Carvalho Pinto

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 Nota: Se procura pela rodovia Carvalho Pinto, veja Rodovia Governador Carvalho Pinto.
Carvalho Pinto
Carvalho Pinto
44.º Governador de São Paulo
Período 31 de janeiro de 1959
até 31 de janeiro de 1963
Vice-governador Porfírio da Paz
Antecessor(a) Jânio Quadros
Sucessor(a) Ademar de Barros
Ministro da Fazenda do Brasil
Período 21 de junho de 1963
até 19 de dezembro de 1963
Antecessor(a) Antônio Balbino
Sucessor(a) Hélio Bicudo
Dados pessoais
Nascimento 15 de março de 1910
São Paulo,SP
Morte 21 de julho de 1987 (77 anos)
São Paulo,SP
Nacionalidade brasileiro(a)
Primeira-dama Iolanda Carvalho Pinto[1]
Partido PDC

ARENA

Profissão Professor

Carlos Alberto Alves de Carvalho Pinto (São Paulo, 15 de março de 1910 — São Paulo, 21 de julho de 1987) foi um político brasileiro e 44.º governador do estado de São Paulo.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Filho de Virgílio de Carvalho Pinto e de Virgília Rodrigues Alves Carvalho Pinto, foi casado com Iolanda Amaral de Carvalho Pinto, com quem teve três filhos.

Sobrinho-neto de Rodrigues Alves, presidente da República Federativa do Brasil entre 1902 e 1906, Carvalho Pinto formou-se em direito em 1931 pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (FD-USP). Foi professor de Ciências das Finanças na Faculdade Paulista de Direito e Procurador do Município de São Paulo ao lado dos juristas Cássio Egídio de Queirós Aranha e Oswaldo Aranha Bandeira de Mello. Entre 1938 e 1945 foi assessor jurídico dos prefeitos Prestes Maia e Abraão Ribeiro. Nesse mesmo período foi professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), lecionando também Ciência das Finanças. Na década seguinte aproximou-se de Jânio Quadros , exerceu o cargo de Secretário das Finanças do Município de São Paulo em 1953 e entre 1955 e 1958 ; foi Secretário da Fazenda do Estado de São Paulo quando Jânio governou o estado de São Paulo. Sua atuação administrativa o credenciou como candidato ao governo do estado em 1958, sendo eleito com o apoio da coligação formada por PDC, UDN, PTN, PR e PSB, com um total de 1 312 017 votos (51% dos votos válidos), derrotando as candidaturas de Ademar de Barros (PSP) e Auro Soares de Moura Andrade (PST).

Governador de São Paulo[editar | editar código-fonte]

Seu governo, que decorreu de 1959 a 1963, orientou-se pelas diretrizes delineadas no seu PAGE (Plano de Ação do Governo do Estado). Tendo como um de seus principais secretários Plínio de Arruda Sampaio, foi o primeiro governador a estabelecer um planejamento orçamentário dos vários setores da administração pública. Iniciou a construção da Usina Hidrelétrica de Urubupungá, projetou as usinas Mário Lopes Leão, de Promissão, Paraitinga-Paraibuna e Usina Hidrelétrica Governador Pedro Viriato Parigot de Souza, de Capivari.

Além disso, realizou obras na Usina Hidrelétrica de Limoeiro, Usina Hidrelétrica de Euclides da Cunha, Usina Hidrelétrica Barra Bonita, Usina Hidroelétrica Armando Avellanal Laydner, Usina Hidrelétrica de Bariri, Usina Hidrelétrica de Caconde (originalmente chamada Graminha) e Usina Hidrelétrica de Chavantes. Criou a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e a Faculdade de Medicina de Botucatu, posteriormente incorporada à Universidade Estadual Paulista(Unesp).

Ministro e Senador[editar | editar código-fonte]

Findo o seu mandato de governador, foi ministro da Fazenda durante a fase presidencialista do Governo João Goulart, em 1963. Exerceu a função por poucos meses, não resistindo à pressão dos radicais que cercavam o presidente.

Mausoléu da Família Carvalho Pinto no Cemitério da Consolação.

Instaurado o Regime Militar ingressou na Aliança Renovadora Nacional (ARENA) e foi eleito senador da República por São Paulo em 1966, sendo derrotado por Orestes Quércia do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) ao tentar a reeleição em 1974. Após a derrota no pleito, afastou-se definitivamente da vida pública.

Morreu em 1987, está sepultado no mausoléu da família no Cemitério da Consolação, junto com seus pais e irmãos.

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Paulo Planet Buarque (18 de setembro de 1958). «Nada prometo porque não sou homem de promessas». A Gazeta Esportiva. Consultado em 22 de maio de 2021 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Fonte: Dicionário Histórico Biográfico Brasileiro pós 1930. 2ª ed. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 2001

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Precedido por
Jânio Quadros
Governador de São Paulo
1959 — 1963
Sucedido por
Ademar de Barros
Precedido por
Francisco Clementino de San Tiago Dantas
Ministro da Fazenda do Brasil
1963
Sucedido por
Ney Neves Galvão