ZAZ
ZAZ | |
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Razão social | Nutecnet S.A. |
Privada | |
Atividade | Internet |
Fundação | 1 de dezembro de 1996 |
Fundador(es) | Marcelo Lacerda Sérgio Pretto Silvia de Jesus Sandra Pecis |
Encerramento | 5 de fevereiro de 2000 |
Sede | Porto Alegre, RS, Brasil |
Proprietário(s) | Grupo RBS (1996-2000) Telefônica (1999-2000) |
Pessoas-chave | Sandra Pecis (Diretora geral) |
Empregados | 930 |
Produtos | Portal de Internet Provedor de Internet |
Valor de mercado | US$ 500.0 milhões (1999) |
Faturamento | R$ 25.0 milhões (1999)[1] |
Sucessora(s) | Terra Networks Brasil |
Website oficial | www.zaz.com.br |
ZAZ foi um portal de Internet, nascido após a compra da Nutecnet pelo Grupo RBS[2] e durou entre 1996 e 2000, quando foi comprado pela Telefónica e transformado no Terra, um dos maiores grupos de Internet do Brasil.
História
[editar | editar código-fonte]Nutec e Nutecnet
[editar | editar código-fonte]Em 1988, foi criada na cidade de Porto Alegre a Nutec, de propriedade de Marcelo Lacerda e Sérgio Pretto. A Nutec era uma empresa de software com filiais em São Paulo e nos Estados Unidos. Após anos de investimento no mercado de TI e na automação comercial, a Nutec decidiu investir na internet a partir do contato com universidades americanas. Para lidar com os investimentos na internet, foi criada a Nutecnet, cujo primeiro produto foi um serviço de e-mail.
O Grupo RBS comprou a Nutecnet e passaram a investir na criação de um canal interativo na internet. Sandra Pecis e Silvia de Jesus, da Nutecnet de Porto Alegre, criaram o pré-projeto que recebeu a colaboração do Grupo e da Nutecnet de São Paulo. No dia 1 de dezembro de 1996 foi lançado o portal e provedor de internet ZAZ, na época com o slogan: ZAZ - O seu canal na internet.
Progresso
[editar | editar código-fonte]Durante seu progresso, o ZAZ apresentou coisas inovadoras para a época, um serviço de e-mail grátis, telenovelas feitas para a internet, sendo a mais famosa "A Gente ainda nem Começou", um serviço de webcomics, o Cybercomix, e o primeiro serviço de webcasting no Brasil, que divulgava notícias de outros veículos de comunicação, como por exemplo os jornais O Globo e ISTOÉ. O ZAZ teve repercussão internacional. Marcelo Lacerda estava na lista dos 20 principais empreendedores da América Latina feita pela revista Business Week, além de ser considerado a versão brasileira de Bill Gates pelo tabloide The Wall Street Journal.
De acordo com dados de 1997, recebia cerca de 100 mil visitas diárias e tinha 59 mil assinantes e 51 pontos de presença em todo o Brasil.[3]
Zaz e Telefônica
[editar | editar código-fonte]Em junho de 1999 a Telefônica escolheu o ZAZ para iniciar suas operações de Internet na América Latina. A companhia adquiriu 51% da Nutecnet, empresa administradora do portal, em transação que custou cerca de US$ 250 milhões, sendo que o valor de mercado na Nutecnet naquele ano era de mais de 500 milhões de dólares. O Grupo RBS continuou como acionista da empresa, detendo 49% do capital da companhia.[4][5]
Em janeiro de 2000, o ZAZ foi totalmente adquirido pelo grupo Telefônica, que mudou o nome de sua marca para Terra. Em maio do mesmo ano, a Lycos Inc se uniram em um acordo, criando a Terra Lycos. Com isto, a empresa se tornou uma das redes mais populares de internet no mundo.[6]
Referências
- ↑ http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi0602200014.htm
- ↑ Redação Terra (2011). «Portal Terra e como tudo começou». Terra. Consultado em 26 de julho de 2014 [ligação inativa]
- ↑ «Cópia arquivada». Consultado em 19 de março de 2020. Arquivado do original em 16 de abril de 2002
- ↑ «Cópia arquivada». Consultado em 8 de fevereiro de 2014. Arquivado do original em 22 de fevereiro de 2014
- ↑ Manoel Fernandes; Roberta Paduan (26 de janeiro de 2000). «A segunda onda da internet grátis». Revista Veja Edição 633. Arquivado do original em 20 de abril de 2003
- ↑ http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi2101200019.htm