Jorge Luis Borges: diferenças entre revisões
Linha 1: | Linha 1: | ||
⚫ | |||
[http://74.6.238.254/search/srpcache?ei=UTF-8&p=http%3A%2F%2Fwww.sanalritim.net%2F&rd=adv&meta=fl%3D1%26vl%3Dtr&fr=my-myy&u=http://cc.bingj.com/cache.aspx?q=http%3a%2f%2fwww.sanalritim.net%2f&d=4512636529148829&mkt=en-US&setlang=en-US&w=fddc6184,c610d8d7&icp=1&.intl=us&sig=dp0NaXEXnsgg_N6H.l_ipA-- Redaktə Xorxe Luis Borxes Wikipedia Pages] |
|||
⚫ | |||
|nome = Jorge Luis Borges |
|nome = Jorge Luis Borges |
||
|imagem = Jorge Luis Borges Hotel.jpg |
|imagem = Jorge Luis Borges Hotel.jpg |
Revisão das 22h19min de 23 de agosto de 2011
Redaktə Xorxe Luis Borxes Wikipedia Pages
.
Jorge Luis Borges | |
---|---|
Nascimento | 24 de agosto de 1899 Buenos Aires, Argentina |
Morte | 14 de junho de 1986 Genebra, Suíça |
Nacionalidade | Argentina |
Ocupação | Poeta, contista, ensaísta |
Escola/tradição | Modernismo |
Jorge Francisco Isidoro Luis Borges Acevedo (Buenos Aires, 24 de agosto de 1899 — Genebra, 14 de junho de 1986) foi um escritor, poeta, tradutor, crítico literário e ensaísta argentino.
Em 1914 sua família se mudou para Suíça, onde ele estudou e viajou para a Espanha. Em seu retorno à Argentina em 1921, Borges começou a publicar seus poemas e ensaios em revistas literárias surrealistas. Também trabalhou como bibliotecário e professor universitário público. Em 1955 foi nomeado diretor da Biblioteca Nacional da República Argentina e professor de literatura na Universidade de Buenos Aires. Em 1961, destacou-se no cenário internacional quando recebeu o primeiro prêmio internacional de editores, o Prêmio Formentor.
Seu trabalho foi traduzido e publicado extensamente no Estados Unidos e Europa. Borges era fluente em várias línguas. Morreu em Genebra, na Suíça, em 1986.
Sua obra abrange o "caos que governa o mundo e o caráter de irrealidade em toda a literatura".[1] Seus livros mais famosos, Ficciones (1944) e O Aleph (1949), são coletâneas de histórias curtas interligadas por temas comuns: sonhos, labirintos, bibliotecas, escritores fictícios e livros fictícios, religião, Deus. Seus trabalhos têm contribuído significativamente para o gênero da literatura fantástica.[2] Estudiosos notaram que a progressiva cegueira de Borges ajudou-o a criar novos símbolos literários através da imaginação, já que "os poetas, como os cegos, podem ver no escuro".[3][4] Os poemas de seu último período dialogam com vultos culturais como Spinoza, Luís de Camões e Virgílio.
Sua fama internacional foi consolidada na década de 1960, ajudado pelo "boom latino-americano" e o sucesso de Cem Anos de Solidão de Gabriel García Márquez.[2] O escritor e ensaísta John Maxwell Coetzee disse sobre ele: "Ele, mais do que ninguém, renovou a linguagem de ficção e, assim, abriu o caminho para uma geração notável de romancistas hispano-americanos".[5]
Vida
Jorge Luis Borges nasceu em uma família de classe média com boa educação. A mãe de Borges, Leonor Acevedo Suárez, veio de uma tradicional família uruguaia. Seu livro de 1929 Cuaderno San Martín incluiu um poema, "Isidoro Acevedo", em homenagem a seu avô materno, Isidoro de Acevedo Laprida, um soldado do exército de Buenos Aires que era contra o ditador Juan Manuel de Rosas. Um descendente do advogado e político argentino Francisco Narciso de Laprida, Acevedo lutou nas batalhas de Cepeda em 1859, Pavón em 1861 e Los Corrales em 1880. Isidoro de Acevedo Laprida morreu de congestão pulmonar na casa onde seu neto Jorge Luis Borges nasceu.
Segundo um estudo de Antonio Andrade, Jorge Luis Borges tem ascendência portuguesa: o bisavô de Borges, Francisco, teria nascido em Portugal em 1770 e vivido na localidade de Torre de Moncorvo, situada no Norte de Portugal, antes de emigrar para a Argentina, onde teria casado com Cármen Lafinur.
Aos sete anos de idade, Borges já teria revelado ao pai que seria escritor. Aos nove, escreve seu primeiro conto, "La visera fatal", inspirado em um episódio de Dom Quixote. Em 1914, muda-se, com os pais, para a Europa, morando inicialmente em Genebra, na Suíça, onde conclui seus estudos, e depois na Espanha. Em 1921, retorna a Buenos Aires, onde participa ativamente da efervescente vida cultural da cidade. Em 1923, publica seu primeiro livro de poemas, "Fervor de Buenos Aires". Iniciava-se, assim, uma das mais brilhantes carreiras literárias do século XX. Borges morreu em Genebra, onde está sepultado, por opção pessoal.
Borges foi um ávido leitor de enciclopédias. Em uma memorável palestra sobre O Livro em 1978, Borges comenta a felicidade em ganhar a enciclopédia alemã Enzyklopadie Brockhaus, edição de 1966. Lamenta não poder ver as letras góticas nem os mapas e ilustrações, entretanto sente uma relação amistosa com os livros. Sua preferida era a IX edição da Britânica, como disse em uma das inúmeras entrevistas que deu.
