Movimento Tea Party

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Um protesto do Tea Party diante do Capitólio dos EUA e do National Mall, em Washington, D.C., em 12 de setembro de 2009

O movimento Tea Party (em inglês: Tea Party movement, às vezes traduzido como Partido do Chá)[1] é um movimento social e político criado nos Estados Unidos em 2009. Tem sido descrito como populista,[2] ideologicamente ligado ao libertarianismo[3] e à direita.[4] Este grupo político trata-se de uma ala radical do Partido Republicano dos Estados Unidos, e não é considerado um partido em si apesar de contar com a adesão de boa parte dos Republicanos.[5]

O movimento surgiu a partir de uma série de protestos coordenados, tanto no nível local como nacional, que se realizaram a partir do início de 2009.[6][7][8] Os protestos foram, em parte, motivados por diversas leis federais, como o Plano de resgate econômico de 2008,[9] a Lei de Recuperação e Reinvestimento dos Estados Unidos de 2009[10][11] e a Lei de Proteção ao Paciente e Assistência Médica Acessível (reforma do sistema de saúde, popularmente conhecida como "Obamacare").[12] O movimento defende uma política fiscal conservadora e o originalismo, isto é, a interpretação do texto constitucional segundo o seu significado à época em que foi adotado.[13] De acordo com diversas pesquisas de opinião, cerca de 10% dos norte-americanos consideram-se parte do movimento.[14]

Origem e referências

A Bandeira de Gadsden é usada pelo movimento

O nome de "Tea Party" é uma referência ao Boston Tea Party de 1773 (Festa do Chá de Boston), uma ação direta dos colonos americanos de Boston, contra o governo britânico e a Companhia das Índias Ocidentais, que detinha o monopólio do chá que entrava nas colônias. No porto de Boston, um grupo de colonos abordou os navios carregados de chá e atirou a carga às águas, em protesto contra o monopólio e o imposto sobre o chá, que consideravam abusivo.[15]

Segundo o pesquisador Scott Rasmussen, as operações de bailout de instituições financeiras em dificuldades, durante as administrações Bush e Obama, foram o motivo da ascensão do Tea Party. Para Rasmussen, a ira do movimento se concentra em dois pontos: "Eles acreditam que a despesa, o défice e os impostos federais são muito altos, e acham que ninguém em Washington, D.C. os está ouvindo - e que este último ponto é muito, muito importante."[16]

O movimento não tem uma liderança central e resulta da adesão informal de grupos locais menores.[17] Cerca de 30% dos americanos apoiam o Tea Party [carece de fontes?]e suas opiniões coincidem, em linhas gerais, com as dos eleitores republicanos, de acordo com a análise de pesquisas feitas em março, maio e junho de 2010. [carece de fontes?] As principais propostas do movimento incluem a redução do tamanho do governo,[18] a diminuição de impostos,[19] do desperdício,[19] da dívida pública e do défice do orçamento federal ,[18] além do retorno à interpretação original da Constituição dos Estados Unidos.[20]

Ver também

Referências

  1. Resultados mixtos del ultraconservador Partido del Té , Publimetro, 2 de novembro de 2010.
  2. «What's Behind The New Populism?» NP5, 5 de fevereiro de 2010.
  3. Ekins, Emily (26 de setembro de 2011). «Is Half the Tea Party Libertarian?». Reason 
  4. Tea Party emplaca dois senadores. Estadão, 3 de novembro de 2010.
  5. Libertarians say Republicans have hijacked tea party movement The Raw History, David Edwards e John Byrne, Publicado: Quarta 15 de abril de 2009
  6. Servatius, David (6 de março de 2009). «Anti-tax-and-spend group throws "tea party" at Capitol». Deseret News. Consultado em June 16, 2009  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  7. «Angry Americans» (Paid subscription required). The Economist. 5 de março de 2009. Consultado em 25 de abril de 2010 
  8. Tapscott, Mark (19 de março de 2009). «Tea parties are flash crowds Obama should fear». The San Francisco Examiner. Consultado em 16 de junho de 2009 
  9. Barnes, Tom (8 de março de 2009). «Harrisburg Tea Party protests ongoing bailout». Local/State. post-gazette.com. Consultado em 9 de abril de 2010 
  10. Ferrara, Peter (15 de abril de 2009). «The Tea Party Revolution». The American Spectator. Consultado em 18 de junho de 2009 
  11. Seleny, Jeff (12 de setembro de 2009). «Thousands Rally in Capital to Protest Big Government». New York Times. Consultado em Sept 28, 2009  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  12. Evan McMorris-Santoro,"The Town Hall Dog That Didn't Bite", Talking Points Memo, DC, 5 de abril de 2010.
  13. El movimiento del Tea Party no sabe de lealtades partidarias.
  14. Karlyn Bowman; Jennifer Marsico (February 24, 2014). «As The Tea Party Turns Five, It Looks A Lot Like The Conservative Base». Forbes.com. Consultado em May 19, 2014  Verifique data em: |acessodata=, |data= (ajuda)
  15. Lepore, Jill (2010). The Whites of Their Eyes: The Tea Party's Revolution and the Battle over American History. [S.l.]: Princeton University Press. pp. 77–79. ISBN 978-0691150277 
  16. Dan Weil, "Rasmussen: Tea Party Shows Weakness of GOP Establishment,". Newsmax.com, 18 de setembro de 2010.
  17. 'Tea party' movement faces challenge of having no single leader, goal
  18. a b Gallup: Tea Party’s top concerns are debt, size of government
  19. a b Tea Party DC March: “Lower Taxes and Less Spending”
  20. Tea-ing Up the Constitution.

Ligações externas

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