Cariris: diferenças entre revisões

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[[Ficheiro:Ceará.png|thumb|Mapa indicando a presença indígena contemporânea no Ceará. Fontes: FUNAI e FUNASA.]]
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[[Ficheiro:Alagoas.gif|thumb|right|150px|Povos Indígenas em Alagoas e Sergipe.]]
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''''Kariri''' ou '''Cariri''' é a designação da principal [[Família linguística|família]] de [[línguas indígenas]] do [[sertão]] do [[Região Nordeste do Brasil|Nordeste]], e vários grupos locais ou etnias foram ou são referidos como pertencentes ou relacionados a ela. Na literatura especializada existe uma larga discussão sdobre os pertencimentos dos grupos indígenas do sertão à família Kariri, ou à outras famílias como, determinadas com menor segurança como a [[Tarairiú]]. Além dessas existem várias línguas isoladas ([[Yathê]], [[Xukuru]], [[Pankararu]], [[Proká]], [[Xokó]], [[Natu]], etc.). Historicaente, esses grupos aparecem denominados, de modo genérico, como [[Tapuias]] e podem ser vinculados ao tronco [[Macro-Jê]]. Para uma idéia da distribuição geográfica da família Kariri e desses grupos ou etnias, consulte o [[Mapa Etno-Histórico]] de [[Curt Nimuendaju]], editado pelo IBGE e já em uma segunda ou terceira edição, e que certamente pode ser encontrado em boas bibliotecas de São Paulo. No Mapa há também uma lista bibliográfica com várias referências de fontes históricas.


==Família linguística==


'''Kariri''' ou Cariri é a designação da principal família de línguas indígenas do [[sertão]] do [[Região Nordeste do Brasil|Nordeste]], e vários grupos locais ou etnias foram ou são referidos como pertencentes ou relacionados a ela. Na literatura especializada existe uma larga discussão sdobre os pertencimentos dos grupos indígenas do sertão à família Kariri, ou à outras famílias como, determinadas com menor segurança como a [[Tarairiú]]. Além dessas existem várias línguas isoladas ([[Yathê]], [[Xukuru]], [[Pankararu]], [[Proká]], [[Xokó]], [[Natu]], etc.). Historicaente, esses grupos aparecem denominados, de modo genérico, como [[Tapuias]] e podem ser vinculados ao tronco [[Macro-Jê]]. Para uma idéia da distribuição geográfica da família Kariri e desses grupos ou etnias, consulte o [[Mapa Etno-Histórico]] de [[Curt Nimuendaju]], editado pelo IBGE e já em uma segunda ou terceira edição, e que certamente pode ser encontrado em boas bibliotecas de São Paulo. No Mapa há também uma lista bibliográfica com várias referências de fontes históricas.

==Família Linguística==


Apesar de comprovadamente presente em todo o semi-árido nordestino, apenas quatro das línguas cariri chegaram a ser minimamente descritas, todas elas da região ao sul do [[rio São Francisco]]: o '''[[Dzubukuá]]''', falado por grupos no arco do submédio São Francisco (entre o que é hoje [[Petrolina]] e [[Paulo Afonso]]); o '''[[kipea]]''', falado por índios que se tornaram conhecidos como [[quiriris]] (ou [[Kiriri]]) principalmente na bacia do [[Itapicuru]], [[Bahia]]; e o '''[[camuru]]''' (ou cariri) e o '''[[sapuiá]]''', de duas aldeias próximas na região de [[Pedra Branca]] (bacia do [[Paraguaçu]]), também na Bahia.
Apesar de comprovadamente presente em todo o semi-árido nordestino, apenas quatro das línguas cariri chegaram a ser minimamente descritas, todas elas da região ao sul do [[rio São Francisco]]: o '''[[Dzubukuá]]''', falado por grupos no arco do submédio São Francisco (entre o que é hoje [[Petrolina]] e [[Paulo Afonso]]); o '''[[kipea]]''', falado por índios que se tornaram conhecidos como [[quiriris]] (ou [[Kiriri]]) principalmente na bacia do [[Itapicuru]], [[Bahia]]; e o '''[[camuru]]''' (ou cariri) e o '''[[sapuiá]]''', de duas aldeias próximas na região de [[Pedra Branca]] (bacia do [[Paraguaçu]]), também na Bahia.
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=={{Bibliografia}}==
=={{Bibliografia}}==
*CRUZ PIRES, Maria Idalina da. ''A guerra dos Bárbaros.'' Recife: Editora Universitária, 2002. {{ISBN |85-7315-174-9}}
*CRUZ PIRES, Maria Idalina da. ''A guerra dos Bárbaros.'' Recife: Editora Universitária, 2002. {{ISBN |85-7315-174-9}}
*[http://www.socioambiental.org/pib/epi/kiriri/kiriri.shtm Povo Kiriri]