Obra
Sua obra se destaca por abordar temáticas como filosofia (e seus desdobramentos matemáticos), metafísica, mitologia e teologia, em narrativas fantásticas onde figuram os "delírios do racional" (Bioy Casares), expressos em labirintos lógicos e jogos de espelhos. Ao mesmo tempo, Borges também abordou a cultura dos Pampas argentinos, em contos como O morto, "Homem da esquina rosada" e "O sul". Lida com campanhas militares históricas, como a guerra argentina contra os índios durante a presidência, entre outros, do escritor Domingo Faustino Sarmiento; trata-as, porém, como pano de fundo para criações fictícias, como em História do Guerreiro e da Cativa. E rende homenagem à literatura pregressa de seu país em contos em que se apropria do mitológico Martín Fierro: Biografia de Tadeo Isidoro Cruz (1829-1874) e "O fim".
Entre seus contos mais conhecidos e comentados podemos citar A Biblioteca de Babel, O Jardim de Veredas que se Bifurcam, "Pierre Menard, autor do Quixote" (para muitos a pedra angular de sua literatura) e Funes, o Memorioso, todos do livro Ficções (1944) - além de "O Zahir", "A escrita do Deus" e O Aleph (que dá seu nome ao livro de que consta, publicado em 1949). A partir da década de 50, afetado pela progressiva cegueira, Borges passou a se dedicar a poesia, produzindo obras notáveis como "A cifra" (1981), "Atlas" (um esboço de geografia fantástica, 1984) e "Os conjurados" (1985), sua última obra. Também produziu prosa ("Outras inquisições", ensaios, 1952; "O livro de areia", contos, 1975), notando-se o claro influxo da cegueira.
Predefinição:Revelações sobre o enredo
O conto "Tlön, Uqbar, Orbis Tertius" trata justamente de uma enciclopédia forjada por uma sociedade secreta ao longo de gerações, que visa inventar (como lembra o próprio Borges, "inventar" e "descobrir" são sinônimos em latim) todo um planeta imaginário, com seus idiomas, sua física, sua política, suas ciências, suas culturas. No fim do conto, sendo "acidentalmente" descoberta essa enciclopédia, Tlön (o planeta imaginário) passa a dominar, paulatinamente, todos os interesses terrenos...
Bibliografia
Poesia
- Elemento de lista com marcas
- Fervor de Buenos Aires (1923)
- Luna de enfrente (1925)
- Cuaderno San Martín (1929)
- Poemas (1923-1943)
- El hacedor (1960)
- Para las seis cuerdas (1967)
- El otro, el mismo (1969)
- Elogio de la sombra (1969)
- El oro de los tigres (1972)
- La rosa profunda (1975)
- Obra poética (1923-1976)
- La moneda de hierro (1976)
- Historia de la noche (1976)
- La cifra (1981)
- Los conjurados (1985)
Contos
- El jardín de senderos que se bifurcan (1941)
- Ficciones (1944)
- El Aleph (1949)
- La muerte y la brújula (1951)
- El informe Brodie (1970)
- El libro de arena (1975)
Ensaios
- Inquisiciones (1925)
- El tamaño de mi esperanza (1926)
- El idioma de los argentinos (1928)
- Evaristo Carriego (1930)
- Discusión (1932)
- Historia de la eternidad (1936)
- Aspectos de la poesía gauchesca (1950)
- Otras inquisiciones (1952)
- El congreso (1971)
- Libro de sueños (1976)
Não-classificados
- Historia universal de la infamia (1935)
- El libro de los seres imaginarios (1968)
- Atlas (1985)
Em colaboração com Adolfo Bioy Casares
- Seis problemas para don Isidro Parodi (1942)
- Un modelo para la muerte (1946)
- Dos fantasías memorables (1946)
- Los orilleros (1955). Roteiro cinematográfico
- El paraíso de los creyentes (1955). Roteiro cinematográfico
- Nuevos cuentos de Bustos Domecq (1977)
Galeria
-
Monumento em Lisboa.
Referências
- ↑ JOZEF, Bella. "Borges: linguagem e metalinguagem". In: O espaço reconquistado. Petrópolis, RJ: Vozes, 1974, p.43.
- ↑ a b Masina, Lea. "Murilo Rubião, o mágico do conto". In: O pirotécnico Zacarias e outros contos escolhidos. Porto Alegre: L & PM, 2001, p.5.
- ↑ Da canção "Choro Bandido" de Chico Buarque e Edu Lobo citado em FERREIRA, Eliane Fernanda C. "O (In) visível imaginado em Borges". In: Pedro Pires Bessa (ed.). Riqueza Cultural Ibero-Americana. Campus de Divinópolis-UEMG, 1996, p. 313-314. Em suma, a cegueira de Borges levou-o em direção à poesia e a narrativas mais curtas que romances.
- ↑ Borges escreveu: "Quando penso no que eu perdi, eu pergunto: 'Quem se conhece melhor do que o cego?" - pois cada pensamento se torna uma ferramenta". Em Borges, Jorge Luis. Siete Noches. Obras Completas, vol. III. Buenos Aires: Emecé, 1994.
- ↑ Coetzee, J.M., "Borges's Dark Mirror", New York Review of Books, Volume 45, Number 16 · October 22, 1998
Ligações externas
- Internetaleph.com Jorge Luis Borges (espanhol/inglês)
- "Existem muitos Borges por aí" Borges
- Homenajes en memoria del creador de laberintos(es)
- Garden of Forking Paths(en)
- Poema de Jorge Luis Borges en Buenos Aires, Argentina, 'Fundación mítica de Buenos Aires' (en)
- Poemas de Jorge Luis Borges
Predefinição:Bom interwiki Predefinição:Link FA Predefinição:Link FA