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Escola Secundária Gil Vicente
AEGV
Informação
Localização Rua da Verónica nº 37 - 1170-384, Lisboa
Tipo de instituição Ensino Básico e Secundário
Fundação 1914
Lema É Gil, É Gil, É Gil Vicente
Diretor(a) Adriana Guerreiro
Página oficial
aegv.edu.pt

A Escola Secundária Gil Vicente, anteriormente denominada como Liceu Gil Vicente, é a sede do Agrupamento de Escolas Gil Vicente "que assume plenamente essa missão". Tem uma população escolar multicultural e está situado no bairro da Graça numa das zonas mais populares, e agora turísticas, de Lisboa, entre Alfama e o Castelo, nas freguesias de São Vicente e de Santa Maria Maior. Foi fundada em 20 de novembro de 1914, enquanto secção de São Vicente no Liceu Central de Passos Manuel.

O agrupamento escolar, atualmente dirigido pela professora Adriana Guerreiro, engloba a Escola EB23/ES Gil Vicente, a Escola Básica e o Jardim de Infância de Santa Clara e a Escola Básica e o Jardim de Infância do Castelo.

História[editar | editar código-fonte]

Tudo começou com a Secção de São Vicente no Liceu Central de Passos Manuel que veio resolver o problema dos excedentes da população escolar de Lisboa. Em 1914, as autoridades portuguesas fixaram a lotação dos liceus centrais de Lisboa em 2400 alunos, deixando por matricular cerca de 250 alunos. Depois da realização de algumas obras de adaptação do ex-paço patriarcal, as aulas começaram a 20 de Novembro de 1914 com a frequência de 241 alunos distribuídos em três classes.

O Liceu Gil Vicente[editar | editar código-fonte]

Em 1915, cria-se um Liceu Central com o nome de Gil Vicente. Na sua origem, é de frequência masculina, mas, a partir de 1916/1917, verificam-se as primeiras inscrições femininas.

Em 1917, a orientação pedagógica seguida pelo liceu reforçou a componente prática no ensino prático, dando maior peso a disciplinas como Física, Química, Ciências Naturais, Geografia, Línguas Vivas, Trabalhos Manuais e Canto Coral. Alguns anos mais tarde, em 1926, o liceu reduziu o número de anos de estudo de sete para seis: os primeiros cinco anos passam a constituir o Curso Geral e os Cursos de Letras e de Ciências (um ano) são preparatórios para o Ensino Superior, não havendo exame no final.

No ano letivo de 1929-1930, o Governo manda aplicar no Liceu Gil Vicente a separação de sexos, determinando que sejam enviados para o Liceu Maria Amália Vaz de Carvalho os processos das alunas matriculadas. Paralelamente, foram definidas as zonas de influência pedagógica respeitantes ao Curso Geral dos Liceus de Lisboa, ficando o Gil Vicente com toda a zona oriental de Lisboa, que englobava as freguesias dos Anjos, Beato, Castelo, Graça, Madalena, Olivais, Pena, Penha de França, Santa Engrácia, Santo Estevão, São Cristóvão, São Jorge de Arroios, São Julião, São Miguel, São Nicolau, São Tiago, e Socorro.

Com o passar dos anos, a escola torna-se um dos estabelecimentos de ensino prestigiados de Lisboa. A sua reputação faz-se na base na ação dos reitores e do corpo docente. Ao longo da história, destacam-se algumas pessoas de referência como o primeiro reitor, Gastão Correia Mendes, mas também outros nomes como o reitor Abel Ferreira Loff, o reitor Francisco Dias Agudo, que impulsionou a Associação de Estudantes e estimulou a criação da Associação dos Antigos Alunos do Liceu de Gil Vicente (1937).

​No final da década de 1930, já em pleno Estado Novo, novas políticas educativas trouxeram alterações ao funcionamento do ensino liceal. O curso liceal é consolidado nos sete anos de escolaridade, divido em três ciclos. Surge a Educação Moral e Cívica como disciplina obrigatória.

O ano letivo de 1949/1950 iniciou-se nas novas instalações, situadas na Rua da Verónica, na Graça, projetadas pelo arquiteto José Costa e Silva e inauguradas em janeiro de 1949. Naquele ano, matricularam-se cerca de 700 alunos, num total de 22 turmas. No mesmo período, o reitor David Ferreira Pacheco cria salas de estudo para melhorar o sucesso escolar.

A partir do ano letivo de 1959/1960, o aumento da população escolar, muito por culpa do início do processo de desertificação do Interior do país, obriga ao regime de desdobramento, com horário desfasado. Espaços destinados a outras funções são rapidamente adaptados a salas de aula. Decorrente da Reforma de Veiga Beirão, o curso noturno é organizado, dez anos depois, em 1970/1971.

De entre os professores que lecionaram na escola, devem ser referidos os nomes de Leonardo Coimbra, Francisco Newton de Macedo, Urbano Canuto Soares, Delfim Santos, José Gonçalo Santa Rita, Frederico Freitas, Joaquim Martins Barata ou Mário Soares, entre muitos outros.

A Escola Secundária Gil Vicente[editar | editar código-fonte]

Depois do 25 de Abril, a escola voltou a ter jovens dos dois sexos. No ano letivo de 1976/1977, matricularam-se cerca de 410 alunas.

Nestes últimos anos, assistiu-se ao encerramento dos cursos noturnos, mas redobrou-se o empenhamento da comunidade educativa na manutenção e dinamização das atividades escolares curriculares e extracurriculares, num espírito de abertura à comunidade. As instalações da escola foram remodeladas em 2009 pelo Governo do Partido Socialista liderado por José Sócrates.

A atriz Sofia Duarte Silva leciona, desde 2021, cursos e oficinas de teatro nas instalações da escola.

Em 2023, a escola, em parceria com o projeto Renovar a Mouraria, iniciou um processo de plantação de 400 árvores num terreno baldio, com cerca de um hectare, dentro das suas instalações.[1]

Patrono[editar | editar código-fonte]

Gil Vicente (c. 1465 – c. 1536) é considerado o primeiro grande dramaturgo português, escritor, além de poeta de renome. Enquanto homem de teatro, parece ter também desempenhado as tarefas de músico, ator e encenador. É considerado o pai do teatro português, ou mesmo do teatro ibérico, já que também escreveu em castelhano — partilhando a paternidade da dramaturgia espanhola com Juan del Encina.

Antigos alunos[editar | editar código-fonte]

Passaram pelas carteiras da Gil Vicente diversos nomes da sociedade civil, política e da cultura portuguesa de onde se destacam:

Referências[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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