Federação das Indústrias do Estado de São Paulo: diferenças entre revisões
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Após o [[Golpe Militar de 1964]] a Federação foi desmobilizada, perdeu seu presidente Rafael Noschese (em 1966), desmontou seu departamento econômico e ficou incapaz de produzir documentos sobre a economia brasileira por oito anos.<ref name=ditesc>{{Citar livro |autor=[[Elio Gaspari|Gaspari, Elio ]]|título=A Ditadura Escancarada |subtítulo= |língua= |formato= |edição= 2|local=Rio de Janeiro |editora= Editora Intrínseca|ano=2014 |página=240 |páginas=526 |isbn= 978-85-8057-408-1}}</ref> |
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Da necessidade histórica de vilipendiar o petucanismo]</ref> |
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Em 18 de agosto de 1997 foi agraciado como membro-honorário da [[Ordem Civil do Mérito Agrícola, Industrial e Comercial]] Classe Industrial de [[Portugal]].<ref>{{citar web |url=http://www.ordens.presidencia.pt/?idc=154 |título=Cidadãos Estrangeiros Agraciados com Ordens Portuguesas|autor=|data=|publicado=Presidência da República Portuguesa|acessodata=2016-04-03 |notas=Resultado da busca de "Federação da Indústria do Estado de São Paulo".}}</ref> |
Revisão das 11h45min de 17 de janeiro de 2019
Logotipo | |
Tipo | Rede de instituições privadas |
Fundação | 1931 (93 anos) |
Estado legal | ![]() |
Sede | São Paulo, SP![]() |
Sítio oficial | www.fiesp.com.br |
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) MHMAIC é uma entidade da indústria brasileira. A FIESP é filiada à Confederação Nacional da Indústria (CNI). A entidade reúne 52 unidades representativas no Estado de São Paulo, que representam 133 sindicatos patronais e 130 mil indústrias.[1]
A federação localiza-se na cidade de São Paulo. O edifício das entidades da indústria paulista hospeda o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo CIESP, o Serviço Social da Indústria de São Paulo SESI-SP, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de São Paulo SENAI-SP, o Instituto Roberto Simonsen (IRS) e a sede de alguns sindicatos filiados.
Skaf foi eleito presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo FIESP, em 2004. Ele foi reeleito presidente da federação em 2007 e reeleito novamente em 2011.[2][3]
Em junho de 2014, o empresário Benjamin Steinbruch, diretor-presidente da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e do Grupo Vicunha assumiu a presidência da FIESP em substituição à Skaf, que foi candidato ao governo do Estado de São Paulo.[4]
História
Durante a Revolução de 1924 comandada pelo general Isidoro Dias Lopes, o presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), José Carlos de Macedo Soares permaneceu na cidade de São Paulo, que estava sendo bombardeada para proteger os bairros operários, as fábricas e os estabelecimentos comerciais. Com a derrota da resistência, Macedo Soares foi acusado de ter cooperado com a revolução e foi mandado para o exílio. A ACSP ficou enfraquecida sem o seu presidente.
Em 1928, um grupo de empresários da Associação Comercial de São Paulo, liderados por Jorge Street, Francisco Matarazzo e Roberto Simonsen fundaram o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo CIESP, uma associação privada que apoia e representa os interesses das Indústrias. Em 1931, Matarazzo, Simonsen, Street e um grupo de empresários fundaram a FIESP para pleitear pela competitividade das indústrias no Brasil, reivindicar para diminuir os custos de produção e conter a desindustrialização. Durante o governo Vargas, o CIESP e a FIESP permaneceram separados. Após a Segunda Guerra Mundial, as entidades voltaram a atuar juntas.
