Valbom (Almaceda)

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Valbom
Valbom (Almaceda)
Panorâmica da aldeia (lado poente)
Distrito Castelo Branco
Município Castelo Branco
Freguesia Almaceda
Área - km²
População 14 hab. (2021)
Código postal 6000-009
Povoações de Portugal
Localização no Concelho de Castelo Branco

Valbom é uma aldeia portuguesa pertencente à freguesia de Almaceda, no Concelho e Distrito de Castelo Branco, com 14 habitantes (2021)[1] .

Está localizada a 7 km da sua sede de freguesia e a 27 km da sede do concelho.

População[editar | editar código-fonte]

População da aldeia de Valbom
2001 2011 2021
54 37 14

História[editar | editar código-fonte]

Em 1186 as atuais terras de Valbom encontravam-se em pleno território da Covilhã, após atribuição de diploma foraleiro à Covilhã por D. Sancho I. Posteriormente e com a atribuição do Foral a Sarzedas em 1212 também por D. Sancho I, passou para o limite administrativo do Concelho de Sarzedas.

Em 1213, século XIII, com a morte do Rei D. Sancho I, todo o território de Sarzedas[2] é doado a Gil Sanches de Portugal.

No século XIV, mais propriamente em 4 de Fevereiro de 1381 o Rei D. Fernando I atribui as rendas devidas pelos habitantes das terras do território de Sarzedas a Garcia Tenreiro [3], Alcaide-mor da vila de Monforte; filho de Diogo Lopes Tenreiro, Alcaide-mor da Corunha (Espanha).

Em 1512, encontra-se a primeira referência publicada com identificação explícita de Valbom, mais propriamente, erdade de Vall Bom, no "Foral Novo" de Sarzedas de D. Manuel I.

O Concelho de Sarzedas foi extinto a 16 de Fevereiro de 1848 [4], passando após esta data a ser englobado nos limites do Concelho São Vicente da Beira.

Após a Revolta dos Gabões [5] que contribuiu em grande escala para a extinção do Concelho de São Vicente da Beira (7 de Setembro de 1895), passou a ser englobado no Concelho de Castelo Branco.

Economia e Sociedade[editar | editar código-fonte]

A sua população, predominantemente idosa e reformada, dedica-se à agricultura de sustento próprio e à produção de gado (maioritariamente gado caprino). Há ainda habitantes que se dedicam a áreas de negócio relacionadas com a atividade florestal.

Existe na aldeia um lagar industrial para produção de azeite que serve não só a freguesia como todo o distrito. Devido à falta de trabalho na freguesia e na própria região, grande parte dos seus naturais vê-se forçada a sair para outras regiões do país (como a zona de Lisboa), ou para o estrangeiro. No passado, a sua população viu-se obrigada a prestar trabalho sazonal noutras paragens, na prestação de trabalho como jornaleiros [6].

Gastronomia[editar | editar código-fonte]

  • Maranhos, enchidos, chanfana e cabrito no forno;
  • Tigeladas, filhós, biscoitos de azeite.


Galeria de Imagens

Referências

  1. PLANRAIA, ESTUDOS E CONSULTORIA DA RAIA, LDA (2017). «AVALIAÇÃO DA EXECUÇÃO DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE CASTELO BRANCO» (PDF) 
  2. Portugalliae Monumenta Historica a saeculo octavo post Christum usque ad quintumdecimum: Leges et Consuetudines. Lisboa: Academia das Ciências, 1856-1868. V. I, p. 555-557. «Torre do Tombo» 
  3. Centro de Estudos de Genealogia e Heráldica Barão de Arêde Coelho - Revista trimestral de edição digital, n.º 6 – Outubro-Dezembro (Ano II) (2015). «Revista trimestral de edição digital, n.º 6 – Outubro-Dezembro 2015 (Ano II)» (PDF) 
  4. DIGIGOV – Diário do Governo Digital (1820-1910) (1848). «Diário do Governo» 
  5. Valbom-Portugal / Blog privado (2008). «Revolta dos Gabões» 
  6. Diogo, Cláudia. «A Reforma Agrária em Idanha-a-Nova. Tese submetida como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Museologia: Conteúdos Expositivos. ISCTE-IUL. Outubro de 2010» (PDF) 


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