Wikipédia:Artigos destacados/arquivo/Mesas girantes

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Salão parisiense com pessoas ao redor de uma mesa girante. (L'Illustration, 1853)
Salão parisiense com pessoas ao redor de uma mesa girante. (L'Illustration, 1853)

Mesas girantes, mesas falantes ou dança das mesas são um tipo de sessão espírita em que os participantes se sentam ao redor de uma mesa, colocam as mãos sobre ela e esperam que ela se movimente. Populares no século XIX, as mesas supostamente serviam como meio de comunicação com supostos espíritos. Alfabetos também eram colocados sobre as mesas e elas supostamente se inclinavam para a carta adequada, soletrando, assim, palavras e frases.

O fenômeno é explicado pelo efeito ideomotor, que também acontece no tabuleiro ouija e na chamada "brincadeira do copo". Em 1853, Michael Faraday publicou os resultados de experimentos que esclareceram a movimentação das mesas com base nas descobertas de William Benjamin Carpenter sobre o efeito ideomotor, a movimentação involuntária dos músculos pelos participantes da sessão. Apesar disso, e da condenação pela Igreja Católica, no século XIX e começo do século XX, os defensores do magnetismo animal e do médico acusado de charlatanismo Franz Anton Mesmer, os praticantes do moderno espiritualismo e, posteriormente, os adeptos do espiritismo, continuaram a alegar que as mesas permitiam a comunicação de espíritos com as pessoas.

O espiritismo se apresenta como "uma ciência" e, mesmo com as evidências e críticas posteriores, as mesas girantes, o tabuleiro ouija e a "brincadeira do copo" ainda são consideradas reais por kardecistas e umbandistas. Adeptos destas e de outras religiões espiritualistas acreditam que pessoas mortas se comunicavam usando as mesas girantes. Hoje essa comunicação aconteceria através dos supostos fenômenos mediúnicos, principalmente os chamados de psicografia e psicofonia, expressões cunhadas por Allan Kardec, o criador da Doutrina Espírita. (leia mais...)