Partido Democrata Cristão (1945)
Partido Democrata Cristão (1945–1965) | |
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Fundação | 9 de julho de 1945 |
Dissolução | 27 de outubro de 1965 |
Sede | Rua Anita Garibaldi, nº 5 – São Paulo[1] |
Ideologia | Democracia cristã Conservadorismo liberal Conservadorismo brasileiro Catolicismo político |
Espectro político | Centro-direita |
Sucessor | Durante o bipartidarismo: MDB (correntes) ARENA (correntes) Após a Lei nº 6.767: PDC(sucessor legal) PSDB(sucessor de facto) |
O Partido Democrata Cristão (PDC) foi fundado em São Paulo pelo professor da USP Antonio Ferreira Cesarino Júnior em 9 de julho de 1945. Teve expressão eleitoral média e filiados ilustres como Queirós Filho, Carlos Alberto Alves de Carvalho Pinto, André Franco Montoro, Plínio de Arruda Sampaio e o ex-presidente Jânio Quadros, tendo sido extinto pela Ditadura Militar instaurada em 1964, por meio do Ato Institucional Número Dois - o AI-2, de 27 de outubro de 1965.
Fundado sob os princípios da democracia cristã, notadamente em sua versão italiana (que passou a governar o país após o fim do fascismo), liderados pelo premier De Gasperi, e na versão alemã liderado por Konrad Adenauer.
O PDC era um partido conservador moderado, de oposição ao getulismo, sem apoio oficial da Igreja Católica[2], com majoritária expressão em São Paulo e sem grande impulso nas demais unidades da federação. Ganhou tal força regional graças à liderança populista de Jânio Quadros, que em 1953 se elegeu prefeito da capital paulista pelo PDC, tendo sido expulso pouco tempo depois por divergências com a cúpula partidária. Governou São Paulo por quatro anos (1959 a 1963, com Carvalho Pinto). Suas mais frequentes alianças eram com a União Democrática Nacional e o seu principal rival nas urnas era o Partido Social Progressista, comandado por Adhemar de Barros. O PDC conseguia seus melhores resultados na capital paulista, ao passo que o PSP era dominante no interior.
Na eleição presidencial de 1955, Juarez Távora, candidato da UDN, apoiado pelo PDC, ficou em 2º lugar, perdendo para Juscelino Kubitschek (PSD) e ficando na frente de Ademar de Barros (PSP) e Plínio Salgado (PRP).
Militaram no PDC políticos como Ney Braga, Plinio de Arruda Sampaio, Alvaro Valle, José Richa, Nelson Marchezan, Rômulo Marinho e outros, que se destacaram no período posterior ao da ditadura militar após 1964; Em 1960, o PDC elegeu o prefeito de Porto Alegre, Loureiro da Silva, derrotando o PTB. O PDC centrista sempre teve representação na Câmara dos Deputados, no período 1945-65, até sua dissolução pelo AI-2.
Em 1985, foi criado outro partido com o mesmo nome.
Fontes de pesquisa
[editar | editar código-fonte]- ALMANAQUE ABRIL 1986. 13ª edição. São Paulo, Editora Abril, 1986.
- ALMANAQUE ABRIL 1994. 21ª edição. São Paulo, Editora Abril, 1994.
Referências
- ↑ https://www.tse.jus.br/hotsites/registro_partidario/pdc/identificacao.htm
- ↑ «PARTIDO DEMOCRATA CRISTAO (1945) | CPDOC FGV». CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 26 de junho de 2018