Solar do Marquês do Lavradio

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Solar do Marquês do Lavradio
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Arquitetura colonial (en)
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O Solar do Marquês do Lavradio é um edifício do séc. XVIII situado na Zona Central do município do Rio de Janeiro, na Lapa, Rua do Lavradio, nº 84. Em 1967 o histórico edifício foi cedido à la Sociedade Brasileira de Belas Artes (SBBA).

História[editar | editar código-fonte]

Construído em 1777 em estilo colonial, como residência do Vice-Rei do Brasil ao Marquês do Lavradio, este palácio foi erecto a mando do 3º Vice-Rei do Brasil Colônia, segundo Marquês do Lavradio, durante a transferência da Capital de Salvador para o Rio de Janeiro.[1]

Ao longo dos anos o palácio abrigou o Tribunal da Relação (1808), o Tribunal do Desembargo, (1812), o Senado Federal (1831) e o Tribunal de Justiça (1833). Foi também ocupado por outros órgãos do como o Instituto Felix Pacheco e o Departamento de Ordem Política e Social. Depois de ter sido fechado durante muitos anos, no 1967 o Solar do Marquês do Lavradio foi cedido pelo governo fluminense a la Sociedade Brasileira de Belas Artes.[2]

Em 1985 o palácio foi tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural.[3][4]

Renovado entre 2010 e 2014 com um proceso de restauração que envolveu o Instituto Estadual do Patrimônio Cultural, a Universidade Federal Fluminense, a Sociedade Brasileira de Belas Artes e empresas da construção, o Solar do Marquês do Lavradio é um dos marcos da Zona Central do Rio de Janeiro.

Arquitetura[editar | editar código-fonte]

O Solar do Marquês do Lavradio foi originalmente construído em estilo colonial e após uma reforma em 1894, adquiriu a composição eclética atual. Tem cerca de mil metros quadrados, possui base de pedra e enormes colunas de estilo jônico.[5][6][7]

Possui telhado com um grupo de esculturas em ferro fundido. São quatro alegorias realizadas pela Fundição Durenne (Antoine Durenne) na França e instaladas no Solar no século XX. Duas delas representa a Justiça, onde uma traz o cetro e a tábua das leis e a outra porta a espada e a balança. As outras duas alegorias são da Paz, com um caduceu e um ramo de oliveira, e a Astronomia, segurando um globo e um compasso.[5][8][9]

Restauração[editar | editar código-fonte]

O Solar do Marquês do Lavradio possuía uma estrutura interna muito antiga e danificada por cupins, o que obrigou que telhado, pisos e forros fossem refeitos durante o processo de restauração. Os banheiros foram modernizados, assim como parte hidráulica e elétrica foram revisadas. Algumas divisórias internas foram removidas para poder adequar o local para os cursos de arte. Também foram incorporados elevadores para garantir a acessibilidade.[5][10]

Como o imóvel passou por várias intervenções anteriores, elementos de diferentes épocas foram mantidos, como os ladrilhos hidráulicos de uma reforma feita no início do século XIX, fragmentos de uma antiga pintura realizada em torno dos anos de 1830 e antigos azulejos do começo do século XX.[10][11]

As obras de restauro iniciaram em 2010 e envolveram um orçamento de quase seis milhões de reais.[10]

Referências

  1. Guia cultural do centro histórico do Rio de Janeiro
  2. Centro Artistico Juventas (Sociedade Brasileira de Belas Artes)
  3. Instituto Estadual do Patrimônio Cultural de Rio de Janeiro - Inepac
  4. Guida Cultural do Centro Histórico de Rio de Janeiro
  5. a b c «INEPAC». www.inepac.rj.gov.br. Consultado em 5 de maio de 2021 
  6. wparquitetura (16 de abril de 2016). «Solar do Marquês do Lavradio». GUIA DO ANDARILHO URBANO. Consultado em 5 de maio de 2021 
  7. «O GUIA LEGAL = SITE DE PESQUISAS, INFORMAÇÕES E ENCONTRO DOS GUIAS DE TURISMO DO RIO DE JANEIRO». www.oguialegal.com. Consultado em 5 de maio de 2021 
  8. «L'Astronomie – Solar do Marquês do Lavradio – Rio de Janeiro | E-monumen». e-monumen.net (em francês). 21 de fevereiro de 2015. Consultado em 5 de maio de 2021 
  9. orioqueorionaove (31 de outubro de 2012). «Sociedade Brasileira de Belas Artes». O RIO QUE O RIO NÃO VÊ. Consultado em 5 de maio de 2021 
  10. a b c «rioecultura - Solar Marquês do Lavradio - Sociedade Brasileira de Belas Artes». www.rioecultura.com.br. Consultado em 5 de maio de 2021 
  11. Korytowski, Ivo (6 de junho de 2015). «LITERATURA, RIO DE JANEIRO & SÃO PAULO: SOCIEDADE BRASILEIRA DE BELAS ARTES, ANTIGO SOLAR DO MARQUÊS DE LAVRADIO». LITERATURA, RIO DE JANEIRO & SÃO PAULO. Consultado em 5 de maio de 2021 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • HILLAL, Therezinha. Renacer da Fhoenix, Nos 105 Anos de Arte Sociedade Brasileira de Belas Artes SBBA, Editora Comunità LTDA, Niterói, RJ, 2015
  • INEPAC Sociedade Brasileira de belas Artes.
  • FARIA COUTO, André Luiz. Graduação em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF).
  • RUBENS, Carlos. Pequena História das Artes Plásticas no Brasil. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1941. (pp. 376–378)

Ligações externas[editar | editar código-fonte]