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Brasil Telecom

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 Nota: Se procura especificamente a operadora Oi, veja Oi (empresa).
Brasil Telecom
Brasil Telecom
Razão social Brasil Telecom S/A
Empresa de capital aberto
Slogan Aqui é o lugar
Cotação BM&F Bovespa: BRTO3, BRTO4
NYSE: BTM
Atividade Telecomunicações
Fundação 1 de junho de 1998
Destino Incorporada pela Oi
Encerramento 17 de maio de 2009
Sede Brasília, DF, Brasil Brasil
Área(s) servida(s)  Brasil
Locais Regiões Sul e Centro-Oeste e parte da Região Norte
Proprietário(s) Oi (desde 2008)
Presidente Ricardo Knoepfelmacher
Pessoas-chave Marco Schroeder, (Diretor financeiro)
Rafael Cristiano Urbanavicius Jodar, (Diretor de operações)
Martin Herrera, (Diretor jurídico e de pessoal)
Suzana Santos, (Diretora de marketing e comercial)
Empregados 16,769 (2007)[1]
Produtos Telefonia fixa, telefonia móvel e internet
Subsidiárias Brasil Telecom Celular
Internet Group (iBest e BRTurbo)
Acionistas Brasil Telecom Participações
Banco Opportunity
Faturamento Aumento R$ 11.05 bilhões (2007)[1]
Antecessora(s) CRT, CTMR, Telegoiás, Telebrasília, Telemat, Telems, Teleacre, Teleron, Telepar e Telesc
Sucessora(s) Oi
Website oficial www.brasiltelecom.com.br

A Brasil Telecom (BrT) foi uma empresa de telecomunicações do Brasil, originada da privatização da Telebrás. Outrora conhecida por Tele Centro Sul, atuava nos estados do Acre, Rondônia, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, além do Distrito Federal e oferecia, para todo o País, serviços de longa distância nacional e internacional com o código 14.

A partir de 17 de maio de 2009, a empresa adota o nome fantasia Oi usado pela Telemar Norte Leste.[2] A empresa provia conexão à internet em alta velocidade com a marca Turbo, que usava a tecnologia ADSL, oferecia conteúdo 100% banda larga (BrTurbo e BrTurbo Empresas) e acesso sem fio com tecnologia Wi-Fi com o BrTurbo ASAS, posteriormente o Turbo teve seu nome mudado para Oi Velox. Também compunham o Grupo Brasil Telecom os portais e provedores de acesso iG e o iBest, que juntos faziam da empresa a maior provedora de internet da América Latina.

A companhia chegou a contar com mais 10,8 milhões de linhas fixas em serviço era a segunda maior base de acessos banda larga da América Latina (1,3 milhão de acessos). Em pouco mais de dois anos, a operação celular superou a marca de 5,1 milhões de acessos, desempenho que surpreendeu o mercado mundial de telecomunicações e que lhe garantiu a primeira posição em conquista de market share entre operadoras que foram "quarta entrante" em seus mercados.

A empresa foi incorporada pela Oi no dia 17 de maio de 2009 passando a não vender mais inúmeros serviços da Brasil Telecom. Ao lado da Oi, tem o maior número de reclamações e o pior número de atendimento dos clientes no Brasil, segundo o Ministério das Telecomunicações.[3][4]

Orelhão da Brasil Telecom
Orelhão da extinta Brasil Telecom em Curitiba - PR
Área de atuação de linha fixa da Brasil Telecom

A empresa é uma das três companhias que surgiram da cisão da Telebrás. Umas delas era a Tele Centro Sul, devido aos seus serviços cobrirem os estados da região sul e central do Brasil, tendo sido formadas pelas companhiasː CTMR (Rio Grande do Sul), Telegoiás, Telebrasília, Telemat, Telems, Teleacre, Teleron, Telepar e Telesc.[5][6]

O Sistema Telebrás foi privatizado no dia 29 de julho de 1998. Um consórcio formado pelo Timepart (Teleunion, Telecom Holding e Privtel) (62%), Telecom Itália - STET (19%) e Invitel/Techold (Opportunity, Previ, Telos, Funcef, Petros, Sistel) (19%) pagou 2,07 bilhões de reais para comprar a Tele Centro Sul.[5]

Em 2000, a companhia adquiriu a CRT por R$ 1,4 bilhão, incorporando a empresa. A CRT pertencia ao governo do Rio Grande do Sul (acionista majoritário) e era uma empresa de telefonia que não fazia parte da Telebrás, logo não integrava a Tele Centro Sul, tendo sido adquirida por um consórcio liderado pela Telefónica em 1996 e em 1998 adquiriu o controle total. Também em 2000, a Brasil Telecom consolidou as dez empresas em uma única companhia.[7]

