Wikipédia:Artigos destacados/arquivo/Guerras Civis da Tetrarquia

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Os Tetrarcas, atualmente na Basílica de São Marcos, em Veneza
Os Tetrarcas, atualmente na Basílica de São Marcos, em Veneza

As Guerras Civis da Tetrarquia foram uma série de conflitos ocorridos no Império Romano nas primeiras décadas do século IV entre as várias facções imperiais romanas do período, envolvendo coimperadores (augustos e césares) e usurpadores. A Tetrarquia tinha sido o modelo político implementado por Diocleciano (r. 284–305) em 293 como forma de conter os distúrbios políticos constantes e as invasões estrangeiras que à época debilitavam o Império Romano no contexto da Crise do Terceiro Século. Em seu modelo, Diocleciano e Maximiano (r. 285-308; 310) foram nomeados como imperadores seniores (augustos), com Galério (r. 293–311) e Constâncio Cloro (r. 293–306) como seus coimperadores juniores (césares) respectivos. Com a estabilização do sistema, Diocleciano e Maximiano abdicaram em 305, garantindo a ascensão de Constâncio e Galério como augustos. Eles nomeariam Valério Severo (r. 305–307) e Maximino Daia (r. 305–313) como césares, negligenciando os candidatos preferidos Constantino, filho de Constâncio Cloro, e Magêncio, filho de Maximiano, o que acarretaria desavenças.

Com a morte de Constâncio Cloro em 306, Constantino foi elevado pelo exército à posição de augusto à revelia do sucessor Severo. De modo a evitar conflitos, Galério aceitou nomeá-lo césar, enquanto Severo assumiria a posição de augusto. Apesar disso, Magêncio também declarar-se-ia imperador em Roma. Severo marchou sobre a Itália para deter o usurpador, dando início aos numerosos conflitos do período. Ciente da aproximação do inimigo, Magêncio ofereceu a seu pai Maximiano o co-comando imperial e ambos foram capazes de derrotar e capturar Severo, que foi aprisionado e morto em 307. Galério marchou contra os rebeldes no mesmo ano, mas foi obrigado a retirar-se, consolidando a autoridade de Magêncio. (leia mais...)