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Amazona farinosa no parque temático Jungle Island, em Miami, nos Estados Unidos
Amazona farinosa no parque temático Jungle Island, em Miami, nos Estados Unidos

Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante (IUCN 3.1) [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Psitaciformes
Família: Psittacidae
Género: Amazona
Espécie: A. farinosa
Nome binomial
Amazona farinosa
Boddaert, 1783
  • Veja na brochura como formatar corretamente as referências

Amazona farinosa (Bod.), conhecido popularmente como moleiro, ajuruaçu, juruaçu, juru, jeru,[2] papagaio-moleiro e curica, é um papagaio que ocorre do México à Bolívia, no norte do estado brasileiro do Mato Grosso, no leste do Pará e também no Brasil oriental, em mata alta. É a maior espécie do gênero, medindo cerca de 40 cm de comprimento. Possui plumagem verde, coberta por um pó branco (origem de seu nome científico), boné geralmente amarelo, azul e vermelho (daí o nome "moleiro", numa referência à fontanela), bico e anel perioftálmico brancos, espelho alar vermelho e cauda longa com extremidade verde-clara.[3]

Etimologia[editar | editar código-fonte]

"Juruaçu" é derivado do tupi yurua'su, que significa "ajuru (ou juru) grande".[4] "Juru" deriva de "ajuru".[4] "Jeru" deriva de "ajeru".[5]

Descrição[editar | editar código-fonte]

Tem aproximadamente 90 cm de comprimento, sendo a segunda maior espécie do gênero Amazona no Brasil. Esporadicamente pode apresentar boné amarelo, azul ou vermelho o anel Peri oftálmico e bico são brancos, plumagem verde coberta por pó branco, ponta da cauda verde clara e espelho Alar vermelho.[1][carece de fonte melhor]

Costuma viver em bandos de até 20 indivíduos. Sua dieta consiste em sementes e frutos de tamareira, vagens, brotos e flores, além de outras frutas. Ele edifica seu ninho no oco da árvore. Usualmente a uma altura de 3 a 30 metros do solo.[2]

Papagaio grande de cor verde intensa e pode ser facilmente encontrado. É descoberto em florestas e clareiras. Com constância é visto voando no começo da manhã e fim do dia, comumente aos pares. Melhor marcação de campo é o amplo e pálido anel ao redor dos olhos contrastando com a cabeça homogênea; com uma boa vista pode ser visto a coroa azulada. Como outros papagaios do mesmo gênero, durante o voo exibe um borrão avermelhado nas assas.[3]

A maioria das espécies é encontrada aos pares. Por volta do horário de plantão, pela manhã ou à tarde, costuma haver mais reuniões, mas geralmente os casais chegam e saem do local. Nas árvores de alimentos, geralmente apenas alguns indivíduos permanecem juntos. Mais de dez pássaros juntos são raros, exceto no início da manhã, quando papagaios voando em grupos cada vez maiores voltam do banho no rio.[4]

Distribuição geográfica e habitat[editar | editar código-fonte]

Espécie amplamente distribuída na Amazônia, tem distribuição disjunta no nordeste e sudeste do Brasil, incluindo uma pequena população no litoral norte do estado de São Paulo, de onde era conhecida quase exclusivamente da ilhota de São Sebastião. Devido ao declínio populacional e à fragmentação da floresta Esta população em São Paulo está, portanto, à beira da extinção. Sua detecção em campo foi realizada apenas na zona 1, na foz do rio Itaguaré, seis vezes durante o inverno de 2011 (entre julho e agosto). Um a dez indivíduos foram observados voando e se movendo de norte a sul sobre áreas de descanso elevadas. Essa ocorrência, praticamente restrita ao inverno, é observada no município de Bertioga todos os anos desde 2011, incluindo ocorrências urbanas e periurbanas.[5][carece de fonte melhor]

Distribuído desde o sul do Mexico até a Bolivia. Uma população isolada é encontrada na região costeira do Pau-Brasil e se estende do sul da Bahia ao norte de São Paulo. Na maior parte de sua distribuição é simpátrica com outras espécies do gênero. Quanto à altitude é frequentemente registada abaixo dos 500 m, embora ocasionalmente seja observada a 1500 m.[6]

Reprodução[editar | editar código-fonte]