Após o Golpe Militar de 1964 a Federação patrocinou o AI-5.[5]
Em 18 de agosto de 1997 foi agraciado como membro-honorário da Ordem Civil do Mérito Agrícola, Industrial e Comercial Classe Industrial de Portugal.[6]
Atuação
A FIESP possui 52 unidades representativas no estado de São Paulo. A federação reúne 133 sindicatos patronais e 130 mil indústrias, reunindo setores que, segundo o ex-presidente Skaf informou para o ano de 2008, compõem 42% do Produto Interno Bruto (PIB) industrial do Brasil.[1]
Skaf foi eleito presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo FIESP, do do Serviço Social da Indústria SESI-SP, do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial SENAI-SP e do Instituto Roberto Simonsen IRS em 2004. Ele foi reeleito presidente das federações em 2007 e reeleito novamente em 2011.[7][8]
A FIESP possui diversos comitês, departamentos e conselhos que representam diferentes setores industriais. Entre os comitês estão o Comitê de Jovens Empreendedores (CJE) da FIESP, que é um grupo formado por jovens empreendedores que participam de diversas atividades da federação, acompanhando reuniões dos conselhos superiores, departamentos e outros comitês. O CJE interage com diversas entidades para promover o empreendedorismo.[9][10] O Comitê de Ação Cultural (Comcultura) da FIESP, que é um grupo que promove ações culturais de acesso à arte e à cultura junto à comunidade.[11] O Comitê de Responsabilidade Social da FIESP (Cores), que é um grupo formado por profissionais de diversos setores que orientam sindicatos e indústrias na gestão de responsabilidade social, meio ambiente e direitos humanos.[12]
A Câmara de Conciliação, Mediação e Arbitragem de São Paulo da FIESP, que atua na administração, conciliação, mediação de arbitragens de conflitos empresariais para que diminua o número de processos abertos nos tribunais do Brasil.[13]
Campanhas recentes
Lei Geral da Micro e Pequenas Empresas
A FIESP liderou a campanha para aprovação da Lei Geral da Micro e Pequenas Empresas e a desoneração do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços sobre produtos derivados da farinha de trigo em 2006, o que acarretou a diminuição do preço de itens como pão e macarrão em 2006.[14]
Contrária à CPMF
Em outubro de 2007, a FIESP encaminhou uma carta aos empresários brasileiros onde listava os motivos pelos quais a Contribuição Provisória sobre a Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira (CPMF) deveria ser extinta. A FIESP entregou mais de 1,3 milhão de assinaturas contra a CPMF á Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do senado federal. Em dezembro do mesmo ano, o senador federal determinou o fim do imposto da CPMF.[15]
Desde 2008, a FIESP fez reivindicações sobre a desoneração de impostos sobre os produtos da cesta básica. Em 2013, o governo Federal aprovou a Medida Provisória que reduz o Programa de Integração Social (PIS), Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) e elimina o Imposto sobre produtos industrializados IPI dos produtos da cesta básica.[16]
Energia a preço justo
A FIESP também fez campanhas para que os bancos públicos reduzissem em até 30% a taxa do spread bancário em 2009. Em 2011, a FIESP iniciou a campanha ‘’Energia a preço justo’’, e entrou com uma representação no Tribunal de Contas da União solicitando que o governo tomasse providências em relação aos preços da energia elétrica no pais. O governo federal concedeu o desconto médio de 20% nas contas de luz de todos os brasileiros em 2013.[17]
Em abril de 2013, a FIESP fez campanha na Câmara dos Deputados para aprovação da Medida Provisória (MP) 595, conhecida como Lei dos Portos, que melhora a infraestrutura e privatiza os portos do Brasil.[18] A Lei dos Portos foi sancionada pela presidente Dilma Rousseff em junho do mesmo ano.[16]
Contra o aumento do IPTU
Em novembro do mesmo ano, a FIESP também entrou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade contra a lei que aprovou o aumento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), de em média 55% nas residências e 88% no comércio, na cidade de São Paulo.[19] O Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo suspendeu o aumento do IPTU em dezembro do mesmo ano.[20]
Monitoramento da prestação de serviços de internet
Em junho de 2014, a FIESP em parceria com o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) desenvolveram um software para monitoramento de banda larga fixa. O software gratuito verifica se as conexões de acesso à Internet estão de acordo com os serviços contratados.[21]
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/a/a1/Manifesta%C3%A7%C3%A3o_%2821866612246%29.jpg/231px-Manifesta%C3%A7%C3%A3o_%2821866612246%29.jpg)
Não Vou Pagar o Pato
Em setembro de 2015, a FIESP iniciou uma campanha de nome Não Vou Pagar o Pato, contra o aumento de impostos e contra a volta da CPMF.[22][23] Posteriormente a FIESP passou a usar o pato como símbolo da campanha pelo processo de impeachment de Dilma Rousseff.[24]
Centro Cultural FIESP Ruth Cardoso