Em 2001, foi criada a subsidiária BrT Serviços de Internet. Em outubro de 2001, foi lançado o BRTurbo, provedor de acesso rápido à internet.[8]

Em 2002, a BrT Serviços de Internet comprou o sistema de cabos submarinos de fibra ótica do grupo GlobeNet ligando Brasil, Venezuela e Estados Unidos e a Brasil Telecom comprou 19,9% da MetroRED, dona de rede de dados interligando São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e outros centros urbanos. [9][6]

Entre 2002 e 2003, a BrT Serviços de Internet comprou 100% do capital social do provedor de acesso gratuito à Internet iBest.[10][9][6]

A subsidiária Brasil Telecom GSM iniciou o serviço de telefonia celular em 2004, após autorização da Anatel e participação em leilão da Banda E em 2002.[5][9][6]

Em maio de 2004, o iG foi adquirido pela Brasil Telecom,[11] tendo o negócio sido anunciado na entrega do Prêmio iBest. Adotou-se um novo logotipo, mantida a cor azul, agora definido como "Internet Generation". Os provedores de acesso à internet da Brasil Telecom (iG, iBest e BrTurbo) formavam o Internet Group. A fusão com os portais iBest e BrTurbo foi concluída em 2006, marcada por nova campanha publicitária.[12]

Em 2004, o controle da holding Brasil Telecom Participações era exercido pela Solpart Participações, que tinha 53,6% das ações ordinárias. A Solpart Participações, que tinha 62% do capital com direito a voto, além da Telecom Italia (19%) e Techold (19%), controlada por fundos de pensão e o fundo CVC/Opportunity.[13]

O controle da Timepart estava dividido entre a Teleunion (33,8%), a Privtel (33,1%) e a Telecom Holding (33,1%), vinculada ao Citigroup. [13][14]

A empresa passou por um longo processo de disputa entre seus sócios.[15][16][17][18][19][20][21]

As ações da Brasil Telecom eram negociadas pela B3, onde faziam parte do Índice Bovespa (Ibovespa), bem como da New York Stock Exchange.

Em 2006, lançou o IPTV, além do Único (telefone que operava como fixo e celular). [22][6]

Em 2007, tiveram início as operações da Brasil Telecom Call Center e em 2008 a BrT Card Serviços Financeiros.[12]

Em 2007, os provedores de acesso à internet do Internet Group (iG, iBest e BrTurbo) possuíam cerca de 1,4 milhão de clientes banda larga e mais de 4 milhões de clientes dial-up (conexão discada). O portal era o terceiro maior em audiência nacional, obtendo mais de 11,2 milhões de unique visitors residenciais mensais.[12]

Em 2009, a base de clientes Brasil Telecom compreendia 8,1 milhões de terminais fixos em serviço, mais de 5,6 milhões de acessos móveis, 282 mil terminais de uso público e 1,8 milhão de acessos ADSL (banda larga).[12]

Em julho de 2007, a Telecom Italia chegou a um acordo com três fundos de pensão brasileiros (Previ, Petros e Funcef), Citigroup e Opportunity para vender, por US$ 515 milhões, 38% das ações que possui da Solpart, companhia que controla 51% da Brasil Telecom Participações.[23]

A Oi comprou a operadora Brasil Telecom em 2008 por R$ 5,863 bilhões. O negócio foi acertado entre as duas empresas e a Oi incorporou a Brasil Telecom em 17 de maio de 2009.[24] A partir desta, a empresa teve somente mudanças de nomes, preços e políticas da empresa, sendo utilizada a mesma infraestrutura da antiga Brasil Telecom.[25][26]

Com a operadora sendo absorvida, a Oi obteria abrangência nacional e ficou acertado que o nome Brasil Telecom desapareceria aos poucos em todos os lugares possíveis para não confundir o consumidor. Fachadas, orelhões, cartazes publicitários, e na própria sede da empresa o nome foi substituída pela Oi que passava por uma reestruturação de marca para obter a sua abrangência. Além disso, o portfólio da Brasil Telecom deixou de ser oferecido a medida que a marca desaparecia.

