Companhia Siderúrgica Nacional

Companhia Siderúrgica Nacional | |
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Vista parcial da Usina Presidente Vargas, em Volta Redonda, Rio de Janeiro. | |
Empresa de capital aberto | |
Cotação | B3: CSNA3 NYSE: SID |
Atividade | Siderurgia |
Gênero | Sociedade Anônima |
Fundação | 9 de abril de 1941 (82 anos) |
Fundador(es) | Getúlio Vargas |
Sede | Volta Redonda, RJ São Paulo, SP[1] |
Proprietário(s) | Família Steinbruch |
Presidente | Benjamin Steinbruch |
Empregados | |
Produtos | Aço Minério de ferro Cimento Energia Embalagens metálicas |
Subsidiárias | Lista
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Acionistas | Vicunha Aços S.A. (50,65%) Rio Iaco Particip. S.A. (3,41%) Outros (44,44%)[3] |
Valor de mercado | ![]() |
Ativos | ![]() |
Lucro | ![]() |
LAJIR | ![]() |
Faturamento | ![]() |
Website oficial | www.csn.com.br |
Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) é a maior indústria siderúrgica do Brasil e da América Latina, e uma das maiores do mundo.
Sua usina, chamada Usina Presidente Vargas, situa-se na cidade de Volta Redonda, no médio Paraíba, no sul do estado do Rio de Janeiro, tendo suas minas de minério de ferro e outros minerais na região de Congonhas e Arcos, ambas cidades do estado de Minas Gerais e também de carvão na região de Siderópolis no estado de Santa Catarina. Sua principal usina hoje produz cerca de 6 milhões de toneladas de aço bruto e mais de 5 milhões de toneladas de laminados por ano, sendo considerada uma das mais produtivas do mundo.
História[editar | editar código-fonte]

A CSN foi criada durante o Estado Novo por decreto do presidente Getúlio Vargas, após um acordo diplomático denominado Acordos de Washington, feito entre os governos brasileiro e estadunidense. Ele previa a construção de uma usina siderúrgica que pudesse fornecer aço para os aliados durante a Segunda Guerra Mundial e, na paz, ajudasse no desenvolvimento do Brasil. Os fundos norte-americanos vieram através do Export-Import Bank of the United States (EXIMBANK), pois a iniciativa privada daquele país não se interessou.[carece de fontes]
Em 1940, aumentara a produção de ferro gusa e lingotes de aço, mas a de laminados ainda estava abaixo da demanda. Dessa forma, a indústria brasileira não estava capacitada para fornecer produtos pesados, tais como trilhos e chapas de aço para as ferrovias, estaleiros e construtoras. O coronel Macedo Soares, futuro governador fluminense, que presidia a comissão responsável pelos estudos para instalação de uma grande siderúrgica no país, era engenheiro militar e defendia a instalação de uma usina na região do Vale do Paraíba, que se encontrava decadente com o declínio da cultura do café no estado do Rio de Janeiro. Tal situação também encontrava apoio em Amaral Peixoto, então interventor naquele estado e genro de Vargas. Em discurso de 7 de maio de 1943, o presidente Vargas saudou a nova usina como símbolo da emancipação econômica do Brasil.[6]
Começou efetivamente a operar no ano de 1946, durante o Governo Eurico Dutra, o qual não convidou o idealizador do projeto, Getúlio Vargas, para a inauguração.[7]
Em 1965 é inaugurado o Edifício do Escritório Central da CSN, uma imponente edificação de 37 mil metros quadrados divididos em 16 andares localizada na área mais nobre de Volta Redonda.
No final dos anos 1970, a Andrade e Gutierrez era responsável pelo abastecimento de minério de ferro para a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em Volta Redonda, no Rio de Janeiro.[8]
Na década de 1980, com o aumento do movimento sindical, começam a ocorrer diversas greves nas instalações da empresa em Volta Redonda, com a primeira ocorrendo em 1984. Em novembro de 1988, uma nova greve dos seus trabalhadores, que pediam reposição e aumento salarial, redução de jornada de trabalho e reintegração de operários demitidos, teve como saldo a morte de 3 operários em conflito com o Exército Brasileiro, no qual ainda restaram dezenas de pessoas feridas e considerável dano ao patrimônio da empresa. À essa época, a CSN e suas empresas coligadas possuíam cerca de 25 mil trabalhadores diretos, número que decresce até o momento de sua privatização, quando já tinha cerca de 17 mil empregados.
Foi uma das siderúrgicas incluídas no Plano Nacional de Desestatização do governo Fernando Collor de Mello em 1992, e privatizada, já no ano seguinte,com a Presidência da República ocupada por Itamar Franco, quando foi comprada pelo grupo composto pelo grupo Vicunha, Bamerindus e o Bradesco.[9]

