Telefônica Brasil
Telefônica Brasil | |
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Razão social | Telefônica Brasil S.A. |
Empresa de capital aberto | |
Cotação | |
Atividade | Telecomunicações |
Gênero | Sociedade anônima |
Fundação | 1998 (24 anos) |
Sede | São Paulo, SP, Brasil |
Proprietário(s) | Telefónica |
Presidente | Christian Mauad Gebara |
Pessoas-chave |
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Empregados | 34.000 |
Produtos | |
Marcas | Vivo |
Subsidiárias | |
Acionistas |
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Lucro | R$ 750 milhões[1] |
Faturamento | R$ 11,352 bilhões[2] |
Antecessora(s) | |
Website oficial | telefonica |
Telefônica Brasil, fazendo negócios como Vivo, é uma subsidiária do Grupo Telefónica no Brasil. Opera no país desde 1998, quando adquiriu companhias regionais na esteira da privatização do Sistema Telebrás[3].
História[editar | editar código-fonte]
Na esteira da privatização do Sistema Telebrás, em 1998, o grupo Telefónica, de origem espanhola, adquiriu a Telesp, companhia estatal que operava serviços de telefonia fixa no estado de São Paulo. O valor pago pela aquisição foi de R$ 5,78 bilhões, um ágio de 64% sobre o preço mínimo estipulado. A Telesp Celular, no entanto, foi arrematada pela Portugal Telecom por R$ 3,59 bilhões[4]. Com a compra da Telesp, a Telefónica adquiriu indiretamente a CTBC, empresa controlada pela Telesp, que operava no ABC paulista[5].
Posteriormente, em 1999, a companhia adquiriu a Ceterp, por R$ 208,8 milhões[6]. Segundo a legislação vigente, uma companhia não poderia deter licenças de telefonia fixa e celular em uma mesma área de atuação. Desta forma, em 2000 a Ceterp Celular foi adquirida pela Telesp Celular, por valores não divulgados. Na época, estimava-se que os valores pagos pela aquisição ficassem entre R$ 120 milhões e R$ 150 milhões[7].
Em 2006, adquiriu 49% das ações da TVA, empresa de TV a cabo do grupo Abril[8]. A aquisição foi aprovada pela Anatel em 2007[9]. Posteriormente, em 2011, o grupo assumiu a totalidade das ações da TVA, depois de mudanças na regulamentação do setor[10].
Em 2010, após uma série de negociações, adquiriu a participação de sua sócia Portugal Telecom na empresa de telefonia celular Vivo. A participação adquirida foi de 30%, por US$ 9,75 bilhões. A operação foi justificada pelo interesse da Portugal Telecom na fusão com a operadora brasileira Oi[11].
Em 2011, aprovou a incorporação da sua subsidiária Vivo, unificando suas operações no Brasil. Em paralelo, foi aprovada a mudança da razão social da companhia para Telefônica Brasil S.A.[12].
Em 2012, anunciou um plano de R$ 120 milhões para transição da marca usada pelo grupo no Brasil. A transição foi concluída no mesmo ano, e a marca Vivo passou a ser responsável pelos produtos fixos e móveis ofertados pela companhia[13].
Em 2013, inaugurou sua nova sede, no Edifício Eco Berrini, localizado na Avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini, em São Paulo. O prédio tem capacidade para mais de 5 mil funcionários e a inauguração contou com a presença do então CEO e presidente do Grupo Telefónica, César Alierta[14].
Em 2014, foi fechada a compra da GVT, empresa brasileira com sede em Curitiba, propriedade da francesa Vivendi. A transação foi avaliada em R$ 22 bilhões, sendo que cerca de R$ 14 bilhões foram pagos em dinheiro. O restante foi pago em ações da companhia (cerca de 7,5% do seu capital) e em ações da Telecom Italia, controladora da TIM Brasil (cerca de 5,7% do capital da companhia italiana)[15]. Posteriormente, em 2015, a aquisição foi aprovada pelo CADE com restrições, dentre elas, a venda gradual de ações da Telefônica Brasil pela Vivendi. Isso se deve ao fato de que a Vivendi teria participação em duas companhias concorrente (Telefônica Brasil e TIM Brasil)[16]. Em julho do mesmo ano, a companhia francesa finalizou a venda das ações que detinha na Telefônica Brasil, em uma operação avaliada em US$ 887 milhões[17]. Em 15 de abril de 2016, a GVT foi oficialmente extinta, passando a operar sob a marca Vivo[18].