A FIESP financia e apoio culturalmente o Centro Cultural FIESP Ruth Cardoso. O Centro Cultural FIESP foi fundado em março de 1998 e recebeu o nome da antropóloga Ruth Cardoso. O espaço inclui o Teatro do SESI, a galeria de arte do SESI-SP e o Espaço Mezanino. O Centro Cultural apresenta espetáculos teatrais, exposições, shows, projeções de filmes e palestras.[25] A FIESP patrocinou o musical‘’A Madrinha Embriagada’’, dirigida por Miguel Falabella em 2013 e 2014.[26]
Localização
O edifício sede da FIESP é um dos principais marcos arquitetônicos da cidade, além de uma das principais atrações da Avenida Paulista, por conta do seu formato de pirâmide. O edifício tem 92 metros de altura e é um dos maiores da avenida. O edifício foi projetado pelo escritório de arquitetura Rino Levi, vencedor de um concurso em 1969, e inaugurado em 1979.[27][28] Em 1998 o prédio foi reformulado pelo arquiteto Paulo Mendes da Rocha para a criação de um centro cultural nos pisos do térreo.[29]
Ver também
Referências
- ↑ a b «Fiesp fará missão ao mundo árabe em 2009 por novos negócios». Diário Comércio Indústria & Serviços. 4 de junho de 2008. Consultado em 17 de dezembro de 2014
- ↑ «Em chapa única, Paulo Skaf é reeleito presidente da FIESP». Folha de S.Paulo. 22 de agosto de 2014. Consultado em 12 de dezembro de 2014
- ↑ Elaine Cotta (25 de agosto de 2004). «Pela 1 vez na história, Fiesp e Ciesp vão ter presidentes diferentes». Folha de S. Paulo. Consultado em 12 de Dezembro de 2014
- ↑ «Tafael Cervone Netto assume pela segunda vez a presidência da Ciesp». Diário SBO. 3 de junho de 2014. Consultado em 17 de Dezembro de 2014
- ↑ [http://www.iela.ufsc.br/noticia/da-necessidade-historica-de-vilipendiar-o-petucanismo Da necessidade histórica de vilipendiar o petucanismo]
- ↑ «Cidadãos Estrangeiros Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Federação da Indústria do Estado de São Paulo". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 3 de abril de 2016
- ↑ «Paulo Skaf é reeleito por mais quatro anos na Fiesp». G1 Economia. 11 de abril de 2011. Consultado em 17 de novembro de 2014
- ↑ Último Segundo (14 de junho de 2014). «PMDB oficializa Paulo Skaf como candidato ao governo de São Paulo». iG. Consultado em 17 de dezembro de 2014
- ↑ «Comitê de Jovens Empreendedores da FIESP lança manual para pequenos empresários». Estadão. 23 de abril de 2007. Consultado em 18 de dezembro de 2014
- ↑ Band (16 de agosto de 2013). «Conheça o CJE – Comitê de Jovens Empreendedores da FIESP». UOL. Consultado em 18 de dezembro de 2014
- ↑ «Centenário da Pinacoteca de SP é celebrado em mostra». Terra. 11 de agosto de 2005. Consultado em 18 de dezembro de 2014
- ↑ Tânia Monteiro (20 de abril de 2013). «Fiesp fara campanha para aprovar MP dos Portos na Câmara». Folha de S.Paulo. Consultado em 17 de dezembro de 2014
- ↑ «Fiesp aprova pacto de mediação para desafogar a Justiça». Brasil Econômico. 17 de abril de 2014. Consultado em 17 de dezembro de 2014
- ↑ «Câmara Municipal da Estância Turística de Ribeirão Pires - Estado de São Paulo» (PDF). Câmara de São Paulo. 12 de Fevereiro de 2014. Consultado em 18 de dezembro de 2014
- ↑ Folha Online (31 de outubro de 2007). «Skaf entrega 1,3 milhão de assinaturas contrárias à CPMF ao Senado». Folha de S. Paulo. Consultado em 18 dezembro de 2014
- ↑ a b Priscila Mendes (8 de agosto de 2013). «Dilma anuncia na TV desoneração de produtos da cesta básica». G1 Econômia. Globo. Consultado em 12 de dezembro de 2014
- ↑ Mariana Queiroz Barboza (21 de setembro de 2012). «"A mamata da energia terminou"». IstoÉ. Consultado em 18 de dezembro de 2014
- ↑ Tânia Monteiro (20 de abril de 2013). «Fiesp fara campanha para aprovar MP dos Portos na Câmara». Estadão. Consultado em 17 de dezembro de 2014
- ↑ «Fiesp vai à justica contra aumento do IPTU em Sao Paulo». Estadão. 22 de novembro de 2013. Consultado em 17 de dezembro de 2014
- ↑ Gabriel Mandel (11 de dezembro de 2013). «Aumento do IPTU de São Paulo é suspenso pelo TJ-SP». Consultor Jurídico. Consultado em 17 de Dezembro de 2014
- ↑ Bia Parreiras (11 de junho de 2014). «Monitor de Banda Larga é arma para os consumidores». Exame. Abril. Consultado em 17 de dezembro de 2014
- ↑ «Fiesp e setor produtivo lançam campanha 'Não vou pagar o pato'». Valor Econômico. 21 de setembro de 2015. Consultado em 26 de maio de 2016
- ↑ Ricardo Brito. «Skaf lança campanha 'Não Vou Pagar o Pato' em frente ao Congresso». Estadão. Consultado em 26 de maio de 2016
- ↑ «Por impeachment, Fiesp põe 5 mil minipatos na Esplanada». Não Vou Pagar o Pato - Diga Não ao Aumento de Impostos
- ↑ Beatriz Fonseca (22 de agosto de 2014). «Cento Cultural Fiesp passa a levar o nome de Ruth Cardoso». Diário do Grande ABC. Consultado em 17 de dezembro de 2014
- ↑ Caio Gallucci (1 de agosto de 2013). «Comédia musical de Miguel Falabella ganha temporada gratuita». Catraca Livre. Consultado em 1 de agosto de 2014
- ↑ Isabela Barros (27 de agosto de 2014). «Trinta e cinco coisas que você não sabia sobre o prédio da Fiesp». www.fiesp.com.br. Consultado em 7 de abril de 2017
- ↑ Igor Guatelli (7 de dezembro de 2006). «Edifício FIESP–CIESP–SESI». www.vitruvius.com.br. Consultado em 7 de abril de 2017
- ↑ Tânia Monteiro (31 de março de 1997). «Fiesp fara campanha para aprovar MP dos Portos na Câmara». Folha de S. Paulo. Consultado em 18 de dezembro de 2014