Atualmente[editar | editar código-fonte]
Atualmente, a CSN possui diversas empresas, como a Prada com seis unidades no Brasil, (em Mogi das Cruzes e Volta Redonda),[10] CSN Cimentos, CSN aços longos, CSN Galva Sud Porto Real - RJ, CSN Ersa Estanho Rondônia, CSN Paraná (em Araucária-PR), CSN Mineração com jazidas em Arcos e Casa de Pedra no Estado de Minas Gerais e uma jazida de Estanho no estado de Rondônia, os terminais de contêineres (Sepetiba Tecon) e de carvão (Tecar) no Porto de Itaguaí (em Itaguaí), a Metallic (CE), além de participações acionárias nas empresas MRS Logística e Transnordestina Logística, de transporte ferroviário, usinas hidrelétricas de Igarapava entre os estados de São Paulo e Minas Gerais e a de Itá, entre os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul e usinas nos Estados Unidos (CSN LLC, Terre Haute, Indiana); em Portugal (Lusosider, Aldeia de Paio Pires, Setúbal), e na Alemanha (Stahlwerk Thüringen GmbH - SWT), adquiridas de outros grupos nacionais.
Em 2006 a CSN apresentou proposta de compra da siderúrgica anglo-holandesa Corus. A proposta era superior à da indiana Tata, mas no dia 25 de Outubro de 2007, a CSN perdeu a disputa pela empresa, que foi comprada pela indústria indiana. Desde então, a empresa tem buscado seguir uma estratégia com foco em novas áreas de atuação, como aços longos e cimento e busca por aquisições fora do Brasil, como por exemplo a Cimpor, fábrica de cimento de Portugal.
A CSN também controla a empresa mineradora de ferro Namisa, criada em 2007.[11] e adquirida em 2015.
Em julho de 2022, a Companhia Estadual de Geração de Energia Elétrica (CEEE-G) foi vendida para a Companhia Florestal do Brasil, vinculada à Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) por R$ 928 milhões.[12]Em dezembro de 2022, a Eletrobras realizou transferência de ações representativas de 32,74% do capital social da CEEE-G para a Companhia Florestal do Brasil (CFB), pelo valor de 367 milhões de reais. Com a transferência, a CFB passou a deter o total de 99% do capital social da CEEE-G.[13]
Em 14 de julho de 2023, o vice-governador do Rio de Janeiro e secretário estadual do Ambiente, Thiago Pampolha, anunciou a multa à CSN de R$ 1.013.871,60 por poluição em Volta Redonda. A multa foi motivada por uma reportagem do RJ2 da TV Globo que mostrou no dia 13 do mesmo mês que um pó preto e a fumaça que saem dos altos-fornos estão causando doenças respiratórias e deixado as ruas da mesma cidade, na Região Sul Fluminense, permanentemente imundas.[14]
Ver também[editar | editar código-fonte]
Referências
- ↑ «CSN 2016 Institucional». CSN. Consultado em 17 de abril de 2017
- ↑ «Relato Integrado 2021». CSN RI. 28 de junho de 2022. Consultado em 13 de novembro de 2022
- ↑ a b c «Relatório da Administração 2021». CSN RI. 9 de março de 2022. Consultado em 13 de novembro de 2022
- ↑ a b c d e «Resultados 2021». CSN RI. 9 de março de 2022. Consultado em 13 de novembro de 2022
- ↑ «Lucro da CSN recua no 4º trimestre; para a empresa, 2021 foi 'histórico'». Valor Econômico. 9 de março de 2022. Consultado em 13 de novembro de 2022
- ↑ COTTA, Pery (1975). «O petróleo é nosso?». Rio de Janeiro: Guavira Editores: 83-84
- ↑ Moreira, Regina da Luz. «CSN, uma decisão política». CPDOC. FGV. Consultado em 22 de maio de 2018
- ↑ «Quem é Quem». Terra. 22 de Agosto de 2014. Consultado em 3 de Dezembro de 2014. Arquivado do original em 21 de novembro de 2014
- ↑ «Steinbruch assume o controle da CSN». Folha de São Paulo. 2 de junho de 2005. Consultado em 5 de abril de 2023
- ↑ «CSN adquire ativos da Prada pela quantia simbólica de R$ 1». Confederação Nacional dos Metalúrgicos-CUT. 2 de maio de 2006. Consultado em 10 de dezembro de 2022
- ↑ Valor Econômico (25 de Agosto de 2009). Namisa inicia plano de investimento de R$ 4 bi. [S.l.]: Valor Econômico
- ↑ «Companhia Estadual de Geração de Energia Elétrica do RS é vendida por R$ 928 milhões em leilão de privatização». G1. Consultado em 26 de setembro de 2022
- ↑ «Eletrobras fecha transferência de ações da CEEE-G para CSN por R$ 367 mi». br.financas.yahoo.com. Consultado em 23 de dezembro de 2022
- ↑ «'Pó preto' da CSN: secretário anuncia multa de R$ 1 milhão por poluição em Volta Redonda». G1. 14 de julho de 2023. Consultado em 15 de julho de 2023
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
- Sítio oficial
- CSN LLC, página da subsidiária nos Estados Unidos
- Indiana Tata Steel supera CSN em leilão pela Corus
- Confronto entre metalúrgicos e Exército durante ocupação grevista da CSN em 1988, no Banco de Dados Folha
- «Na cartada do presidente Vargas durante a Segunda Guerra, nasce a CSN em 1941». , matéria a partir dos arquivos do jornal O Globo
- Verbete "Companhia Siderúrgica Nacional", no Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil da Fundação Getulio Vargas
- «Decreto-lei federal do Brasil n. 3 002 de 30 de janeiro de 1941», que autorizou a constituição da Companhia Siderúrgica Nacional
- «Decreto-lei federal do Brasil n. 3 173 de 3 de abril de 1941», que autorizou empresas nacionais e a cidadãos brasileiros a subscreverem as ações preferenciais da Companhia Siderúrgica Nacional
- Empresas siderúrgicas do Brasil
- Indústrias do Brasil
- Empresas de mineração do Brasil
- Empresas de transporte ferroviário de carga do Brasil
- Empresas de cimento do Brasil
- Multinacionais do Brasil
- Empresas fundadas em 1941
- Empresas no Ibovespa
- Empresas listadas na Bolsa de Valores de Nova Iorque
- Companhia Siderúrgica Nacional
- Empresas do estado do Rio de Janeiro
- Empresas de engenharia do Brasil
- Fundações no Brasil em 1941
- Empresas ex-estatais do Brasil