesia ganhou duas medalhas de ouro em 1923 nos Juegos Florales em Santiago de Cuba.[3] Em 1919, após a morte de seus pais, ela se mudou para Havana. Em 1923, Sabas Alomá participou do primeiro Congresso Nacional de Mulheres de Cuba.[5]

"Considero uma honra ter sido presa por ter lutado pelo bem do meu país. E algumas das melhores pessoas de Cuba estavam na prisão na época, então eu estava em boa companhia". (1949)[6]

Mariblanca Sabas Alomá

Últimos anos[editar | editar código-fonte]

Depois de trabalhar para vários jornais e revistas entre 1924 e 1927, ela tirou uma folga de sua carreira jornalística para prosseguir os estudos de arte e literatura no México, na Universidade Columbia e na Universidade de Porto Rico. Após seu retorno a Havana, ela trabalhou regularmente para os Carteles. Seus escritos criticavam os burgueses (a elite social) e os considerava como contribuintes para o sofrimento da maioria das mulheres. Ela recebeu o epíteto de "Feminista Vermelha" por seus escritos nos Carteles por causa de sua forte perspectiva feminista e suas inclinações esquerdistas.[3] Em seus escritos, ela protestou contra os estereótipos feministas, defendeu a nudez, rejeitou o elitismo e defendeu a revisão radical das categorias de masculinidade e feminilidade.[7] Ela serviu como ministra sem pasta em 1949.

Referências

  1. Hilton, Ronald (1951). Who's Who in Latin America: Part VII, Cuba, Dominican Republic and Haiti. [S.l.]: Stanford University Press. pp. 45–. ISBN 978-0-8047-0757-2. Consultado em 16 de maio de 2013 
  2. Martin, Percy Alvin; Cardozo, Manoel; Hilton, Ronald (1951). Who's who in Latin America: A Biographical Dictionary of Notable Living Men and Women of Latin America. [S.l.]: University Press. Consultado em 16 de maio de 2013 
  3. a b c K. L. Stoner (9 de maio de 1991). From the House to the Streets: The Cuban Woman’s Movement for Legal Reform, 1898–1940. [S.l.]: Duke University Press. pp. 89–90. ISBN 978-0-8223-1149-2. Consultado em 27 de abril de 2013 
  4. Pérez, Lisandro; Aragón, Uva de (1 de março de 2004). Cuban Studies. [S.l.]: University of Pittsburgh Press. pp. 84–. ISBN 978-0-8229-7080-4. Consultado em 26 de abril de 2013 
  5. a b Balderston, Daniel; Guy, Donna Jay (1997). Sex and Sexuality in Latin America. [S.l.]: New York University Press. pp. 174, 187–. ISBN 978-0-8147-1290-0. Consultado em 27 de abril de 2013 
  6. Mayer, Ben (23 de janeiro de 1949). «Cuban Senorita Makes Good as Cabinet Minister». Spartanburg Herald-Journal 
  7. Unruh, Vicky (3 de junho de 2009). Performing Women and Modern Literary Culture in Latin America. [S.l.]: University of Texas Press. pp. 137–. ISBN 978-0-292-77374-5. Consultado em 27 de abril de 2013 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]