A época de reprodução está prevista para durar de setembro a dezembro, quando as aves começam a percorrer a área com seus filhotes logo após a nidificação. A época de reprodução para a maioria das espécies é na segunda metade da temporada. Estação seca ou na primeira metade da estação chuvosa. Amazona Farinosa se reproduz normalmente e se torna comum durante a estação chuvosa. A reprodução do papagaio-do-campo é lenta e atrasada, porque a ave está pronta para se reproduzir a partir do quarto ano de vida. Este tipo de papagaio segue a natureza monogâmica de uma espécie monogâmica. Na natureza, seus ninhos ficam em cavidades de árvores ou em locais rochosos.[7]

Extinção x Comércio Ilegal[editar | editar código-fonte]

O comércio de animais silvestres é o terceiro maior comércio ilegal do planeta, atrás apenas do comércio de armas e drogas, e é cada vez mais comum ver enormes papagaios e cobras em feiras e beiras de estradas.[8]

Espécie florestal com limitação de repartição ao sul, localizada no norte do estado de São Paulo, em encurtadas populações associadas a remanescentes florestais. Além disso, aguenta com a fiel pressão da caça devido ao comércio ilegal de aves. Como espécie florestal, suas populações respondem abertamente à fragmentação das florestas tropicais úmidas. Merece destaque no estado de São Paulo, por ser sua fronteira sul. Embora seja menos desejado do que outras espécies de psitacídeos, é ativamente comercializado como juvenil e, devido ao seu grande tamanho, é caçado para alimentação comunitária em algumas áreas.[9]

Na natureza, a população do gênero Amazona tem importantes tarefas relacionadas ao comportamento alimentar, como controle de pragas em diversas áreas, polinização de flores e dispersão de sementes[10], devido a isto é grande alvo de comercialização ilegal.

Conservação da espécie[editar | editar código-fonte]

As aves equivalem a 80 apreensões do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis ​​(Ibama). Neste grupo, os papagaios são as espécies mais vulneráveis ​​e são procurados como animais de estimação. Para evitar a retirada de psitacídeos da natureza no combate ao tráfico humano, o Programa Papagaio Brasileiro foi lançado durante o 1º Simpósio Internacional de Conservação Integrada no Parque das Aves em Foz do Iguaçu (PR). O programa combina esforços de conservação para seis diferentes espécies de psitacídeos ameaçados: o papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva), o papagaio-de-cara-roxa (Amazona pretrei), o papagaio-de-peito-roxo (Amazona vinacea), o papagaio-de-cara-roxa (Amazona brasiliensis), o papagaio-chauá (Amazona rhodocorytha) e o papagaio-do-moleiro (Amazona farinosa).[11]

O Programa conta com o apoio da Fundação Grupo Farmacêutico de Conservação, Agência Nacional de Vida Silvestre e Educação Ambiental (SPVS), Parque das Aves, Fundação Neotropical, Associação Amigos do Meio Ambiente (AMA) e ICMBio/Cemave. [12]

Formação de várias unidades de conservação (públicas e privadas) nas áreas de distribuição das espécies. Deve-se notar que a função das áreas protegidas é proteger a biodiversidade, mantendo um ambiente adequado - o que é essencial para os psitacídeos se reproduzirem, se abrigarem e se alimentarem. Uma iniciativa para criar áreas protegidas não é suficiente. É necessário assegurar recursos financeiros que permitam uma gestão eficaz dessas áreas e apoiar adequadamente os esforços de conservação, desmatamento e caça ilegal de animais silvestres que ameaçam a conservação dessas áreas. Todas essas integrações foram muito importantes na criação do programa papagaio brasileiros em 2017. A iniciativa reúne diferentes instituições para facilitar e programar atividades de articulação, políticas públicas e comunicações voltadas para a implementação das atividades previstas no PAN Papagaios. Por meio do programa, foi possível expandir as atividades planejadas, formar redes de parceiros mais amplas e se comunicar em diferentes habitats das espécies-alvo. As medidas visam uma das ameaças mais graves, o comércio ilegal de animais silvestres, especialmente psitacídeos.[13][carece de fonte melhor]

Referências

  1. «IUCN red list Amazona farinosa». Lista vermelha da IUCN. Consultado em 18 de abril de 2022 
  2. FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 150.
  3. «Amazona farinosa» (em inglês). ITIS (www.itis.gov) 
  4. a b FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 996.
  5. FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 987.
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