Benjamin Eurico Cruz

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Benjamin Eurico Cruz
Nascimento 2 de maio de 1915
Rio de Janeiro, Brasil
Morte 1 de julho de 1992 (77 anos)
Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Progenitores Pai: Eurico Cruz
Alma mater Universidade Federal do Rio de Janeiro
Ocupação advogado

Benjamim Eurico Cruz (Rio de Janeiro, 2 de maio de 1915 – Rio de Janeiro, 1 de julho de 1992) foi um advogado que fez toda a sua carreira no ministério público do trabalho, ministro do trabalho e previdência social e político brasileiro.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Estudou na Escola Deodoro da Fonseca, no Colégio Batista da Tijuca, e no Colégio Mallet Soares nos bairros cariocas da Glória,Tijuca e Copacabana, respectivamente.

Bacharelado em Direito pela Universidade do Brasil, na turma de 1937. Inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil, seção Rio de Janeiro, então Distrito Federal. Integrou a turma de 1955 da Escola Superior de Guerra, ESG.[2]

Em 1941 começou sua carreira como procurador da Justiça do Trabalho, nomeado por Getúlio Vargas. Inicialmente em São Paulo, sendo um dos que fundaram este ramo do Judiciário Brasileiro, ao lado de Arnaldo Lopes Süssekind, Brígido Tinoco e Evaristo de Moraes Filho. Mais tarde, foi transferido para o Rio de Janeiro, onde chegou a Procurador Regional do Trabalho.

Foi nomeado diretor do Departamento de Organização e Assistência Sindical (DOAS) e conselheiro da Comissão do Imposto Sindical em 1961. No ano seguinte, passou a presidir esta Comissão. Também dirigiu o DNT, Departamento Nacional do Trabalho. Negociou e obteve solução para muitas greves que se desenvolveram neste período, como a dos bancários e dos trabalhadores da Companhia Nacional de Álcalis.[3] Assumiu o posto de Ministro do Trabalho e da Previdência no gabinete presidido por Hermes Lima, em 4 de dezembro de 1962, durante o período parlamentarista do Governo do Presidente João Goulart, Jango (cf.Folha de S. Paulo e O GLOBO, op. cit.), na vaga deixada por João Pinheiro Neto.

Sua nomeação encerrou uma crise, que havia se iniciado, quando o ministro anterior, João Pinheiro Neto, acusou abertamente Lincoln Gordon, o então embaixador em Washington Roberto Campos e Otávio Gouveia de Bulhões (diretor da Superintendência da Moeda e Crédito)de subordinarem o Brasil às políticas do Fundo Monetário Internacional[4].

Enquanto ser humano e ministro, passou à história, ao ser distinguido pelo cronista Nelson Rodrigues , (op. cit.),"...sem pose, sem afetação, sem casaca, um homem cuja bondade estarrecia. Como era de uma qualidade pessoal e humana raríssima e escandalosa passou pouco tempo. ...".[5].

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • BARBOZA DA SILVA, Marília T., e Arthur L. de Oliveira Filho, "Cartola os tempos idos", 3.ed, 220 p. (Coleção MPB 10) edição, Rio de Janeiro, RJ.: Funarte, 1997.
  • CPDOC, Fundação Getúlio Vargas, "Dicionário Histórico Biográfico Brasileiro pós 1930." 2ª ed. Rio de Janeiro, RJ.: Ed. FGV, 2001
  • DIARIO OFICIAL da UNIÃO, BRASIL, República Federativa do , Imprensa Nacional, Poder Executivo, legislação referida acima, diversas edições 1962/3, Brasília, DF.
  • Folha de S. Paulo, edições de 5,6, e 7 de dezembro de 1962, primeira página, uma delas com foto, com chamadas para outras matérias, primeiro caderno.São Paulo - SP: Jornal , digitalizado, consultado, via, "internet" dia 16/5/2014.
  • HORA, Mário, "Foi o primeiro a fixar no romance o drama das secas", artigo publicado na edição de 18 de setembro de 1950, primeira e segunda página. Rio de Janeiro - RJ: Jornal O Globo.
  • Jornal do Brasil, edição de 5 de dezembro de 1962, primeiro caderno, 1a.página, Rio de Janeiro, RJ..
  • Jornal do Brasil, edição de 6 de julho de 1992, primeiro caderno, página 22, Rio de Janeiro, RJ..
  • O Globo, edição de 5 de dezembro de 1962, primeiro caderno, página 23, Rio de Janeiro, RJ..
  • O Globo, edição de 2 de julho de 1992, primeiro caderno, página 12, Rio de Janeiro, RJ..
  • RODRIGUES, Nelson, Cap. 39 "O contínuo de sí mesmo", pág.207, in " O óbvio ululante as primeiras confissões" 444 pp., originariamente publicada no diário carioca O Globo, em 27/3/1968, Rio de Janeiro, RJ.: Agir Ed., 2007.
  • TINOCO, Brígido, "O boi e o padre", 257 p. 1a. edição, Brasília,DF.: Senado Federal, 1990.

Precedido por
João Pinheiro Neto
Ministro do Trabalho e Previdência Social do Brasil
1962 - 1963
Sucedido por
Almino Monteiro Álvares Afonso