Em 2011, o nome Brasil Telecom deixou de ser vinculado definitivamente e sua famosa promoção de bônus chamada "Pula-Pula" foi encerrada pela Oi.[27][28]

Referências

  1. a b «Consolidated Earnings Release 4th Quarter 2007» (PDF) (em inglês) 
  2. Em maio a Oi chega em todo o Brasil - Fonte: Site da operadora
  3. [1]
  4. [2]
  5. a b c Nelson Siffert Filho; Carla Souza e Silva. «As Grandes Empresas nos Anos 90: Respostas Estratégicas a um Cenário de Mudanças» (PDF) 
  6. a b c d e MARCEL CALIL NOGUEIRA (2010). «A CONVERGÊNCIA TECNOLÓGICA NO SETOR DE TELECOMUNICAÇÕES: MUDANÇAS ESTRUTURAIS E ESTRATÉGICAS RECENTES NO BRASIL» (PDF) 
  7. Machado, Tainara (1 de janeiro de 2010). «Brasil Telecom». InfoMoney. Consultado em 20 de fevereiro de 2024 
  8. «Folha Online - Reuters - Brasil Telecom entra no mercado de provedores de acesso rápido à web - 31/10/2001». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 20 de fevereiro de 2024 
  9. a b c Pavarini Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. (abril de 2004). «Relatório Anual do Agente Fiduciárioː 3ª Emissão de Debêntures Não Conversíveis BRASIL TELECOM S.A.» (PDF) 
  10. «Brasil Telecom assume controle total do iBest - IT Forum». 1 de julho de 2003. Consultado em 20 de fevereiro de 2024 
  11. Ana Lúcia Moura Fé (19 de maio de 2004). «Brasil Telecom compra iG por US$ 17,5 milhões». INFO. Consultado em 23 de setembro de 2011 
  12. a b c d BRASIL TELECOM PARTICIPAÇÕES S.A. (2009). «LAUDO DE AVALIAÇÃO RJ-0278/09-01 1/3 VIAS» (PDF) 
  13. a b «Folha de S.Paulo - Luís Nassif: O Citigroup e a CVM - 18/02/2004». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 20 de fevereiro de 2024 
  14. ALEXANDRA CISOTTO BELLINE (2016). «ESTRUTURA SOCIETÁRIA E CONTROLE MINORITÁRIO NA BRASIL TELECOM: análise do poder exercido pelo Opportunity de 2003 a 2005». FGV 
  15. ConJur, Redação (30 de setembro de 2005). «Citi e fundos substituem Opportunity na Brasil Telecom». Consultor Jurídico. Consultado em 20 de fevereiro de 2024 
  16. «Folha Online - Dinheiro - Citigroup e fundos mudam gestão e nome de controladora da BrT - 15/06/2005». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 20 de fevereiro de 2024 
  17. Possebon, Rubens Glasberg e Samuel (10 de fevereiro de 2004). «Citibank admite que está no controle da Brasil Telecom». TELETIME News. Consultado em 20 de fevereiro de 2024 
  18. «O homem chave da Telefonia». IstoÉ Dinheiro. 20 de setembro de 2006. Consultado em 21 de fevereiro de 2024 
  19. Redação (6 de junho de 2005). «Italianos compram ações do Opportunity na BrT mesmo sem fusão». TELETIME News. Consultado em 21 de fevereiro de 2024 
  20. João Eduardo Tavares de A. Lopes (2005). «BRASIL TELECOM: UM MODELO DE PRECIFICAÇÃO» (PDF) 
  21. Paiva, Fernando (14 de janeiro de 2008). «Negócio depende de compra da Lexpart e de acordo judicial». TELETIME News. Consultado em 8 de março de 2024 
  22. «G1 > Economia e Negócios - NOTÍCIAS - BrT lança serviço de TV pela rede de banda larga». g1.globo.com. Consultado em 21 de fevereiro de 2024 
  23. «G1 > Mundo - NOTÍCIAS - Telecom Italia vende participação na Brasil Telecom por US$ 515 milhões». g1.globo.com. Consultado em 27 de maio de 2023 
  24. DreaMule noticias - Oi faz oferta para comprar Brasil Telecom
  25. «Oi anuncia compra da Brasil Telecom por R$ 5,8 bilhões - 25/04/2008 - Mercado». Folha de S.Paulo. 20 de fevereiro de 2024. Consultado em 21 de fevereiro de 2024 
  26. «Folha de S.Paulo - Oi fecha compra da BrT por R$ 5,86 bi - 26/04/2008». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 21 de fevereiro de 2024 
  27. «Época NEGÓCIOS - NOTÍCIAS - Marca Brasil Telecom desaparece no dia 17 de maio, revela Oi». epocanegocios.globo.com. Consultado em 23 de março de 2021 
  28. «G1 > Economia e Negócios - NOTÍCIAS - Entenda o processo de fusão entre Oi e Brasil Telecom». g1.globo.com. Consultado em 23 de março de 2021 

Ligações externas

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