Povo Kiriri - http://www.socioambiental.org/pib/epi/kiriri/kiriri.shtm
*[http://pib.socioambiental.org/pt/povo/pataxo-ha-ha-hae/923 Povo Pataxó-Hã-Hã-Hãe]
*[http://www.socioambiental.org/pib/epi/truka/truka.shtm Povo Truká]

Povo Pataxó-Hã-Hã-Hãe - (http://pib.socioambiental.org/pt/povo/pataxo-ha-ha-hae/923)

Povo Truká - http://www.socioambiental.org/pib/epi/truka/truka.shtm


{{esboço-cultura indígena}}
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Revisão das 00h43min de 19 de fevereiro de 2010

 Nota: Se procura pela família lingüística do tronco macrojê, hoje considerada extinta, veja Língua cariri.
Da esquerda para a direita: Dona Tereza Kariri, Bida Jenipapo-Kanindé, Cacique Pequena Jenipapo-Kanindé, Fernando Tremembé e Jamille Kariri. Participantes do II Encontro do Povo Kariri, realizado em Crateús - Ceará, em junho de 2007.
Mapa indicando a presença indígena contemporânea no Ceará. Fontes: FUNAI e FUNASA.
Povos Indígenas em Alagoas e Sergipe.

'Kariri ou Cariri é a designação da principal família de línguas indígenas do sertão do Nordeste, e vários grupos locais ou etnias foram ou são referidos como pertencentes ou relacionados a ela. Na literatura especializada existe uma larga discussão sdobre os pertencimentos dos grupos indígenas do sertão à família Kariri, ou à outras famílias como, determinadas com menor segurança como a Tarairiú. Além dessas existem várias línguas isoladas (Yathê, Xukuru, Pankararu, Proká, Xokó, Natu, etc.). Historicaente, esses grupos aparecem denominados, de modo genérico, como Tapuias e podem ser vinculados ao tronco Macro-Jê. Para uma idéia da distribuição geográfica da família Kariri e desses grupos ou etnias, consulte o Mapa Etno-Histórico de Curt Nimuendaju, editado pelo IBGE e já em uma segunda ou terceira edição, e que certamente pode ser encontrado em boas bibliotecas de São Paulo. No Mapa há também uma lista bibliográfica com várias referências de fontes históricas.

Família linguística

Apesar de comprovadamente presente em todo o semi-árido nordestino, apenas quatro das línguas cariri chegaram a ser minimamente descritas, todas elas da região ao sul do rio São Francisco: o Dzubukuá, falado por grupos no arco do submédio São Francisco (entre o que é hoje Petrolina e Paulo Afonso); o kipea, falado por índios que se tornaram conhecidos como quiriris (ou Kiriri) principalmente na bacia do Itapicuru, Bahia; e o camuru (ou cariri) e o sapuiá, de duas aldeias próximas na região de Pedra Branca (bacia do Paraguaçu), também na Bahia.

Os Sertões dos Cariris

Toda a região marcada pela presença dos Cariri e pela Guerra dos Bárbaros tem isto hoje muito distintitivamente assinalado em sua toponímia, no extenso arco de serras dos Cariris Velhos e dos Cariris Novos, respectivamente nas divisas entre Paraíba e Pernambuco e entre Paraíba e Ceará; na região do Cariri, a sudoeste de Campina Grande(também uma antiga missão de índios), na Paraíba, e, famosamente, no Vale do Cariri, que ocupa toda a bacia do Alto Jaguaribe, no Sul do Ceará.

Kariris atuais

Vários grupos indígenas contemporâneos no Nordeste reivindicam ascendência dos Kariris históricoss, entre eles podemos citar os Kiriri, Kaimbé, Tumbalalá e Pataxó-Hã-Hã-Hãe da Bahia; os Kariri-Xokó, Karapotó, Tingui-Botó, Aconã, Wassu-Cocal e Xukuru-Kariri de Alagoas; os Truká, Pankará e Atikum de Pernambuco e os Kariri do Ceará e Piauí.

Atualmente a comunidade indígena Kariri no município de Crateús possui 116 pessoas.[1]

Referências

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