Em 2017, adquiriu a Terra Networks, por meio de sua subsidiária Telefônica Data. A operação foi avaliada em R$ 250 milhões. A operação teve como objetivo possibilitar uma ampliação e integração da oferta comercial de serviços digitais que podem agregar valor imediato à carteira de clientes da TData e da companhia, bem como gerar oferta de serviços da TData para a base de clientes e assinantes dos serviços da Terra Networks e, gerar alavancagem do negócio de publicidade da Tdata[19].
Ver também[editar | editar código-fonte]
Referências
- ↑ Telefónica. «Telefonica Brasil Release de Resultados 1T22» (PDF). ri.telefonica.com.br. Consultado em 01 de julho de 2022 Verifique data em:
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(ajuda) - ↑ Telefónica. «Telefonica Brasil Release de Resultados 1T22» (PDF). ri.telefonica.com.br. Consultado em 01 de julho de 2022 Verifique data em:
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(ajuda) - ↑ «Folha de S.Paulo - 'Jóia da coroa' foi comprada - 31/07/98». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 1 de julho de 2022
- ↑ «Folha de S.Paulo - Leilão da TelebrásTeles são privatizadas por R$ 22 bi e ágio médio de 64% - 30/07/98». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 1 de julho de 2022
- ↑ «Folha de S.Paulo - Luís Nassif: O caso Telesp - 09/11/1999». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 1 de julho de 2022
- ↑ «Folha de S.Paulo - Privatização: Telefônica compra Ceterp pelo preço mínimo de R$ 208,8 mi - 23/12/1999». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 1 de julho de 2022
- ↑ «Folha de S.Paulo - Tele obtém controle da Ceterp Celular - 21/07/2000». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 1 de julho de 2022
- ↑ «Folha Online - Dinheiro - Telefônica sela compra da TVA com Abril - 30/10/2006». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 1 de julho de 2022
- ↑ «Por três a dois, Anatel confirma compra da TVA pela Telefônica.». TeleSíntese. 31 de outubro de 2007. Consultado em 1 de julho de 2022
- ↑ «Telefônica aguarda resposta da Anatel para assumir TVA». VEJA. Consultado em 1 de julho de 2022
- ↑ Presse, France (28 de julho de 2010). «Telefónica compra Vivo depois de longas negociações». Economia e Negócios. Consultado em 1 de julho de 2022
- ↑ «Folha de S.Paulo - Telefonia: Incorporação da Vivo abre espaço para Telefônica atuar fora de SP - 28/04/2011». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 1 de julho de 2022
- ↑ «Telefônica/Vivo investe R$ 120 mi em mudança de marca». Exame. 3 de abril de 2012. Consultado em 1 de julho de 2022
- ↑ «Telefônica inaugura sede para 5 mil funcionários em São Paulo». InfoMoney. 3 de abril de 2013
- ↑ «Telefônica fecha acordo para compra da GVT por R$ 22 bilhões - Economia». Estadão. Consultado em 1 de julho de 2022
- ↑ «Cade aprova compra da GVT pela Telefónica com restrições». VEJA. Consultado em 1 de julho de 2022
- ↑ Reuters, Da (30 de julho de 2015). «Vivendi vende participação remanescente na Telefônica Brasil». Negócios. Consultado em 1 de julho de 2022
- ↑ JC (8 de março de 2016). «Entenda o que muda com o fim da GVT». JC. Consultado em 1 de julho de 2022
- ↑ «Telefônica compra Terra por R$ 250 milhões». Exame. 3 de julho de 2017. Consultado em 1 de julho de 2022
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
- ↑ «Índice Ibovespa - Composição da carteira». B3. Consultado em 24 de junho de 2022
- ↑ «B3 divulga nova carteira do Ibovespa e demais índices». B3. 2 de maio de 2022. Consultado em 24 de junho de 2022